Valag
1º, Weez, 1410 CE
Aqueles foram dias do que
podemos chamar de aventuras clássicas. As histórias mais comuns sobre heróis
aventureiros envolvem invasão a uma masmorra abandonada onde haveria algum tipo
de mistério, provavelmente inimigos, vilões, monstros e coisas do tipo que
ameaçam a vida das pessoas de bem.
Claro que havia variações dessa
história, mas a estrutura era a mesma. Entrar num lugar, seja na montanha, no
subterrâneo ou algo parecido. Enfrentar monstros, raças malignas ou vilões.
Recolher seus tesouros e ainda pegar a recompensa do local que se sentia
ameaçado pela presença inconveniente.
No nosso caso, a masmorra era
um antigo salão de anões que viveram em Lamnor há incontáveis eras. O lugar
tinha um valor histórico inestimável, inclusive achei dois livros de histórias
anãs. Infelizmente não me eram úteis, já que não sabia ler naquela língua.
Acabou ficando com Enora, a elfa clériga de Tanna-Toh que trouxe Blasco e eu à
vida. Fazia parte do acordo de vinte porcento dos espólios como pagamento da
nossa ressurreição. “Negócio de goblin”.