segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Diário de Aldred C. Maedoc III - Parte 5

Aztag 18, Dantal, 1410 CE.
Eu sabia que magias de cura, os tais milagres divinos dos deuses, afloravam uma sensação de conforto e prazer. Ferimentos fechando, dores sumindo, provocavam sentimentos muito agradáveis. Porém, quando o clérigo de Wynna, Nathaniel, trouxe-me de volta à consciência, a sensação não foi tão agradável.
O ombro estava dolorido, a cabeça ardia e a perna direita incomodava muito. O rosto daquele homem de uns quarenta anos foi a primeira coisa que vi ao acordar. Estava sentindo o chão balançar um pouco e, pelo barulho de tudo, estávamos em uma carroça ainda. Ao lado de Nathaniel (eu ainda não sabia seu nome, entretanto), encontrava-se Elinia, mais bela do que nunca. Aflito, eu segurei o seu braço.
- O que aconteceu?

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Diário de Aldred C. Maedoc III - Parte 4



Valag 17, Dantal, 1410 CE.

O dia do descanso, Valag, sempre me foi agradável. Era um daqueles dias em que eu relaxava, como todos os trabalhadores. Mesmo eu nunca tendo trabalhado manualmente como um plebeu, eu gostava de aproveitar as “não idas” à escola ou à Universidade. Gostava de ler meus contos tamuranianos e de beber em tavernas à noite com alguns gatos pingados. A maioria daqueles que trabalhavam, aproveitavam o final do dia de descanso para... bem, descansar. E recomeçar o novo dia de trabalho com plenas forças.
Porém, o dia 17 de Dantal de 1410 foi um Valag atípico. Um dia de dor e sofrimento. Semelhante ao dia anterior. Porém, dessa vez, passei a maior parte do tempo desacordado, incapaz de me mover. Preso à minha mente, atormentado por minhas reflexões paranoicas e cheias de medo.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Diário de Aldred C. Maedoc III - Parte 3

Kalag 16, Dantal, 1410 CE.
Posso dizer, sem medo de errar, que o dia 16 de Dantal foi o primeiro dos piores dias da minha vida. A madrugada do dia 15 estava indo mal a pior, com a perseguição que sofríamos por parte da milícia da cidade de Thenallaran.
E tudo culpa de Yurden ou Radagast, seja lá qual for seu nome verdadeiro. E de Blasco, seu guarda-costas.
Mais uma vez, peço desculpa ao leitor, pois minha memória desse dia ruim é frágil. Durante os momentos em que meus olhos estavam fechados, muita coisa aconteceu e eu não pude saber no momento. Porém, queria demonstrar ao máximo o que consigo lembrar e comentar ações e atitudes das pessoas à minha volta. E as minhas atitudes também.