sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Dois lados



O bem.

Passos apressados ecoaram pelo amplo salão do templo dedicado ao deus da ressureição e profecia. Aquela era a divindade principal daquela cidade, logo, o templo era magnífico. Colunas adornavam os salões que eram decorados com afrescos refinados sobre Pyra o reino divino de Thyatis. A bênção/maldição lançada sobre a cidade a fazia única no Reinado. Triunphus era a cidade onde a vida superava a morte, onde sempre haveria uma segunda chance. Sempre.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Complexo (?)


Bons forgottenianos. Tenho visto uma insatisfação as coisas tormenticas por pura falta de visão mais ampla dos eventos. Com o objetivo de impedir um broxamento com Tormenta e suas recentes mudanças decidi postar essa "carta" de Talude mais elaborada para que vcs sintam a maior "complexibilidade" que tanto clamam.  A partir daí tenho certeza que poderão pensar nas motivações de Vectorius também. 
Podemos debater nos comentários depois.

domingo, 19 de dezembro de 2010

JANEIRO

Amigos esquecidos,

Tendo em vista as férias de Renato, teremos um pouco de risco ao jogar UD.
Queria saber, então, quantos de vocês, esquecidos, estarão presentes em Janeiro em Niteroi e aptos para jogar!
Depois de saber do número, poderemos fazer uma campanhazinha de férias para relaxar. O que acham?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Questão de UD

Sem querer gerar superpolêmica, mas vi uma sugestão de M. Cassaro agora sobre Contra Arsenal relativo aos níveis...

"De qualquer forma, o "teto" de 60 níveis está mesmo incorreto. Como regra geral, para cada personagem extra, reduza um nível do grupo: 4 PCs de 15º, 5 PCs de 14º, 6 PCs de 13º e assim por diante."


Sugiro que a gente só encare mesmo os problemas de Contra Arsenal no 13º nível, pois ou o mestre terá que diminuir os Níveis de Desafio e de Encontro ou teremos muita, mas muuuuuita dificuldade de vencer os desafios.
O que acham?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Armadilha - parte I

Subterrâneos da cidade de Midron
Ahlen – Reinado

O som nauseante de carne sendo trabalhada, talhada, refeita preenchia toda a câmara.
A câmara eneagonal fora milimetricamente escavada para atender às especificações muitíssimo rigorosas de seu idealizador. Tomara quase uma quinzena inteira de trabalho incessante, dia e noite, e custara a vida de uma dezena de trabalhadores. Eles também desempenhariam um papel fundamental, ainda que na morte. Em cada face da sala um padrão intricado de escrituras, símbolos e desenhos se desenrolavam num registro profano do sonho de um homem.
Um registro escrito a sangue.



segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A maldição - Percy

Arton-Sul – 798

Os dados rolam da mão de um jovem, que em segundo perde tudo. Mulher, casa, emprego. “Se tudo esta de acordo com o plano não há loucura”. Não há mais plano.
Vagou pelo vilarejo até ser salvo por clérigas de Marah. Uma noite, porém fogo e destruição. Sobrou pouca coisa do templo.
(...)
Acordou e viu apenas uma planície e um cubo de madeira com o número 7 estampado em suas faces.

***


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Preview - O novo deus



Havia sido uma viagem extremamente cansativa. Fazia quase dez dias que tinham partido de Ghallistryx depois de conseguirem reunir os quatro integrantes do grupo. O calor tornava a viagem um sacrifício ainda maior, ainda mais em pleno verão, Azgher não dava descanso. Ao norte podia-se ver os vulcões rugindo. A paisagem era de campos, a frente as primeiras colinas que mais na frente sabia-se que se tornariam as Montanhas Sanguinárias.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Terror - final


Templo Subterrâneo de Sszzaas
Algum lugar em Deheon – Reinado

O corredor úmido levava direto ao altar principal.
O Coração da Serpente.
Aquele atalho era conhecido apenas por uma seleta fração dos fiéis daquele templo, uma passagem escavada na pedra, inicialmente paralela ao corredor primário depois quase perpendicular, cortando o subterrâneo numa ligação direta que desembocava na câmara principal.
Após atravessar a porta secreta no final da passagem, Meredith se viu na borda de um amplo salão circular com aproximadamente trinta e cinco homens de diâmetro, ocupado apenas por uma plataforma heptagonal de aproximadamente três homens de diâmetro e uma perna de altura, encimada por um altar de mármore muito branco, maciço, entalhado em toda sua superfície com intricados padrões divinos reverenciando o Grande Corruptor. 


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Terror - parte 2

Borda oeste da Favela Goblin, Valkaria
Deheon – Reinado

O cheiro ocre da casa golpeou Meredith em cheio, revirando seu estômago no mesmo instante.
Ela perambulou tortuosamente através da cidade por algum tempo, antes de finalmente procurar a pessoa que poderia ajudá-la. Essa entrada do templo em particular era uma das menos usadas pelos cultistas, seja por sua localização improvável, seja pela vizinhança indesejada. 
A favela goblin, na prática um marco de degradação e degeneração, na teoria ícone da “igualdade de direitos” entre as raças sapientes, ficava a uma dúzia de passos do local e o cheiro que exalava impregnava tudo o que tocava. Roupas, pessoas, construções, tudo. Mas hoje Meredith se viu forçada a ignorar os pormenores e engolir o orgulho, a fim de salvar sua vida.


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Terror - parte 1

Centro-sul da cidade de Valkaria
Deheon – Reinado

Meredith não acreditava em seus olhos.
Por um instante toda a sala reluziu num azul pálido, pulsando com o poder invocado pela jovem mulher. Nada mais ousou mover-se, reverente ao esplendor do momento.
Não se dera conta, mas tanto ela quanto o bebê em seus braços participavam inconscientemente da ode à majestade do Juiz.


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Crônicas Artonianas #41 - A Retomada

De 1401 a 1403 o Reinado conheceu a atuação dos Desafiadores do Destino. Sua escaramuça com a Sétima Lâmina de Keenn, sua atuação em Tapista, Fortuna, Petrynia e Ahlen também foram dignas de nota.

O grupo que se formou com o khubariano Kuala-Lampur em busca de sua irmã raptada por Eric Hobsbawm, clérigo de Keenn e líder da ordem da Sétima Lâmina de Keenn; Ilendar, a medusa clériga de Azgher em busca do escudo e da honra de seu mentor Torak, o anão sacerdote do Deserto da Perdição; Guildor Tivanor, conhecido como Tildror, o famigerado nobre em busca de riqueza e poder para sua vingança contra seus pais em Ahlen e sir Lothar Orselen de Bedivere, cavaleiro da luz com sua missão de honra de suas terras e seu senhor em busca de justiça para um cavaleiro da luz caído que abraçou os modos de Keenn na ordem da Sétima Lâmina. O grupo ainda teve a participação de outros membros - Maedros, o elfo guerreiro morto pela Sétima Lâmina; Peleannor, tamuraniano metamorfoseado em elfo; Edward Far'pride e Tyran Far'Pride, os gêmeos feiticeiros do dragão; Peter Lampur, o escudeiro que sofreu um fim trágico. 

Foram dois anos de aventuras juntos que criaram laços de amizades bastante fortes. Mesmo o maligno nobre de Ahlen sentia algum apreço por seus parceiros, ainda que na forma de animais de estimação. Kuala-Lampur e Ilendar desenvolveram um sentimento mais íntimo e se entregaram a essa paixão assim que Keilana-Peni, irmã do khubariano, fora resgatada. Lothar aprendeu a respeitar a força do khubariano, a sabedoria da medusa e a esperteza do ladino e somou sua incrível resistência tornando-se um escudo intransponível dos Desafiadores.

Porém, com as reviravoltas do mês de Luvitas de 1403, os Desafiadores chegaram ao fim de sua jornada. Keilana-Peni salva e a Sétima Lâmina de Keenn esfacelada, descobriu-se que Yvaine estava por trás de quase tudo. Iludindo os guerreiros de Keenn a acreditarem que Keilana-Peni era a reencarnação de Destrukto, o antigo sumo-sacerdote de Keenn e líder espiritual da ordem, a medusa queria trazer para o mundo de Arton um poderoso demônio de Sombria, o reino de Tenebra. Usando a ordem para conseguir os ingredientes para o ritual, Yvaine quase conseguiu. Foi atrapalhada pelos Desafiadores do Destino que descobriram seu plano a tempo. A revelação de que a medusa é a irmã mais nova de Ilendar chocou a todos...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Juiz, júri e executor-final

Centro-sul da cidade de Valkaria
Deheon – Reinado

A sala deu seu último suspiro azuláceo antes do grande final.
A imobilidade inundou o ambiente dando a impressão que a realidade aguardava o desfecho do embate. Os dois antagonistas, contrapostos, estudavam milimetricamente a linguagem dos corpos, a oscilação da respiração, a luz do olhar. Pelo espaço infinito de um segundo, nada se movia, nada morria ou nascia, o destino havia parado, congelado no ódio cru e gélido presente entre os dois.


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Juiz, júri e executor-parte 2

Centro-sul da cidade de Valkaria
Deheon – Reinado

Rúbia ouviu o bebê chorar quase ao mesmo tempo em que Meredith. A senhora se adiantou, apanhando seu rebento nos braços e despejando “calmas” num tom de voz muito afável. Por um segundo Rúbia acreditou que tudo estava bem, mas essa sensação foi destruída no instante em que ela sentiu a aura opressiva, fria, hostil.
Medo.
Percebeu o sentimento se espalhando pela face da idosa, levando-a da calma materna ao mais puro desespero animal de preservação da vida. No espaço de uma batida de coração, todo seu mundo veio abaixo.


Juiz, júri e executor-parte 1

Centro-sul da cidade de Valkaria
Deheon – Reinado

Era uma bela manhã.
Poucas nuvens passeando ao sabor do vento pelo céu, Azgher em todo o seu esplendor, iluminando a vida e os sonhos dos Valkarianos. Rúbia beijou apaixonadamente seu marido, sabendo em seu íntimo que levaria meses, talvez anos, antes de tê-lo outra vez em seus braços. Igan era um paladino, mas antes disso era um meio-sangue. Nem humano, nem elfo. Um estranho nas duas culturas, um pária de ambas as sociedades, um eterno andarilho, caminhando entre todos sem pertencer a ninguém. Nem mesmo a ela.
Igan já tinha quase 90 anos de vida, muito mais que ela ou seu filho chegariam mesmo com todos os milagres e bênçãos possíveis, e ainda parecia um jovem homem. Mais que um jovem, um garoto. E mesmo assim, ela se apaixonou por ele.
Por toda tristeza, por toda vivência, por toda sabedoria, por toda dor acumulada ao longo da sua vida. Por sua incrível capacidade de sobrepujar toda intempérie, por seu enorme coração, capaz de abraçar o mundo inteiro no espaço de um batimento, por sua selvageria, sua inconstância, sua ânsia por mudanças. Um coração humano num corpo élfico.
Mutante e permanente. Caótico e reto. Alegre e melancólico. Divino e mortal.
Dicotômico.
Quando ele atravessou soleira da porta, deixando-os, os olhos de Rúbia encheram-se de lágrimas e ela chorou. Chorou como da primeira vez em que foi tocada por Khalmyr, chorou como quando soube estar grávida dele, chorou como fez em todos os momentos cruciais da sua vida. Chorou por seu homem, pelo rei do seu coração, pelo seu maior cúmplice, pelo seu melhor amigo, pelo seu mais ardente amante.
 “Khalmyr, proteja-o. Traga-o de volta pra mim vivo, por favor.”


sábado, 16 de outubro de 2010

Tormenta RPG - REGRAS

http://pt-br.tsrd.wikia.com/wiki/Tormenta_RPG_SRD_Wiki

É a mais nova contribuição do povo do Fórum. Já foi aprovado pelos autores e o trabalho está bem desenvolvido. Em breve teremos uma fonte inesgotável de consultas completas na internet. Pelo que vi, já deve ter uns 80% transcrito dos livros pro site.

Boa conferida!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A Liga de Norm #1




Nasce um Clérigo.
O céu era nublado e as pessoas voltavam para suas casas depois de mais um dia de trabalho árduo. Norm era uma cidade de gente trabalhadora e orgulhosa por seu estilo de vida. A Ordem dos Cavaleiros da Luz, ainda que não estivesse nos momentos de glória de sua aurora, ainda era um referencial para aquela gente.
Em um daqueles becos, três jovens se dirigiam à taverna para beber, como faziam e ainda fazem seus pais depois do trabalho. Era um escriba, mensageiro e pretenso miliciano de baixo posto. A ida a taverna depois de suas atribuições significava um ritual de passagem para a fase adulta.
Entretanto, em seu caminho pelas ruelas onde as janelas estão eternamente fechadas com madeiras pregadas e onde a decadência proliferava desde o ataque dos cavaleiros corrompidos pela Tormenta há anos, os jovens ouviram um barulho de caixa de madeira chocar-se ao chão. Antes que pudessem reagir, sentiram um arrepio em sua espinha.


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Fé e Traição


Mercado de Escravos, Thartann
Ahlen - Reinado - 15 anos atrás

Imundície. Suor. Sangue.
O cheiro era tão forte que Tathyana teve a impressão que nunca estaria limpa novamente.
Estavam atrás do galpão onde os escravos eram mantidos cativos até o evento do leilão. Mais especificamente, atrás da área onde eram lavados a golpes de jatos d'água mágicos. Isso não era exatamente indolor porém funcionava maravilhosamente. 

sábado, 25 de setembro de 2010

Caminhando sob a deusa


A preocupação levou Farid a sair da sede da Confraria da aventura para falar e aconselhar Jean-Luc em sua casa na parte mais abastada da mega-cidade de Valkaria. Era pareciso tentar proteger a todos e ao mesmo tempo continuar a se mover pelo reinado. Ele sabia e intuia...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Inércia

Colônia de mineradores, Yuvalin
Zakharov - Reinado

A tarde seguia preguiçosa, agourenta, fria.
A luminescência rubra permeava o horizonte, mesmo que Azgher se esforçasse para apagar as marcas da tempestade da visão de todos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sangue e Cinzas



Hannah - Reino de Atalaka
União Púrpura, Reinado

Noite.
Quente, úmida, pestilenta.
O grande aglomerado de casebres rústicos, com suas paredes de pau-a-pique e telhados de palha, ocupava quase um quilômetro em qualquer direção que ele olhasse. A "casa" principal dividia espaço com o salão comunitário, um grande salão de teto muito baixo, numa mistura de palha, folhas podres e limo, com paredes de barro vermelho com quase um braço de espessura. Um arremedo de porta, aberto provavelmente à machadadas e coberto de tecido muito fino, separava o salão da casa do líder e patriarca. O chão de terra batida ainda guardava as lembranças do último retorno da caçada: cantos escuros onde os feridos foram tratados, o cheiro ocre de urina e vômito, o círculo negro central onde a fogueira era sempre acesa, o zumbido das moscas, baratas e vermes no canto dos restos.

Salini Alan


Salini Alan, o homem mais rico de Triunphus, é no mínimo uma figura exótica. Suas roupas lembram as de um xeique árabe brancas e douradas, muito luxuosas. Usa turbante e sapatos de ponta curva, trazendo na cintura uma cimitarra. Tem forte sotaque. Quanto perguntado sobre sua origem, Salini conta cada vez uma história diferente - mas alguns garantem que ele é do Deserto da Perdição.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Boca cheia

Arthur e Hector estavam em um templo de homenagem à Marah, a deusa da paz, investigando a possibilidade de haver alguma passagem secreta que revelasse o esconderijo de cultistas de Leen, o deus da morte.
Depois que Hector, o clérigo de Tanna-Toh, em sua perspicácia, acha uma escadaria para baixo, ambos puderam ouvir cânticos canônicos ao deus da morte. Horrorizados, a dupla decidiu que era melhor descer as escadas sem fazer barulho, se aproximar com cautela. Entretanto, sabendo das obrigações de Hector, Arthur olhou para o sacerdote do conhecimento:
- Se eles perguntarem algo, tu terá que responder, não é? Isso vai nos revelar.
- Sim.
- E se tu estiver com alguma coisa na boca?
Silêncio, Hector estreitou os olhos e ergueu uma sobrancelha.
- Eu respondo de boca cheia.

...

domingo, 19 de setembro de 2010

Dualidade



Cidade velha de Triumphus
Sckharshantallas, Reinado

- Cale-se mulher! Como ousa escondê-lo de mim? Depois de todos esses anos? - e o som de uma bofetada estalada atravessou o ambiente dourado.

Post 300


THIS IS FORGOTTEEEEEEEEEEEEEEEN!!!!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Descobertas


A noite já estava madura quando ele avistou o palacete. Lhe parecia que aquele lugar já vivera dias de glória, porém agora sua fachada estava deteriorada pelo tempo. Suas imponentes janelas agora eram abrigo para limo e bolor, pássaros faziam ninhos nas sacadas e a pintura já descascara há muito. Para ele nada disso importava.

- É perfeito - disse ele ao notar que o beco era pouco movimentado e de difícil acesso.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Relic Hunters #1 - A busca


Mithraeum de Castellamonte
Torino, Itália - 10:17h

- Inaceitável! Totalmente inaceitável! - brada um homem acamado, irrompendo num acesso de tosse seca, doente, logo em seguida.
Todo o vasto ambiente era iluminado por archotes bruxuleantes. A inexistência de janelas, a forma de semi-cone e as paredes totalmente em granito bruto contribuíam para dar uma impressão claustrofóbica da gruta. À esquerda e à direita, dez fileiras de bancos de pedra maciços compunham, em conjunto com um sólido altar central de quase quatro metros em pura obsidiana, um cenário quase religioso.

domingo, 12 de setembro de 2010

PBF


Olá, forgottenianos.
Como vcs bem sabem, eu sou um jogador com muitos personagens e desesperado para jogar vários jogos (de Tormenta). Encontrei uma ferramenta muito interessante para isso que não gasta tempo e tem possibilidades de grandes interpretações e descrições de cenas, cenários, ações, etc.
Trata-se do PBF. Play By Fóruns.
No fórum da Jambô existem milhões de jogos desenrolando e de repente surge mestres aí em busca de jogadores. Então vou divulgar aqui para que vcs, forgottenianos, tenham ciência dessa possibilidade. Quem sabe programar um jogo lá, seja como mestre ou jogador? Testar, pelo menos. Eu já tô lá em busca de grupo.
É isso!

REGRAS:
1- Qualquer membro é bem vindo a mestrar uma campanha/aventura/crônica de RPG Play-by-Forum no Fórum Jambô. Há apenas um pré-requisito para tal: ter um projeto de jogo sólido.

2- O procedimento para a abertura de um PbF é bem simples. Munido do requisito já citado, deve-se enviar uma MP a um moderador com a proposta de jogo.Sendo a proposta aprovada ou não, o administrador irá contatar o usuário que a fez. Caso seja aprovada, o próximo passo do mesmo é criar um tópico na seção “Play-by-Forum (PbF)”, apresentando a proposta de jogo e conseguindo interessados em jogar. De posse da lista de jogadores definitiva, o organizador do jogo deve passá-la ao administrador que aprovou sua proposta de jogo para que ele torne o tópico FIXO, assim será mais fácil encontrar o seu jogo. E também irá organizar o nome do tópico: EX. Holy Avenger: A Grande Jornada.

3- No caso de abandono aparente e sem motivo do PBF, os jogadores poderão eleger alguém disposto para dar continuação ao mesmo como mestre. O antigo mestre perde qualquer direito sobre o PBF e não mais poderá abrir outro. Caso o mestre tenha de se ausentar, permanentemente ou não, ele pode passar o comando de seu PBF a um outro usuário que deseje assumir o cargo. Em ambos os casos, os novos mestres que terão de cumprir os mesmos pré-requisitos citados aqui anteriormente como qualquer mestre.

4- Dentro de um fórum de Play-by-Forum, as regras vigentes são as mesmas que as do resto do fórum. Porém, o mestre tem o direito de instituir algumas regras a mais em um tópico apropriado dentro do fórum de seu jogo. Ele tem total responsabilidade pelo mesmo, e deve agir de acordo.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Maquinações


Sede da Ordem dos Mosqueteiros Imperiais
Valkaria - Deheon - Reinado


- Espero ter ótimas notícias, Eric - interpôs um homem baixo, todo vestido de seda em tons de azul e dourado, sentado no lado "antigo" de uma sala em reformas. Ao seu lado, pilhas de livros, badulaques e apetrechos, memórias antigas de seu perdido dono.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Mordred Agravain Parte I: O abraço da Guerra.

Naquele cômodo sombrio, o silêncio reinava quase soberano, se não fosse a respiração pesada daquela que jazia sentado em uma cadeira simples, junto a uma mesa igualmente simples, e os passos de seu inquisidor, que o circulava, como o leão que se delicia ao ver a presa tão inofensiva, quase implorando por seu ataque.

Aquela que estava sentando trajava vestes clericais, marrons. O símbolo de Tanna-Toh pendia do seu pescoço, protegendo-a. Seus cabelos, um dia arrumados, demonstram o descuido de uma mulher relaxada - seus olhos, um dia vívidos, trazem o reflexo de uma vida em ruína, de alguém que já perdera demais, que já perecera o suficiente. Ombros prostrados, músculos relaxados, cabeça baixa.

Lágrimas silenciosas.

O peso do lugar oprimia sua mente. Khalmyr a vigiava, a impedia de mentir – a impedia de omitir. Tratava-se da humilhação máxima para um sacerdote da deusa do conhecimento. A voz do seu caçador ecoara. O vento invadira a sala, fazendo a chama das tochas sibilarem...

“Conte-nos sobre o demônio, sacerdotisa. Conte-nos como tudo se iniciou.”

“Demônio?” Ana contra-indagara. “Meu irmão não é... não era um demônio. Ele era um bom irmão. Um bom filho.” Sua voz falhara. A lembrança era forte demais, bela demais. Amizade, amor, carinho. Como as coisas conseguiram chegar àquele ponto?

“Prossiga.”

“Nascemos em Gorendil. Ele é mais velho que eu por 4 invernos. Sempre ajudou nosso pai nas tarefas mais pesadas. Ele era velho, e já castigado por batalhas nas Montanhas Uivantes. Passara a vida toda protegendo nossa mãe, para no fim descobrir que ela era frágil demais para retribuir o favor.”

“Mordred, como primogênito, o ajudava em detrimento de seus desejos. Ele sempre quis, quando jovem, tornar-se mago, aprender a ler e a escrever. Mas isto era apenas possível para aqueles que têm posses – e tempo.”

Várias imagens invadiam a mente de Ana, banhando-se em suas memórias. A família, unida em uma sala de jantar rústica, comemorando. As brincadeiras, as piadas, as brigas... O jovem, de pele rosada, olhos azulados como a tundra e um sorriso de desafio. Tudo manchado de sangue.

“Eu não posso continuar mais...” Sussurrou Ana.

“Sacerdotisa, tu deves. O teu irmão é um devoto daquele que trás a sombra do massacre. Quantas vidas ele já tirara ao longo de sua caçada contra Arton?” Sua voz soara fria e racional. Fora um choque de realidade. Ana estaria diante de um conhecimento que verdadeiramente não queria conhecer... Mas Tanna-Toh lhe protegia, sempre a protegera – não seria diferente agora.

“Eu tomei o caminho de Tanna-Toh para ensinar meu irmão a ler e a escrever. Ele fazia tudo, e não tinha tempo para si mesmo” As palavras viam difíceis. Pela primeira vez Ana achara difícil pronunciar palavras, conjugar verbos. Naquele momento, a concordância não fazia sentido algum.

“Ele encontrou uma boa mulher, e teve um filho com ela. Mordred é um bom pai, um bom marido. Eu o ensinei e ensinei ao seu filho... Nas primeiras palavras, suas primeiras palavras eram tão... tão inocentes...”

Ana já não podia mais se controlar, as lembranças eram pesadas demais. Ela chorara. Chorara desejando que cada lágrima levasse sua vida junto.

__________\__________

Cinco anos antes – Em algum lugar de Arton.

Mordred passara anos a fio procurando aqueles que acabaram com sua vida. O sangue deles não seria o suficiente. A morte deles era pouca. Cada noite Mordred lembrava-se do dia em que perdera tudo. Os gritos e as suplicas, as risadas – a glória daqueles.

Há muitos dias Mordred não conseguia dormir. Ele sentia que estava próximo. Sentia que logo banhar-se-ia no sangue dos malditos.

Estava acordado, protegido pela noite velada. Seu companheiro e tutor, Asiltir, um velho sacerdote de Keenn, descansava ao seu lado. Ele havia ensinado Mordred a lutar e a matar. Guiara o jovem pelo caminho da dor e do sangue, protegendo-o.

Segundo os auspícios de Keenn, na manha seguinte aconteceria guerra – e Keenn teria uma nova mão em Arton.

“Mordred, ainda sem sono?” Asiltir rasgara o silêncio noturno.

“Será amanha, velho...” Mordred estava tenso, sabia que sua vida terminaria amanha, pois não haveria mais nada a cumprir, mais nada a completar. No dia seguinte, ele poderia ausentar-se do mundo.

Talvez morrer tivesse sido o melhor a fazer, a muito tempo atrás...

Para alguns.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Denuncia! Opressão em pleno século XV

Filho do líder dos Mosqueteiros Imperiais, líder da Confraria da Aventura e sua esposa passavam por dificuldades no casamento. Ele tinha problemas de vida e morte e ela acusava a vida de aventureiro de ter criado inimigos. Depois de muito quebra pau, Jean-Luc cedeu aos apelos da mulher e decidiu preparar uma viagem com ela para outro reino. Eis que ela, vitoriosa, fala pra ele:
- Olha seu estado. Antes de tudo vá se banhar e depois desça para a janta.
Jean-Luc Du'Champs vai cabisbaixo, sendo mandado por sua mulher em pleno século XV...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Interlúdio


Fronteira Leste da Favela Goblin
Cidade de Valkaria - Deheon - Reinado

Duas figuras dialogam na penumbra de um beco decrepto.
Uma delas um homem alto, esguio, vergando foscas vestes cinzentas que àquela parca luminosidade praticamente não o divisavam. A outra ainda alta, mas mais baixa e larga que a primeira, vestindo um manto e capuz totalmente feito de tecido furta-cor. As duas silhuetas contra o reboco cinza dos prédios ao redor eram praticamente invisíveis.

- ...apenas um favor, a ser cobrado quando o Indicador achar melhor. Um favor de alcance e validade ilimitados - sibilou o homem alto por entre dentes.

- Sabes que pede demais, Falange. Minha requisição não deveria estar assim em tão alta conta. Ele é apenas um homem. Humano. Mortal. - rugiu o homem furta-cor.

- Mas você deve saber tão bem quanto nós que ele é... especial. Não se tecem profecias e movem-se recursos pra alguém banal e comum.

- Recursos preciosos e importantes demais para serem despendidos sem uma garantia concreta não acha? Uma conversa de beco, com um lacaio imprestável, numa noite escura não me parece suficientemente palpável.

Erguendo a mão de súbito, Falange desfere um sonoro tapa no interior do capuz do homem menor. Seu olhar nublado de fúria mal nota a mudança de postura do interlocutor.

- Sou a 1ª Falange do Indicador, filho do Piramidal, uma das bases da Mão. Nosso alcance é vasto e nosso poder extenso. Poderíamos matá-lo aqui mesmo, nesse beco imundo, e ninguém saberia por semanas, seu afetado de merda. Se digo que faremos pelo preço combinado, então esse é o acordo. Ou seu homem é comum demais pra valer o sacrifício?

- Tens razão ignóbil lacaio. É fato notório que meu alvo não é, nem de longe, alguém comum. Dê minha resposta então. Avise ao Indicador que aceito os termos, com uma ressalva: tem que ser feito logo, de maneira permanente. Ou então eu os caçarei um a um, parte a parte, até decepá-los de uma vez por todas.

- Pois bem, que seja. - e a alta figura lúgrube estendeu a mão ossuda, tencionando selar o acordo.

Fitando o interior do capuz do homem menor, Falange não teve tempo de se arrepender. O homem agarrara sua mão com um movimento rápido, preciso e seu aperto férreo já começara a triturar os ossos mais frágeis de sua mão. Mais sentiu do que viu o movimento que tirou fora a sua mão direita, salpicando o imundo chão lamacento com seu sangue carmesim.
Não gritou. Sequer blasfemou ou jurou vingança.
Os olhos que vislumbrara dentro do capuz do outro o assutaram mais do que uma vida miserável, vagando e mendicando como aleijado pelas ruas sujas e poeirentas da favela. Uma mão foi um preço pequeno demais para aplacar o demônio nos olhos do outro. Mesmo sua vida não teria sido suficiente.

- Levarei então sua mão, Falange, como garantia palpável. Afinal, ela deixou de te pertencer após macular-me com seu toque pútrido. Vão - e disse isso em voz alta, ecoando pelo beco - e façam conforme combinado. Que a mão de Nimb pouse sobre seus ombros! -e começou a acenar a mão recém-tirada de Falange para o beco ao redor.

Com passos apressados, diversos vultos deixam as imediações do beco imundo. Praticamente correndo, Falange, ganha as ruas imundas da favela. O cheiro acre nunca lhe foi tão doce quanto hoje.
O dia em que tocara em um demônio e sobrevivera.
_________________________________________________
Deixando o beco imundo, o homem furta-cor serpenteou por diversas ruelas e caminhos, se afastando das imediações daquele amontoado de excremento.
A muito se livrara da mão do magricela, atirando-a a alguns cães famintos que disputavam a carcaça de um gato. Carne fresca a cães famintos, certamente uma grande ironia.
Tinha sido divertido, arrancar a mão daquele merda insolente. A brutalidade e a selvageria desnecessária continuavam encantando-o, mesmo depois de tanto tempo.

- Ragnar seja louvado... - sussurrou enquanto retirava seu manto e atirava-o longe, dentro do abrigo de alguns mendigos. O burburinho começou quase que intantâneamente, em luta pelo pedaço de tecido. A impecável seda azul-turquesa de suas vestes quase que reluziu, ao ser tocada pela luz de um dos muitos lampiões.

Haveria ainda mais sangue derramado aquela noite e esse era um bom auspício.
Sangue. Morte. Ruína.
O mundo ia ruir em breve e ele estava satisfeito em dar seu golpe.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Últimos Dias Reloaded


Olla a todos.
Como sabem estou assumindo a campanha de Últimos Dias, visando jogar Contra-Arsenal, em definitivo após a saída de Aldie.
Acredito que todos já me conhecem como mestre. Mesmo que minhas últimas campanhas não terem tido vida longa (Aurora Carmesim, Extinction), algumas foram bem longevas (X-Men II e III) e por isso eu topei esse desafio. Além disso seria desleal com o Renato (outro que propôs continuar UD) impedir que ele também deixasse sua marca no mundo com um personagem seu, jogado do 1º ao último nível.
Todos conhecem minha pegada e minha forma de conduzir as coisas, às vezes mais leve, às vezes mais dark, às vezes mais violenta, às vezes mais tranqüila porém sempre respeitando as escolhas dos personagens e suas implicações. Não esperem que eu assuma as coisas e tudo fique como era antes.
Isso é impossível.
Eu tenho meus próprios planos e minha visão de como continuar a aventura, por isso optei também por não desconsiderar nada que já tenha acontecido aos personagens. Vou continuar a aventura do ponto em que ela parou, inserindo elementos do meu domínio e do meu agrado a cada passo do caminho. Optei também por descontinuar o plano anterior de subir um nível por sessão. Agora a evolução se dará por arcos de história, podendo sim haver um ganho maior que um nível por arco.
Eu não pretendo me demorar muito narrando os eventos anteriores à aventura pronta propriamente dita e acredito haver apenas dois ou três arcos de mais ou menos três sessões antes do start real de CA. A idéia dos arcos incluem ainda a utilização de alguns antagonistas imaginados por mim para Aurora Carmesim e Con(Di)vergências além dos antagonistas necessários à CA.
Pretendo também usar a partir da próxima sessão o Magic Itens Compedium, tanto para premiar encontros quanto para municiar os PdM's. Mesmo com a idéia de escassez de itens mágicos no mercado de Arton, acredito que a variedade de itens presentes MIC, além de boosts não-mágicos (que não contam como +1 em valor ou nível de encantamento) e jóias de incremento, condiz com pujança presente no cenário antes dessa escassez recente.
Foram décadas de comércio aquecido pela cidade de Vectora, com itens de todas as origens e poderes circulando livremente pelo mundo. Isso não quer dizer que haverão mais itens mágicos disponíveis aos jogadores além do justo, quer dizer apenas que haverá uma variedade maior deles.
Tanto em poder quanto em habilidades.
Quanto aos livros e suplementos as coisas permanecem como estão. Me daria um trabalho absurdo adequar cada personagem presente em CA aos nossos inúmeros suplementos além de que modificaria bastante as fichas dos personagens caso esse ou aquele suplemento pudesse agora ser utilizado.
Eu espero feedback de todos os jogadores sobre cada sessão, sem excessão. Por favor compreendam que eu não sou Aldie e tenho meu próprio estilo.
E no fim as coisas darão certo, basta confiar.
Dei semper proficere, ad finem.

domingo, 29 de agosto de 2010

Tony Rossi


Tony é um italiano calado, porém simpático pesquisador-aventureiro, fã devotado de Jackie Chan, e um praticante de karatê. Há cerca de três anos diz ter se envolvido em um “acidente” que mudou sua vida, e desde então procura um meio de sumir da Itália e recomeçar a vida nos Estados Unidos.

Tony jamais fala de seu passado – costuma dizer apenas que é “o homem que já morreu uma vez”. Porém sua tatuagem no ombro é a marca de uma família mafiosa em que ele foi membro. Essa tatuagem torna evidente que essa máfia italiana já fez parte de seu passado.

Tony apresenta um ar blasé e despreocupado, embora não seja nem um pouco desatento como aparenta; pelo contrário, sua habilidade em lidar com imprevistos (mas nem sempre saindo ileso...) demonstra que está sempre alerta. Não temer riscos parece ser a principal característica desse pesquisador-aventureiro: embora não consiga prever exatamente que perigos pode enfrentar, Tony arrisca seu pescoço de maneira quase suicida, pouco se importando com quantos ossos vai quebrar ou quantos litros de sangue irá perder. Segundo ele, não tem medo de nada, porque não tem nada a perder em sua vida. Seu único instinto de sobrevivência aparente é quanto à alimentação: Tony sempre procura garantir um bom almoço, pois quase nunca sabe quando terá dinheiro para a próxima refeição.

Individualista e convencido, Tony não costuma demonstrar apreço pelas pessoas à sua volta com palavras, mas sim através de gestos. Embora seja normalmente cabeça fria, apenas uma coisa realmente tira Tony do sério: sendo muito orgulhoso de si mesmo, ele ODEIA ser confundido ou comparado com qualquer outra pessoa.

sábado, 28 de agosto de 2010

Vida Bandida

Havia, naquela entardecer no porto de Malpetrim, um homem sentado na areia branca. Seus cabelos cheios, embaraçavam ao sabor do vento enquanto visava o horizonte infinito a sua frente.
Ele sabia que seus dias de pirata estavam acabados. Aos poucos, suas lembranças passavam como um filme em sua mente.

Semanas antes.
Jack sacava sua espada curvada de suas costas com leveza e encaixava no estômago de um miliciano de uma aldeia. A lâmina deslizava abrindo espaço para o intestino desprender com um grande volume de sangue. Assim, mais uma vítima do ataque de seu bando tinha sucesso. Ele gargalhava eufórico do sucesso. Ouviu ordens do capitão e foi ajudar a carregar os mantimentos daqueles miseráveis.
Horas depois, dentro do navio de madeira envelhecida, aquela tripulação comemorava com rum velho mais um ataque de sucesso. Em meio a sujeira e miséria de corpo e alma, eles cantavam, e dançavam. Outros contavam entusiasmados como mataram e estupraram. Jack ria de tudo, apesar de não compactuar com aquilo. Ele fazia o que tinha que ser feito para sobreviver. Matava quem ficasse em seu caminho. As vezes um velho ou uma mulher bancava a heroína para tentar impedí-lo, mas ele apenas os nocauteava. Jack havia decidido há muito tempo que sua espada era só para adversários que soubessem lutar de verdade.
Depois de beber até dormir, acordou com um chute.
O sol acabou aguçando sua dor de cabeça de ressaca. Demorou alguns minutos para entender que o navio havia sido atacado pela frota real de Petrynia. Antes de ser amarrado como os outros, ele levou uma surra de bastões até quebrar uma perna. Antes de lhe colocarem um capuz velho para embarcar no navio dos corsários, viu de relance o segundo em comando recebendo uma bolsa com moedas de ouro. Ele havia traído a todos.

Dias antes.
Jack estava com um olho roxo e tão magro que seu estômago colava nas costas. Seu corpo era diariamente castigado. Marcas profundas de cativeiro. Naquele dia ele viu seus companheiros, seu bando, pela primeira vez em dias. Foram todos levados para um penhasco, frente ao Mar Negro. Havia uma pequena população ribeirinha de famílias e pessoas que queriam ver sua morte. A morte de seu bando. Xingavam, gritavam e jogavam bosta de cavalo neles. Eles eram os piratas presos e condenados ao enforcamento.
Notou que seu capitão não estava mais lá. Devia ter sido o primeiro e morrer. Quando começou o espetáculo da punição, viu seus amigos de 10 anos sendo mortos. Logo seria sua vez. Apesar de tudo, ele não sentia tristeza. Não queria se vingar do segundo em comando. Não queria salvar seus amigos. Ele não sentia nada. Apenas um vazio profundo.
Jack sabia que um dia isso iria acontecer. Inevitavelmente ele iria ser capturado e morrer. A vida era assim. Ele era um bandido e era caçado. Ninguém choraria por ele, ninguém sentiria sua falta. Foi então que, ao chegar sua vez, percebeu que tinha alguma vontade de viver mais. Queria fazer muito mais no mundo. Não deveria ser sua hora. Não por questão de justiça, mas porque ele era livre e queria se manter assim.
Antes que pusessem a corda em seu pescoço, ele gastou sua última fagulha de energia para surpreender a todos correndo para a beira do penhasco. Deu uma última olhada para o povo enfurecido e sorriu sarcasticamente. Saltou de costas.

Hoje.
Jack se levantava, tirando um pouco de areia do corpo. Colocava sua mochila nas costas e vestia suas botas recém roubadas. Ele tinha roubado essa mochila de um aventureiro descuidado em uma taverna. Sua cimitarra ele achou por acaso numa estrada. Afinal, a vida se resumia a isso. Caminhou para o leste. Queria conhecer Valkaria, a maior cidade do mundo. Talvez se tornaria aventureiro, ou mercenário. Talvez fosse viver nas ruas. Afinal, tudo na vida se resumia a isso. Acasos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Dylan Maxime Cowesses - "Fessel"

Emergência do Vibra Hospital of Southeastern Michigan
Lincoln Park, Detroit, Michigan
08 de Agosto de 2009 - 03:00h

- Hora do óbito, três horas. Hora do demônio.

Era a segunda vez em três noites que a Drª Elizabeth Fox perdera um paciente na emergência do Vibra. E toda vez por volta das três horas da madrugada. Tiroteios, acidentes, incêndios, tudo que havia de pior era trazido ao Vibra. E tudo sempre acontencia à noite.
Sempre.
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08 de Agosto de 2009 - 03:47h

- Nome: Dylan Maxime Cowesses, 24 anos, caucasiano, 1,78m, 79kg. Vítima de politraumatismo, causado por arma contundente. Escoriações nos membros superiores e tórax. Múltiplos sinais de luta. O coitado não teve nem chance... Levem pra gaveta antes que comece a feder. Logo alguém reclama o defunto.

"Já estou a tempo demais nesse emprego"
pensou o Dr. Alex Gibbons, enquanto fitava o corpo inerte sob o lençol da emergência. "Só 24 anos. Tão cedo e eles já começam a se matar. Deus abençoe meus filhos."
O Dr. Gibbons não ficou no "frigorífico" até o fim do expediente dessa vez. Seus filhos vinham constantemente à sua cabeça, seus sorrisos, suas brincadeiras, sua companhia. Precisava deles.
Hoje mais do que nunca.
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08 de Agosto de 2009 - 04:36h

- Isso são todos os pertences encontrados. Ele tinha documentos, cartões e dinheiro consigo. Além desse envelope é claro. Tudo indica que não foi latrocínio. Eu lamento.

"Menos um marginal solto por aí, quisera eu fosse uma dúzia aqui hoje"
pensou o Detetive Owen Sorensen, deixando uma mulher algo bela, de pé no hall da recepção aos prantos. "Isso passa dona. Deus dá e o demônio tira. A gente só pode continuar seguindo e torcendo pra não ser a nossa vez."
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08 de Agosto de 2009 - 04:42h

"Querida Ann,
Eu posso imaginar o quanto você deve estar feia agora, com esses olhos vermelhos e o rosto inchado, mas acredite, vai dar tudo certo. E eu acho até que estou mais feio que você, naquela cama gelada, pálido como uma vela.

Eu não podia deixar as coisas como estavam, com você, o Harold e as meninas em perigo por conta de uma merda que eu fiz. Sozinho.
Se você está lendo essa carta agora significa que eu falhei outra vez na minha escapada. Frustrado como sempre.
Mas pelo menos ninguém conseguiu impedir minha última e derradeira fuga, deixar a gaiola da vida.
Mesmo que eu não tenha dado cabo dos caras que punham vocês em risco, com a minha saída do show, eles não vão te incomodar mais. Prometo.
Sim Ann, eu sei. Pára de chorar vai.

Me mudar não adiantaria nada, vocês se mudarem também não. Eles iriam atrás de mim. De vocês. Ele são barra pesada Ann.
Tudo aconteceu como deveria ser.
Agora pega as minhas coisas lá no meu apartamento e faz o que achar melhor com elas, vende, dá, distribui entre os pobres. Eu não me importo.

Vai em frente e toca a vida. Crie as meninas para serem melhores do que eu. Do que você.
Beijo na Julia e na Lucy.
Boa sorte gatinha.

Amo todos vocês.

PS.: Eu tava sem papel na hora e escrevi esse bilhete no desenho de mim que a Julia fez anteontem. Guarda isso ok? Beijos todos"

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08 de Agosto de 2009 - 05:00h

Frio.
Intenso e brutal, daqueles que congelam os ossos. Dylan estava deitado numa bandeja fria apenas com um lençol por cobertor. Se concentrou como foi ensinado a algum tempo por Grimmer. "Forçar o mana. Curar o padrão. Aquecer, regenerar.Vamos. Vamos."
Uma tenra luminosidade amarela inundou a escuridão da gaveta. O ar aqueceu-se até o nível suportável. Membros deixaram o torpor, pele se refez, fibras se regeneraram, sangue voltou a fluir. Estava vivo!
"Vamos Dylan, se concentre. A porta tem que ter uma maçaneta. Vamos, ataque o padrão, parafusos, dobradiças, molas. Vamos, acelere o tempo. Aumente o desgaste. Vamos."

CLáCk! Nheeeeeeeeck

Um corpo alvo escorregou para fora da gaveta, caindo no chão com um baque surdo. Estava nu e sem ferimentos. Seus cabelos negros oleados um tanto quanto desgrenhados. Olhos muito ativos de um azul intenso.

- Bem, agora preciso de roupas pra dar o fora daqui. - disse o homem com uma voz rouca, de quem não usa a muito tempo.

Saiu por uma porta marcada como "Vestiário Masculino"
Vinte minutos depois, a porta se abriu, revelando o homem já completamente vestido, calça social preta, blusa de botão vermelha, sobretudo de couro. Foi até uma mesa no canto do necrotério, abarrotada de papel. Procurou por alguns minutos logo encontrou o que procurava. Uma ficha de óbito e despacho de corpo.
"Dylan Maxime Cowesses"

- É agora que te enterro de uma vez, velha vida. É melhor assim. Pra todos.

Preencheu alguns formulários, assinou ilegivelmente m alguns lugares e pronto. O corpo de Dylan Cowesses já havia sido retirado pela família. Sem vestígios, sem pistas.
Saiu pela porta dupla com uma última espiada no ambiente estéril. Logo ganhou a rua e começou seu caminho até o leste.
"Boston talvez. Sempre quis conhecer Boston"
Saindo pela porta de serviço, passou por alguns funiconários que fumavam deixando um aceno.
Ganhou a rua e se foi na névoa de uma noite de verão.
Sua inexistência começaria agora.
Fugir e sobreviver.
Sempre.

O Paladino Apócrifo


A vida do meio-elfo Igan Kulenov sempre foi pacata e marcada pelo preconceito racial velado que sofria da sociedade bielefeldiana. Porém, sua vida mudou quando conheceu Rúbia Kevlar, uma paladina de Khalmyr, da Ordem da Luz, há quase 4 anos.

Outrora um camponês de vida pacata, Igan vivia sem perspectivas de grandes mudanças em sua longa vida. Perdendo seu pai, ex-paladino de Khalmyr, para a velhice quando tinha apenas 60 anos (equivalente a 12 anos humanos), coube a ele cuidar de sua casa, seu pequeno rancho e de suas duas irmãs mais novas: Melina (com 45 anos, 9 anos humanos) e Karin (com 30 anos, 6 anos humanos).
Por quinze anos ele sobreviveu as dificuldades da vida, forçando uma maturidade precoce, com a ajuda de Anderson, clérigo de Khalmyr, padre local em Portfeld. Foi no dia de seu aniversário, de 85 anos no dia 17 de Luvitas que sua vida mudou completamente.

Atacada por zumbis, o subúrbio de Portfeld recebeu a ajuda de Rúbia Kevlar. Salvando a vida de Igan e suas irmãs, ela bagunçou seu mundo com sua beleza e altivez. Imediatamente, Igan despertou sua vontade para lutar contra aqueles monstros que ameaçavam a vida de sua família e das pessoas. Mesmo sendo alvo de preconceitos, ele sabia que era o certo protegê-las, usar sua capacidade.
Foi assim que, durante uma ação contra o necromante maligno que criara os zumbis, Khalmyr intercedeu por Igan lhe garantindo status imediato de paladino. Nunca tendo visto tamanha inspiração e determinação beirando o divino, Rúbia se surpreendeu com Igan Kulenov, o meio-elfo e, depois da batalha ganha, sugeriu que ele cavalgasse ao lado dela para ingressar na Ordem da Luz.
Entretanto, apesar de não entender por que se tornara um paladino, Igan rejeitou a sugestão de Rúbia. Ele sentia-se indigno e inferior. Sabia que os nobres, a cavalaria e as pessoas em geral iriam apenas olhar com preconceito racial e ele jamais teria seu lugar. Apesar da argumentação de que ele era um guerreiro santo agora e que isso poderia mudar a visão das pessoas, Igan continuou recusando. Ele era uma pessoa, antes de ser guerreiro santo. Ele queria ser reconhecido como uma pessoa e não vencer o preconceito por conta de intervenção divina.

Ele sabia que era desaprovado pela sociedade, pois paladinos de Khalmyr que não seguem uma das Ordens de Khalmyr são mal vistos porque não se enquadram na hierarquia divina dos devotos. Porém Igan sabia que o deus da justiça olhava por ele e, tudo que importava no fundo, é combater o mal e proteger as pessoas.
Igan possui uma forma de pensar diferente. Não possui uma grande paixão pela ordem, pela disciplina ou pelas leis. Ele quer destruir o mal sem se importar em quebrar uma ou duas regras. Dessa forma, Khalmyr lhe abençoou com poderes diferentes em detrimento dos poderes padrões dos paladinos. Além disso, ele não possui o treinamento formal de Paladino, por isso não aprendeu as preces que lhe permitiriam a conjuração de magias divinas.

***

De 1402 à 1405, Igan se aventurou por Arton e conheceu vários reinos. Se juntou a um grupo de aventureiros e com eles viveu grandes momentos. Porém, devido a problemas internos, o grupo se separou ao chegar em Valkaria. Somente Helena, clériga de Lena, seguia o paladino meio-elfo. Entretanto, tudo mudou um ano atrás. Rúbia Kevlar fora presa em Norm e condenada ao enforcamento. Igan despertou uma grande revolta ao descobrir que seu crime dela teria sido se aliar a um necromante em um determinado momento. Mesmo que o necromante fosse apenas um estudante e não-maligno, para seus juízes, Rúbia havia perdido sua graça de paladina e cometido um pecado mortal. Igan e Helena viajaram para Norm e, contrariando a diplomacia, Igan investiu contra a Ordem da Luz, pois estava convicto no que era certo ou errado e sabia que Khalmyr concordava com ele.
Depois de invadir o outrora lustroso Castelo da Luz, hoje decadente e se recuperando do ataque da Tormenta, Igan descobriu que haviam cavaleiros da luz malignos. Ninguém poderia enxergar a verdade. A Ordem estava em falta de paladinos com o poder de ver o mal. Depois de matar alguns cavaleiros malignos e inclusive o capitão do setor oeste, o experiente sir Protias Kaminsk, Igan foi abordado por ninguém menos que o Alto-Comandante sir Alenn Toren Greenfield. Depois de derrotar Igan facilmente, sir Alenn ouviu a inspiração de Khalmyr em seu coração. E viu verdade nos olhos de Igan Kulenov. Dessa forma, ele percebeu a verdade. Inocentou Rúbia Kevlar e presenteou o jovem meio-elfo com a benção divina de um clérigo de Khalmyr à sua velha espada, herdada por seu pai.
Voltando para Valkaria, Igan e Rúbia se casaram. Helena, então, se aposentou para viver com seu filho, futuro paladino de Lena. No início do ano seguinte, entretanto, mais um duro golpe afetou as vidas de Igan Kulenov e Rúbia Kulenov.
Koji Kumagai, um monge que viveu aventuras ao lado de Igan, havia se corrompido para a Tormenta. Entretanto, ele usava o argumento de que usava a Tormenta para aumentar seu poder pessoal, como uma ferramenta, da mesma forma que Rúbia fez com seu aliado necromante. Igan explicou que a necromancia era algo artoniano. Pertencia ao mundo. A Tormenta não. Era uma força alienígena e totalmente corrupta. Ambos se enfrentaram e tiveram uma luta de vida ou morte. Igan, enfim, matou seu ex-companheiro.
Amargurado, Igan ficou semanas em casa com Rúbia. Quando ouviu falar da Confraria da Aventura e entendeu como um recado de Khalmyr para que ele continuasse a combater o mal onde ele estivesse. Se inspirou nos feitos de Jean-Luc Du'Champs, Farid e Davie Crown para voltar à ativa. Sua esposa, entretanto, estava grávida e anunciou sua aposentadoria da vida de aventuras.

Igan quer encontrar a Confraria da Aventura para se juntar a eles. Ele não conheceu a fama de Vanthuir Skullbringuer, pois ele viveu 2 anos longe da Confraria. Tão pouco sabe que um clérigo de Keenn chamado Mordred também entrou ao grupo. Quando ambos se encontrarem, talvez um atrito seja inevitável...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Comunicado aos esquecidos

Bom galera, antes de qualquer coisa leiam o post abaixo. Sim, atravessei mermo, e ngm tem nada a ver com isso.

Exceto Aldi ^^

Anyway...

Sobre nossos jogos. Como sabem, meu tempo é violentamente consumido pela faculdade, e agora ele está ainda mais comprometido com um escritorio modelo terrível e a monografia e OAB já batendo em minhas portas.

Como tinha dito, ausentar-me-ia de muitos jogos do forgotten.

Estes jogos são:

Mago - sempre foi um jogo que quis experimentar, mas tive o azar de começar um no meu periodo mais contubardo;
Relic Hunters - nem conheço, mas a proposta parece ser boa. Porém, como nao tenho garantia de meu compromisso, estou fora.
Ultimos dias - Com toda a confusao, e com a entrada de aldi como paladino, nao há lugar pra Mordred no grupo, e seria péssimo interpretar sozinho, haja vista os preconceitos do forgotten (se sao ou nao justos, nao vou entrar no mérito, o post nao tem esse objetivo). Ja mudei 3x, nao achoq eu tenha cabeça pra fazer outro. Tenho q conversar com o atual mestre, mas, enquanto não há essa conversa, estou fora.

Permaneço em AA, pela ótima composição do grupo, e na crença e certeza que marins esteja atravessando uma boa fase.

Acho que é só, amigos.

Bons jogos a todos, para aqueles que eu nao participar ^^

domingo, 15 de agosto de 2010

O FIM


Venho aqui, por meio deste post, comunicar o fim da campanha Últimos Dias.

Ultimamente, quando me deparo com a idéia de mestrar a campanha, me pego nada empolgado, contrariado e sem vontade. Pensar na campanha, no envolvimento dos personagens, no mundo, na aventura pronta a ser mestrada, tudo isso me deixa frustrado de alguma forma. Explicarei o por quê abaixo.

Últimos Dias foi criado com o intuito, desde sempre, a batalha contra Arsenal a aventura Contra Arsenal. Quando li o livro, achei que seria uma ótima aventura para ser mestrada. No início eu tomei decisões que julguei que estavam certas e poderiam dar longevidade a uma campanha do nível 1 até o 14º, nível mínimo exigido para a aventura. Entretanto, percebi ao longo das primeiras sessões que as coisas não estavam do jeito que eu queria. Não culpo os personagens dos jogadores. Eles foram criados da maneira que os jogadores queriam e se divirtiriam. É trabalho do mestre se ajeitar com os personagens que têm em para a construção da campanha. O problema foi a organização que eu fiz foi falha e me insatisfez. Muita coisa sem sentido aparente foram jogadas na campanha. Achei que poderia me basear nas pontas soltas no início da campanha para dar longevidade ao jogo para que ele se desenvolvesse nas resoluções das tais pontas soltas.
Mas não foi assim que aconteceu. Eu me perdi e em determinados momentos chaves, não encontrei soluções claras. O mote da campanha era "Os Últimos Dias em Arton", dias em que as coisas estavam ficando tão ruins no mundo, que dava pra notar na cara das pessoas comuns. Eu queria criar um clima tenso de pesar, de que se aventurar era uma idéia de gente louca nesses tempos incertos de guerra no leste, Tormenta ameaçadora... Mas esse compromisso com essa temática não durou mais que 4 sessões, se não me engano. Descartei a idéia, o sentido inicial da campanha, o que contribuiu para que eu me perdesse mais ainda. Descartei porque fiz escolhas infelizes.
E eu pensava: "ainda falta a deixa de Arsenal e de Keenn para envolvê-los logo nisso". Pois a campanha deveria culminar no confronto direto com o sumo-sacerdote da guerra. Acabou que se tornou um peso a mais nas minhas decisões, um problema a mais. O desenrolar da campanha não vislumbrava esse confronto, e as idéias começaram a escassear. Mas mesmo assim, eu não tinha broxado da idéia de mestrar Últimos Dias.
Broxei quando somei tudo isso ao fato de que estava tudo devagar demais. Tormenta RPG chegou com mudanças de regras que eu adorei, com conceitos mais bem desenvolvidos que eu também gostei. E havia mudanças significativas na história do cenário. E eu não consegui fazer vcs chegarem nem ao 10º nível. Mesmo avançando 4 níveis sem jogo, o que é uma ideia abominável para mim. Mas eu vi que era necessária. As coisas estavam devagar demais.
A idéia de mestrar somente Contra Arsenal, sem uma campanha como base, se tornou mais atraente. Mas foi descartada em praça pública. Não os culpo por isso. Vocês não são como eu que gosto de campanhas low level e de criar personagens (ainda que eu repita alguns). Vocês se apegaram a seus personagens. Todos estavam satisfeitos com seus próprios personagens, ainda que não estou certo se estavam felizes com seus relacionamentos com os outros. Então não foi surpresa quando negaram usar os personagens dessa maneira utilitarista de enfrentar Arsenal e pronto, acabou.

Por conta disso tudo, estou demonstrando meu desejo de parar. Parar e pensar sobre outras coisas. Não consigo me focar em Contra Arsenal mais como mestre. E forçar isso é burrice e garantia de jogos ruins e mau mestrados. Aliás, vcs já devem ter notado como as minhas mestragens estavam ruins ultimamente. Eu tentei me reempolgar conversando com jogadores mais empolgados com o jogo, mas a empolgação não durava mais que meia hora. Não dá, simplesmente.
Mas veja, as coisas não estão perdidas, se não for a vontade de geral. Contra Arsenal taí pra outro mestre assumir, narrar direto, ou narrar uma campanha como base ou mesmo usar aonde eu parei (eu darei informações sobre a campanha, se o novo mestre de Últimos Dias quiser) com os mesmos personagens. Eu jogaria.

Enfim, é isso.