sábado, 25 de setembro de 2010

Caminhando sob a deusa


A preocupação levou Farid a sair da sede da Confraria da aventura para falar e aconselhar Jean-Luc em sua casa na parte mais abastada da mega-cidade de Valkaria. Era pareciso tentar proteger a todos e ao mesmo tempo continuar a se mover pelo reinado. Ele sabia e intuia...


-Kalil, vamos! Largue o chapéu desse senhor! - Ralhou Farid com seu pequeno amigo símio.

Caminhando pela cidade de Valkaria uma profusão de pensamentos rodava na cabeça de Farid. O caminho era um pouco distante, afinal aquela era a maior cidade do Reinado e a ex-taverna que servia de base para a Confraria da Aventura era numa parte mais modesta da cidade, já a casa onde Jean-Luc residia com sua família era na parte próxima aos mais nobres, quase do outro lado da cidade, era uma caminhada de meia hora quase. Perfeita para colocar os pensamentos em dia.
-Kalil, você notou como parece que os interesses das pessoas estão cada vez mais distantes uns dos outros? Não sei, mas às vezes penso que estamos nos separando definitivamente. Tenho medo disso sabe? Nós tivemos tantas conquistas juntos... gosto de cada um dos meus amigos de uma maneira diferente. Vanthuir com sua sabedoria bruta, de quem viveu sozinho e sob a lei do mais forte. Mordred e sua praticidade, se tudo pudesse realmente ser resolvido na porrada seria tudo tão mais fácil. Davie e seu jeito moleque, parece que a vida é uma grande brincadeira, lembro bem de quando eu achava isso há uns 150 anos atrás. Já Jean-luc e sua eterna busca pela justiça! Hahaha!
-Kikiki...kikiki! - respondeu Kalil.
-O quê? Você acha que ele esteja interessado só em fama? Sinceramente, às vezes também acho. Mas ele tem seus rompantes de bondade. Eu realmente quero ajudar a todos a ficarmos juntos. Mas está cada vez mais difícil.
-Kiiii, kii,kikikiki.
-Exatamente! Os membros da cofraria tem vidas pessoais, é claro. Mas isso acaba sendo uma escolha de vida. Veja eu, impressionar meu pai é minha grande vontade, depois de ajudar as pessoas menos favorecidas por Wynna. E ele nem sabe que eu existo! Quão tolo sou eu?
-Ki!!
-Odeio quando você é tão sincero Kalil! Hahahaha! Eu sei que bastante tolo. Mas você não sabe o que é ter uma família, você foi convocado pelas bênçãos da deusa. Não é a mesma coisa.

Enquanto passava pela cidade observava as pessoas indo e vindo, apesar de ser um pouco tarde a cidade ainda fervia, estava acostumado a cidades grandes, afinal nascera numa das maiores do reinado, Triunphus. Uma cidade que vivia uma bênção-maldição ao mesmo tempo, e por isso sua população só crescia e nunca decrescia. O comércio era intenço por ali. Pequenos comerciantes e grandes conviviam como em harmonia como só em Vectora seria possível. Grupos de aventureiros dos mais diversos e coloridos entravam e saíam de lojas gastando seu ouro recolhidos nas masmorras de Arton. Acreditava já estar próximo ao centro. A estátua da Deusa dos humanos era imensa a essa altura e estava ela ali ajoelhada suplicando por ajuda.

- Sabe Kalil, ela é linda. - observou.
- Kiiiii!
- Hahaha! Se são grandes! Mas nesse quesito acho que Wynna vence! Agora falando sério Kalil. Às vezes tenho inveja dos humanos. Tão limitados e ao mesmo tempo tão sem amarras. Preciso de uma estratégia para convencer Jean-Luc. Ficar e lutar, ficar e descobrir o que esses homens querem. Fugir não é a melhor solução. Somos heróis e podemos salvar inclusive nós mesmos! O cerco está se fechando e o grupo se dividindo... Temo pelo futuro. Parece que dias difíceis estão vindo e nunca estamos preparados para eles. Sinto saudades de minha mãe. Ela fazia tudo parecer tão simples. Um desejo e pronto, um sorriso. Ah, se tudo se resumisse a bens materiais.
- Kiikiki.
- Não Kalil, não se resume a comida tampouco. Veja meus poderes estão aumentando. Em breve poderei fazer tanto quanto minha mãe. Mas há uma grande diferença. Ela é prisioneira. É da natureza dos Gênios terem um amo. Agora eu nasci livre! Eu posso tenho o mundo a conhecer e ajudar. Mas ajudar quando eu quiser e não quando um amo mandar. Queria poder fazer mais por minha mãe. Mas não quero desrespeitar meu pai, mesmo que ele não saiba que sou seu filho. Tenho meu orgulho próprio, mas ainda assim o amo.

O cenário já mudara novamente e agora era possível ver grandes mansões e casas que eram pequenos palacetes. Todos muito juntos pois parecia faltar espaço para construir dentro dos limites dos muros que protegiam a cidade.

-É isso Kalil. Chegamos. Wynna me ajude. Convencer Jean-Luc e seu orgulho será uma tarefa e tanto.

Toc, toc, toc. Ouviu-se bater na porta.

8 comentários:

R-E-N-A-T-O disse...

Como prometido então. Acho que ficou legal. Preferi um diálogo já que Farid tem sempre seu fiel companheiro.
Pode postar amanhã sem problema. Não me importo que atravesse meu post. Quem estiver interessado e tiver tempo lerá quantos tiverem. Por mim quero que tenhamos vários, afinal precisamos romper o recorde de 2008 em posts.

R-E-N-A-T-O disse...

Ah! E Triunphus se escreve com N antes do P. Não sei pq, mas é assim. hehehe.

Marins disse...

hehe

gostei.

(como nos velhos tempos sem tempos)

=)

Aldenor disse...

Ficou bem legal! Fiquei inspirado!

S i n n e r disse...

Olla.
É realmente estranho que Triunphus se escreva com "n". Contraria as regras do português tão bizarramente que nem consigo escrevê-lo "errado".
Gostei da narrativa e como ela se situa antes da conversa com Jean-Luc, acho que está condizente. Se quiser continuar e escrever sobre as impressões de depois da conversa, de saber que ele fugirá, que Vanthuir foi atacado e não vai com Jean-Luc, e da entrada (nada discutida) do paladino Igan na Confraria, vai em frente.
Amanhã a noite pretendo postar mais alguma coisa, provavelmente usando Davie Crown, mesmo que Duddits não vá mais jogar. Não posso ignorar o personagem, assim como não vou ignorar Vanthuir nesse primeiro momento.
Fico triste apenas pela saída de mais um jogador e amigo do grupo, por conta de tempo mal organizado no âmbito pessoal da vida. A reforma agrária(?!?) ganha e o grupo e os amigos perdem.
C'est la vie.
Abraços e adièau.

S i n n e r disse...

Aliás, um PS.
Por mim tá tranquilo de jogar dia 02/10, sábado pré-eleição. Caso todos concordem e possam, fechamos.
Confabulem e alterem o calendário, se aprovado.
Hugs.

R-E-N-A-T-O disse...

Então só dependemos de Marins para alterar a data. Marins, como dizia o capitão planeta: "O poder é de vocês!"

R-E-N-A-T-O disse...

Dia 24 vou viajar, está confirmado e dia 31 trabalharei de tarde. Então não poderei tb.