terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Diário de Aldred C. Maedoc III - Parte 14

Valag 1º, Weez, 1410 CE

Aqueles foram dias do que podemos chamar de aventuras clássicas. As histórias mais comuns sobre heróis aventureiros envolvem invasão a uma masmorra abandonada onde haveria algum tipo de mistério, provavelmente inimigos, vilões, monstros e coisas do tipo que ameaçam a vida das pessoas de bem.
Claro que havia variações dessa história, mas a estrutura era a mesma. Entrar num lugar, seja na montanha, no subterrâneo ou algo parecido. Enfrentar monstros, raças malignas ou vilões. Recolher seus tesouros e ainda pegar a recompensa do local que se sentia ameaçado pela presença inconveniente.
No nosso caso, a masmorra era um antigo salão de anões que viveram em Lamnor há incontáveis eras. O lugar tinha um valor histórico inestimável, inclusive achei dois livros de histórias anãs. Infelizmente não me eram úteis, já que não sabia ler naquela língua. Acabou ficando com Enora, a elfa clériga de Tanna-Toh que trouxe Blasco e eu à vida. Fazia parte do acordo de vinte porcento dos espólios como pagamento da nossa ressurreição. “Negócio de goblin”.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Diário de Aldred C. Maedoc III - Parte 13

Jetag 19, Luvitas, 1410 CE (mesmo dia).

Sinto uma dor na altura do abdômen. Estou rindo, caído no chão com minha katana distante de mim. Gargalhar é a palavra mais correta. Não consigo me mover. Não consigo respirar direito. Lágrimas atrapalham minha visão. Mas nada disso é realmente engraçado. Estou sendo afetado por uma perigosa magia, o Riso Histérico. Já havia ouvido histórias de pessoas que morreram de tanto rir.
O dia do meu nome foi bastante produtivo, por assim dizer. Depois de invadir uma antiga moradia anã transformada em masmorra de troll, vi Elinia morrer e ressuscitar graças à ajuda da deusa da natureza. Lutamos, sangramos, quase morremos. E a tarde ainda não havia passado.
O tempo de combate pode parecer uma eternidade para quem está no meio, gastando sua energia. Porém, para quem está de fora, não passa de reles minutos.
Por isso, quando saímos da caverna, depois de decidir que iríamos mesmo descansar para nossos conjuradores recuperarem seu poder mágico, percebemos o quão cedo era.