segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Desmaio demorado

O bardo elfo do grupo levou uma mordida fatal de um grande lagarto e ficou desacordado. O clérigo usou sua explosão de energia positiva para tentar curá-lo e fazê-lo voltar ao combate. Infelizmente não obteve muito resultado já que não tirou bons dados. Seis rodadas depois...
- Você tem pontos de ação? - pergunta o mestre.
- Sim.  - ele responde.
- E porquê não usa? - questiona o mestre.
- E pode usar desacordado? - ele inocentemente responde.
- ¬¬ - faz o mestre.

Princesa Rhana


Filha do Imperador-Rei Thormy e da Rainha Rhavana, a princesa Rhana tinha uma vida luxuosa e confortável no pálacio imperial de Valkaria. Mimada e paparicada pelos pais, sempre teve todos os seus desejos atendidos sem demora. Ainda que com certa relutância recebia da mãe (outrora rainha amazona) treinamento em combate e montaria. Atingiu os dezesseis anos para tornar-se uma jovem lindissima, atraindo sobre si, os olhares masculinos de todo o Reinado. 


sábado, 26 de fevereiro de 2011

Andrus, o Aranha

Na história dos grandes criminosos de Arton, uma figura ocupa lugar de destaque. Um ladrão sorrateiro e assassino furtivo, capaz de escaladas impossíveis, conta-se que pode escalar superfíceis totalmente lisas sem auxílio de equipamentos. Dizem que, certa vez, ele teria prendido com teia de aranha um guarda que tentou capturá-lo. Tais habilidades fantásticas valeram a esse homem o título de "o Aranha".
Andrus Fasthand ficou orfão quando criança. Vivendo nas ruas da cidade, e dono de uma agilidade impressionante, passou a roubar para sobreviver. Adotado pelo chefe de uma guilda de ladrões, ele aperfeiçoou suas habilidades e tornou-se um mestre dos roubos. Mas seu talento aflorou de tal forma que a simples vida de ladrão o deixava entediado, e Andrus saiu pelo mundo conhecendo cidades e colecionando inimigos.


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Assassino?



Dias atuais

"Chacina" era um nome fictício dado a Jeremy Strongheart pelos próprios habitantes de Triumphus em alusão ao reino divino de Megalokk, o deus dos montros. Seu corpo era magro, porém musculoso. Seus cabelos muito escuros eram lisos e na altura do ombro, os olhos muito verdes e o rosto anguloso que dava a sua feição uma característica bem masculina com sua barba por fazer. Deitado ali naquela cama simples esperando sua ressurreição nem parecia um assassino procurado.
Sua fama alcançou rápida ascensão em Triumphus nos últimos meses graças a uma onda de mortes a famílias nobres. No total nove famílias haviam sido dizimadas, sendo que em três oportunidades fora pego e morto pelos milicianos.


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O Samurai e o Swashbuckler

Minotauros armados estavam reunidos dentro de um enorme quintal numa mansão em Kadar, uma vila no meio de Petrynia. Eles urravam em júbilo pela execução que seria realizada dentro de instantes a dois criminosos. A lei do Império de Tauron era rígida com criminosos, havia pouco lugar para a piedade ou perdão – valores desencorajados pelos preceitos do deus da força.
Um deles era um homem de rosto jovem, mas com marcas de quem viveu no mar a maior parte da vida. Seus cabelos eram desgrenhados, duros e muito volumosos. Tinha um ensaio de barba e um pequeno brinco na orelha esquerda. Vestia uma camisa vermelha frouxa que servia como casaco sobre uma camisa branca. Usava o que já foi um dia uma calça de oficial, mas estava cortada pela metade e ajeitada com alguma preocupação. Jack sentia dores pelo corpo por conta dos castigos dos minotauros e era segurado pelos cabelos, enquanto seus braços estavam amarrados atrás de si.
O outro era um tamuraniano, homem de pele amarelada, olhos rasgados e longos cabelos negros amarrados do modo do continente. Apesar das escoriações e sujeira, Seibei tinha pele macia, mas maturidade no olhar. Trajava um quimono verde claro e estava com o rosto firme, não dando aos minotauros o prazer de sua dor. 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Samurai sem braço

Havia minotauros que cuidavam da lei intimidando um elfo samurai, um humano mago e um goblin ladino, na catedral de Nimb em Nimbarann, a capital de Fortuna.
O elfo, pouco disposto a deixar barato, manteve-se em silêncio na espera da primeira ação agressiva do legionário mais próximo, enquanto era persuadido a ir embora pelo goblin e pelo mago. Irredutível, o elfo não se movia. Então o mago segurou sua manga larga do quimono para pegar seu braço e se surpreendeu por não haver nada.
Por um instante o mago achou que tratava-se de um elfo aleijado! Mas depois descobriu que o elfo havia posto os braços dentro do quimono, deixando as mangas largas vazias...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Crônicas Artonianas II: A Tempestade Rubra #3

Frutos da Tormenta

Com olhos vermelhos e expressão de ira, Helena, outrora bela elfa moradora da Vila Élfica, vomitava impropérios. Aos seus pés, Pilathes com um chifre quebrado e outras escoriações diversas que marcavam um mar de ferimentos abertos e mesclados com a matéria vermelha, corrupta.
- Você vai pagar com seu sangue, ser de raça imunda! Você será o primeiro que irá pagar por nossa ruína!



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Lições...



Mais um corpo foi trazido ao templo de Thyatis da cidade de Triunphus. Lá eles repousavam até que voltassem à vida como era a regra da bênção/maldição de Thyatis. Todos os mortos dentro dos limites da cidade retornavam a vida independente de vontade ou não de qualquer pessoa. Em tempos remotos a cidade recebeu essa dádiva do deus da ressurreição que como forma de pagamento pela bênção exigia que aqueles que voltaram a vida não pudessem mais deixar a cidade. Seriam para sempre prisioneiros em seus limites sob pena de morrerem definitivamente. Porém esse não era um corpo qualquer, era um homem conhecido para os sacerdotes daquele templo sagrado.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A queda #2


Continente de Lamnor – Lennórien – 300 anos atrás
Jardins do Templo de Glórienn

No coração da ancestral floresta de Myrvallar existia uma cidade.
Árvores anciãs de centenas de metros escondiam as maravilhas construídas ali durante séculos, num casamento perfeito entre o natural e artificial. Uma jóia sem igual, comparável apenas às concepções divinas em seus reinos, tamanha era sua beleza.
No centro dessa maravilha descansava uma obra sem precedentes, gigantesca e ainda assim una com as árvores colossais ao redor, o Palácio Real de Lenórienn, residência de Khinlanas e sua corte. Erguido de forma circular, suas paredes cobriam mais de vinte e oito quilômetros quadrados e a abóboda tinha quase quinhentos metros de altura. Erigidas como paredes de uma construção padrão, figuravam nelas diversos vitrais e sacadas imensas, fazendo vezes de janelas, filtrando a luz de Azgher e emprestando à atmosfera interna a impressão de minimalismo. Galerias sobrepostas como mezaninos abrigavam milhares de salões, onde o centro nervoso de Lenórienn fazia a cidade se mover. O centro da abóboda celeste, como era chamado a cobertura dessa obra magnífica, era inteiramente transparente, transformado ainda em tempos ancestrais pelos fundadores da cidade.


sábado, 12 de fevereiro de 2011

Crônicas Artonianas II: A Tempestade Rubra #2



A derrota que une

O dia raiou diferente para Hector. Dormiu em casa, como fazia de vez em quando. Agora que era um paladino e sua mãe havia morrido, não havia uma grande motivação de manter uma casa. Apenas o sentimento de saudade. Regava as plantas e pensava no seu próximo passo para descobrir os mistérios que cercavam sua chave. E decidiu que precisava de aventureiros. Lembrou de um clérigo de Khalmyr, seu amigo.


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A queda #1


Continente de Lamnor – Lenórienn – 300 anos atrás
Os olhares baixaram todos de uma vez.
Ao se pronunciar, o Conselheiro Real, responsável pela coordenação das Casas Guardiãs na defesa do Reino de Lenórienn, trouxe a frustração da inércia ao coração dos presentes.
Como se perdendo a cor, o suntuoso salão tornava-se cada vez mais frio, impessoal, fosco. Onde outrora grandes heróis debateram como elevar o Reino e trazer medo ao coração dos inimigos hoje imperava o conformismo, a soberba, a arrogância.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Crônicas Artonianas II: A Tempestade Rubra #1

A Corrupção Lefeu


Chovia torrencialmente naquele lugar esquecido pelos deuses. O céu era vermelho, a chuva era ácida, o chão era estéril. Aquela era uma área de Tormenta, aquilo era lefeu. Tudo era lefeu.
Aquela criatura poderosa tamborilava seus dedos no que parecia ser uma cadeira, um trono vermelho pulsante como se vivo. As áreas de Tormenta eram pedaços de um universo invadindo e corrompendo Arton. Um universo onde tudo era lefeu: o ar, o céu, as pedras, as criaturas, os pensamentos, o tempo. Tudo funcionava como um organismo vivo.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Crônicas Artonianas II: A Tempestade Rubra

"Existem os aventureiros. Guerreiros, magos, clérigos, ladinos e outros. Mais fortes, rápidos ou astutos que a média, são aptos a triunfar onde outros falhariam. Movidos pela mais diversas motivações, reúnem-se em equipes e viajam em busca de missões arriscadas. A morte pode vir de mil formas diferentes - a espada de um hobgoblin, estacas no fundo de um fosso, magia negra conjurada por um necromante. Mas, quando vencem, são recompensados com fama, glória e tesouros fantásticos. 
E existem os Desafiadores da Tormenta.