segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O Clérigo



Kevin não conheceu seus pais e foi criado por seu irmão Jack Dawson. Viveram em Villent, cidade ao norte de Deheon com grande concentração da nobreza do reino-capital. Há alguns anos a metrópole estava com economia em crise por conta da ameaça de guerra quando havia a tensão entre Yuden e Deheon, graças ao bélico e inescrupuloso príncipe Miktov.
Os anos se passaram e se tornou cada vez mais difícil para Jack sustentar a si e a seu pequeno irmão. O emprego de ajudante de alfaiate não era mais suficiente. Jack, então, decidiu ir embora de Villent, buscar uma cidade do interior. Passaram meses viajando, indo de fazenda em fazenda, de vila em vila até chegarem a Selentine. Uma vez lá, começaram a ter uma vida melhor.
Jack conseguiu reunir uma pequena fortuna e conseguiu pagar passagens de navio para ele e seu irmão. Seu objetivo era viajar para Ahlen em busca de parentes. Kevin jamais conheceu seus pais, mas a recíproca não era verdadeira para Jack. O irmão mais velho tinha parcas lembranças de seus pais e existia uma memória que o intrigou a vida toda: Ahlen e o caráter especial de Kevin. Havia alguma chance de existir parentes por lá e, apesar de não entende o que de especial tinha Kevin, acreditava no julgamento de sua memória de seus pais. Pensando nisso, pegaram um navio luxuoso, onde ricos mercadores – separados de seus empregados nas partes mais baixas do navio – viajavam para o reino vizinho visando um futuro.
A viagem estava tranqüila nos primeiros dias, apesar da grande ansiedade e das ânsias de vômito de Kevin. Mas numa noite, uma terrível tempestade atravessou o caminho do navio. Ele sofreu sérios danos e afundou. Poucos sobreviveram. A maioria os ricos mercadores, nobres e quem pudesse pagar por serviços mágicos. Kevin e alguns pouquíssimos pobres trabalhadores conseguiram sobreviver agarrados aos destroços do luxuoso navio.
Kevin foi, então, resgatado e largado em Gorendill. Viveu dois anos aprendendo a sobreviver. Era bastante inocente no inicio e fora enganado várias vezes. Passou fome e foi obrigado a roubar para sobreviver. Mas aos poucos foi evoluindo e aprendendo. Adaptou-se à vida em Gorendill. Foi quando recebeu o chamado divino. Um dia sonhou que trajava uma armadura e espada muito pesada. Viajava em um cavalo e percorria grandes distancias, avistando variadas paisagens. Entrava em uma caverna e lutava contra criaturas feitas de sombras. No final, vencia uma mulher com cobras no lugar dos cabelos e obtinha o ouro que ela guardava. Era um aventureiro nesse sonho. Então, Valkaria aparecia e lhe chamava para o clero. Kevin, enfim, tinha a vocação.
Percebendo de imediato, resolveu que não podia ficar parado. Arrumou um contrato de escolta e, aos treze anos, viajou para Valkaria. Uma vez lá, não teve problemas para mostrar sua vocação e logo foi aceito junto à igreja. Fez amigos sinceros e alguns rivais. Formou-se com louvor aos dezesseis anos e já estava pronto para viajar e pregar a evolução, a adaptação, a conquista dos humanos.
Sua aparência é marcada pelo cabelo loiro muito claro, espetado e olhos com uma estranha coloração azul e roupas sempre muito escuras. Sua grande espada entra em contraste com o rosto aparentemente calmo e indiferente. Kevin é calmo e tranqüilo e deseja o bem das pessoas e detesta a tirania.

domingo, 29 de novembro de 2009

Crônicas Artonianas #40 - O retorno aos eixos


Grandes mudanças aos Desafiadores do Destino. Após a derrota de Kuala-Lampur na arena de Vectoria, o grupo descobriu o paradeiro de Keilana-Peni: Fortuna. Viajando por teleporte e sem demora, chegaram sem maiores problemas e encontraram a pequena khubariana em um orfanato de Lena. Após o reencontro, o grupo decidia o que fazer. Prioritariamente, Ilendar iria para Valkaria estudar sobre o Ahmed, o paladino de Azgher que lhe concedeu sua cimitarra; Kuala e Keilana voltariam à Khubar, sir Lothar voltaria para Bedivere e Tildror... bem, ele se sairia mal graças à sua "maldição" de Thyatis.
Para realizar seus planos, os Desafiadores buscaram por Peleannor em sua torre ao norte de Fortuna. Ao chegarem lá, se depararam com uma invasão de meio-orcs que carregavam armas de fogo! Sem muito entender o que se passava, os Desafiadores do Destino passaram o rodo. Infelizmente, por pura impulsividade de Tildror, Peleannor acabou morrendo. Na frente de Ilendar. Várias coisas antigas foram postas na mesa e a discussão no grupo se tornou intensa.
Graças ao item mágico de estudante da academia arcana, os Desafiadores chegaram à Valkaria. Tildror estava distante e logo desapareceu avisando que arrumaria dinheiro para a ressurreição. O grupo, então, resolveu pequenas querelas. Kuala e Ilendar tiveram sua primeira noite romântica; sir Lothar se aconselhou com o clérigo de Khalmyr de Valkaria e percebeu que havia sido chamado pelo deus da justiça para sua terra; e Tildror arrumou informações sobre rituais para se livrar da maldição de Thyatis de manter o grupo unido, além de arrumar mais contatos com o submundo e formas de conseguir dinheiro rápido.
O ahleniano, visando se separar do grupo, escreveu uma carta de despedida que seria entregue junto ao dinheiro no templo de Azgher de Valkaria onde Peleannor seria trazido de volta à vida. Na carta ainda dizia que iria buscar seu rumo, procurar Margareth que ficou em Fortuna com suas próprias mãos. Em segredo, ele pretende voltar à Ahlen em grande estilo, assumindo seu posto como um nobre. Um perigoso nobre com grande experiência de aventureiro...
O grupo agora volta à suas questões principais: Yvaine, a medusa das trevas que quer reunir poder para destruir Ilendar; um louco sacerdote de Nimb que tem como objetivo de vida matar sir Lothar; Kuala precisa voltar para Khubar, rever amigos e parentes e deixar Keilana-Peni sob os cuidados do sacerdócio de Benthos. Para o guerreiro khubariano, suas aventuras no continente criaram laços de amizade que o fizeram decidir por seguir seus amigos no que der e vier.