segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Diário de Aldred C. Maedoc III - Parte 2


Morag 15, Dantal, 1410 CE.
Nesse mesmo dia, descobrimos que estávamos em Thenarallan. O sol quente daquela manhã me fazia lembrar o intenso verão do começo do ano, lá em Valkaria. Infelizmente, estávamos no inverno e aquela terra não parecia conhecer o seu significado.
Sckharshantallas é o reino mais ao norte dentro do Reinado. São meses de viagem, partindo de Valkaria. Por um passe de mágica, aqui estava eu, no fim do mundo civilizado. Literalmente. Para oeste após o Rio dos Deuses, começava a Grande Savana, imenso lugar cheio de... nada. Animais, selvageria, etc. Para leste, montanhas rochosas imensas, as lendárias Montanhas Sanguinárias, reduto de todo tipo de monstro que se possa imaginar. Se não bastasse a terra árida e cheia de vulcões, o povo daqui era um pouco hostil e orgulhoso de seu rei, Sckhar. Ah sim, ele é um dragão. O rei dos dragões vermelhos.
Na verdade isso é um fato curioso. Sckhar é um dos tiranos mais conhecidos do Reinado. Controla seu reino sem dar liberdade ao seu povo. Mesmo assim, eles o adoram. Ele os tem em sua mão como sua propriedade para fazer o que bem quiser. E não são raras as mortes por mero mau humor.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Diário de Aldred C. Maedoc III - Parte 1

Morag 8, Dantal, 1410 CE (Depende do Mestre).
Hoje foi o dia mais importante da minha vida.
Acordei numa bela manhã ensolarada em Valkaria, disposto a contar para meus pais que iria me enfiar numa taverna, arrumar um bando de desocupados como eu e partiria pelas estradas do Reinado em busca de confusão. Tudo bem, não era bem isso que eu planejava, mas era a ideia.
No café-da-manhã, contei tudo a eles. Não pude deixar de notar o sorriso no canto da boca de meu pai. Minha mãe arregalou os olhos, mas não disse nada, tentando esconder sua preocupação visível. Minha irmã disse um entediado “já era hora”. Meu pai se levantou e tocou no meu ombro e disse que se aquela era minha escolha de fato, iria apoiar. Minha mãe concordou com a cabeça, ainda em silêncio. Meu pai foi no quarto para me dar um presente, algo que ele disse que estava guardando para esse momento.