sábado, 12 de fevereiro de 2011

Crônicas Artonianas II: A Tempestade Rubra #2



A derrota que une

O dia raiou diferente para Hector. Dormiu em casa, como fazia de vez em quando. Agora que era um paladino e sua mãe havia morrido, não havia uma grande motivação de manter uma casa. Apenas o sentimento de saudade. Regava as plantas e pensava no seu próximo passo para descobrir os mistérios que cercavam sua chave. E decidiu que precisava de aventureiros. Lembrou de um clérigo de Khalmyr, seu amigo.



A estátua de Valkaria estava a dois dias de viagem. Ainda assim, era visível ao olho treinado de William. O jovem caçador se permitia uma curiosidade sobre a maior cidade do mundo civilizado. Desde que os minotauros deflagraram as Guerras Táuricas, ele está em viagem. É um andarilho que conheceu várias vilas, aldeias e pessoas de vários reinos do oeste. Porém, aquele povo não era livre. Havia a sombra dos minotauros em suas costas limitando suas vidas. Valkaria era o símbolo da liberdade. Ainda que derrotada na guerra, mantinha sua independência, igual sua cidade nativa, Malpetrim.

Um pergaminho chegou às mãos de Emyr, no fórum da justiça. Depois de ministrar seu primeiro culto à Khalmyr, ele estava ainda contemplativo sobre os ensinamentos que transmitira. Mas bastou ler as primeiras palavras do pergaminho que ele descobriu o quão importante era. Delrin Turgar, um anão clérigo de Khalmyr iria visitar o fórum e desejava tratar de assuntos missionários com ele. Era a chance de Emyr realizar seu desejo de buscar a verdade sobre sua origem.

Escuridão de um beco de Valkaria. O jovem duelista ia para a taverna, começar os agitos de sua noite. Queria ser aventureiro, ganhar fama e riquezas. Fazer a diferença no mundo como um herói. Na taverna do Pombo Perneta da Praça ouviu sobre minotauros e elfas sob ameaça de seqüestro. Era o suficiente para ele se envolver. Foi quando notou estar sendo seguido. Era um homem alto, sobretudo negro e manoplas com lâminas no antebraço. Tinha uma máscara que o denunciava como uma lenda urbana conhecida. Era o Vingador Negro. Após um rápido diálogo, Andrew sabia que estava no caminho certo de sua pequena empreitada. Entrou na taverna orgulhoso de si.

“Qual taverna hoje?” Era o pensamento que se tornou rotineiro na mente de Iliar. Muito jovem e muita sede de aventura. Depois de viver muito tempo nas estradas de Deheon, decidiu que deveria passar mais um tempo na maior cidade do mundo. Valkaria, sua amada cidade e deusa, abria o mundo de oportunidades de aventuras. Despreocupado e feliz, Iliar conheceu um minotauro carrancudo e invejoso, segundo sua opinião de jovem. Descobriu que bater em minotauros lhe rendia uma fama muito bem vinda. Ganhou a noite e uma elfa. Foi aplaudido e cortejado. Não havia dia melhor!

***

- Não foi isso que ela quis dizer.
Hector conhecia William. Caçador e paladino conversaram, a partir de então, das diferenças das crenças de um homem rústico a um homem de cidade. Um devoto da vida simples, instintiva e outro do conhecimento, lógica, sofisticação. Uma disputa que havia pouca atenção no mundo, frente a disputas mortais entre Keenn e Khalmyr ou Azgher e Tenebra.
Naquele momento, Emyr visitava seu amigo Hector em busca de ajuda. A missão que recebera de Delrin era de investigar e impedir que um minotauro chamado Pilathes escravize elfos. E ele agiria na Vila Élfica, no festival da colheita em homenagem a Lena e Allihanna.
Por conveniências, William fora incluído nessa, como um turista. Não tinha muito a fazer e um pouco de emoção seria bom. Quem sabe não lucrasse alguma coisa com isso?
Do outro lado, Andrew e Iliar se conheceram e, de repente, tem propósitos parecidos. A elfa de nome Helenantallas queria a ajuda de Iliar para conseguir uma jóia que estava em sua torre na Vila Élfica. Sua morada havia sido ocupada por Pilathes, o minotauro devoto de Tauron e ele não estava necessariamente sozinho. A princípio, Helena queria ajuda apenas de Iliar, forte guerreiro que batia em minotauros. Porém, aceitou a ajuda voluntariosa de Andrew. Ainda que a contra gosto. Partiram ambos para a Vila Élfica, para o festival, onde a encontrariam a sua espera.

Assim, o grupo se encontrou.

***

- Desista, ou irá morrer perante meus punhos.
Pilathes era um minotauro não muito alto para os padrões de sua raça, mas certamente era um dos mais fortes. Com braços de músculos feitos de aço, ele era rápido, astuto e poderoso. Usava suas mãos, pés e chifres, um mestre no combate desarmado.
Numa noite não muito inspirada, Hector e Emyr estavam desacordados depois de praticamente servirem de alvo para os legionários tapistanos, minotauros sob o comando de Pilathes.
O duelista Andrew não esperava que encontrasse tantos adversários e, mesmo ajudando seus recém conhecidos amigos, não conseguiu se proteger. Outro tombado.
Iliar havia derrubado dois ou três minotauros. Ou mais de vinte, como a história seria caso saísse dali vivo. Mas fora derrotado graças aos ferimentos causados na noite anterior pelo seu duelo com um minotauro beberrão na taverna do Pombo Perneta da Praça.
Ironicamente, aquele com menos envolvimento nos eventos, William, o caçador que estava de passagem em Valkaria, era o único de pé. Clérigo e paladino em sua missão divina jaziam derrotados. Duelista e guerreiro fanfarrão não tiveram fôlego. Ele, que apenas reagia aos acontecimentos, era o único de pé. O único que poderia sair dali e contar para todos o que acontecia. Chamar a milícia, talvez.
Mas também fora derrotado por Pilathes, quando este decidiu intervir quando seus legionários estavam tendo dificuldades.

***

Aqueles semi-desconhecidos agora tinham muito em comum. A derrota provisória.

22 comentários:

R-E-N-A-T-O disse...

Bem começar uma campanha com umTPK foi foda. Mas vida longa ao jogo, foi bom e me diverti. Que não sejamos enviados a Tapista (de novo).

Aldenor disse...

Mistérios... só domingo saberão o que vai acontecer com vcs... toda ação gera uma consequência.... hohhohooh

S i n n e r disse...

Porra, TPK Aldie?
Na primeira sessão?
Acho que vai rolar "pontos de ação" pra todo mundo, caso vocês saiam dessa...
Hauhauahaa
Volto segunda e adiei minha viagem, por conta dos meus problemas automobilísticos. Com isso, ainda estou provisionando minha semana mas é possível que haja tempo pra jogar durante e n fim de semana.
Mas ainda assim, dêem preferência ao jogo pré-marcado.
Abraços e adièau.

Aldenor disse...

Mas assim tu não vai jogar.
Se tu volta segunda, podemos jogar O Novo Deus nesse fim de semana (dia 20) e o UD dia 26 (sábado), pq eu viajo dia 27.

O que acham? Dêem suas opiniões!

Capuccino disse...

Cacetobas!

Tomamos uma surra de pau mole Oo

Aldi esta ficando mais cruel que daniel aehaeuhaeuaheuae =p

Alignment shift? XD

Por oportuno, cabe consignar: Spellcaster está uma verdadeira caca!

Aldenor disse...

Bom, eu voto para jogarmos Crônicas Artonianas 2 nesse domingo, pois as coisas estão num ponto meio crítico... geral derrotado, desacordado.
Será que serão escravos? Será que serão presos? Será que vão receber ajuda milagrosa? Heheh
Dêem suas opiniões sobre que jogo faremos no domingo (lembrando que Daniel pode ou não estar presente em Niteroi no domingo)!

Lucas disse...

Bom post, resumiu bem a última sessão, e por sorte omitiu os traços assassinos do Willian, deixou uma boa quantidade de corpos espalhados pela cidade.

Quanto à primeira sessão achei o início bastante lento e arrastado, em parte sei que tenho culpa nisso por ter enviado o histórico muito tarde não dando tempo suficiente para que Aldenor me encaixasse na história, mas acho que esse problema se deu em grande parte pelo uso demasiado da aleatoriedade, se não fosse por exemplo o fato de eu ter ido a biblioteca e de la na cidade Élfica ainda teríamos demorado mais para nos encontrar. Depois que os dois primeiros grupos estavam formados a sessão passou a correr muito melhor e foi bastante divertida. O TPK foi acidente, cada um pelo seu motivo achou que devia permanecer no conflito e aqueles que começaram o embate com pontos de vida faltando foram bastante afetados.

Pela jeito como as coisas terminaram e pelo fato da primeira sessão ter durado tão pouco acho melhor que o próximo jogo seja de CA II, minha segunda preferencia seria ainda por O Novo Deus, já que também ficamos numa situação tensa no fim da última sessão, mas não tenho problema nenhum em que seja jogado UD.

Abraços a todos e até a próxima.

P.S.: Caputo, corrigindo spellcaster numa batalha SEM "magia em combate" tá realmente uma bosta, mas quem não tem talento para magia em combate não deve usar magia para combater!!! XD

Aldenor disse...

Vila Élfica não é uma cidade Élfica...

Quanto ao início arrastado, é uma marca da interpretação carregada. A lentidão e a demonstração de coisas que não são, à priori, relevantes. William conheceu vários pontos e teve vários encontros de morte pela cidade. Um jovem incauto numa agigantada pode ter sérios problemas...
E tudo isso foi narrado e jogado, pois eu acho que é melhor que apenas descrito "depois de alguns problemas vcs se unem..."

De fato, a aleatoriedade é uma marca de minhas mestragens! Acostumem-se! Hehehe

R-E-N-A-T-O disse...

"Ordo ab chao" diria Thyatis no meu jogo.

Marins disse...

gostei

hehe

=D


to zuando... hauhauhauhuhauha

já converseu com sobre minhas impressõe do jogo, então não vou escrever nada!
Apenas que gostei do post.

E q não entendi o que Thyatis quiz dizer...

R-E-N-A-T-O disse...

Significa "ordem a partir do caos"

S i n n e r disse...

Olla senhores.
Como havia dito, desisti de viajar por conta dos problemas decorrentes do meu acidente. Muito o que resolver e pouco tempo útil pra fazê-lo.
Explicitando, ESTAREI em Niterói nos próximos dois fins de semana. Tanto dia 20/02, quanto dia 27/02. O que jogar, quando jogar e porque jogar, poderemos decidir durante a semana, via MSN, e-mail ou telefone.
Espero ver a todos pela semana, em algum bar da vida uhauhauhauhaua
Abraços e adièau.

Aldenor disse...

Vou por um aplicativo de votação. Votem rapidinho e resolvemos essa parada.

Marins disse...

a noite voto em CA, pois não ta rolando de votar agora (to no ip de Lucas).

CA pq acabou mal resolvido a sessão, daniel não ficará deslocado (ainda pode visitar a mãe dele), e foi marcado primeiro. Daniel ainda poderá jogar no próximo domingo dia 27.

Caso contrário ficaremos duas semanas sem jogar CA, ou seja, mt tempo, e acredito na importancia de jogar logo. Pelo problemas q aconteceram.

Capuccino disse...

Fala ae XD

Realmente a aleatoriedade excessiva foi um grande problema.

Acredito que cada mestre tem seu "modus faciendi", porém isso deve ser relativizado para um melhor curso de jogo.

Portanto, assim como lucas, acho que isso atrapalhou.

Quanto ao resultado do combate, foi realmente um acidente, porém deste acidente podem gerar várias consequencias e possibilidades de roleplay, o que, de uma maneira geral (BEM GERAL =p) é algo positivo.

Quanto ao spellcaster, eu prefiro ficar quieto por enquanto =p

Abraços!

Lucas disse...

Nossa o pessoal aqui ta abusando do latim... com esse significado eu só conhecia "modus operandi", mais uma adição ao meu dicionário de expressões.

Aldenor disse...

é a língua dos minotauros! AHAHAHA

Seis votaram, acredito que faltam apenas Ian e eu para votar.

Ian Freze disse...

Votado!!!!

Opa mal a demora, ontem fiquei o dia inteiro fora de casa... ai ficou um pouco dificil... hehehe

R-E-N-A-T-O disse...

Eu fiz e Caputo faz faculdade de Direito. Aprendemos bastante coisa lá. Eu fiz até uma cadeira de Latin forense. Acaba-se gostando... hehehe

Aldenor disse...

Eu podia ter feito latim para minhas aulas de alta idade média, mas a preguiça foi muito maior...

Aldenor disse...

Porra, ainda bem que abri vaga pro Ian jogar CA2... se eu fosse esperar Dudu, ia esperar uma eternidade.
Novidades sobre o Palhaço Chorão: ele está em argentinha e ficará lá até, pelo menos, 2 de abril. Está tbm em vias de conseguir trabalho por lá, o que prolongaria sua estada em terras estrangeiras. Ele tá bem e tá adorando tudo. Hehehe
Podemos fazer um velório RPGistico simbólico para Dudu no domingo.

R-E-N-A-T-O disse...

Antes quero meus bens! Como ele morre e fica com meus livros????