segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A maldição - Percy

Arton-Sul – 798

Os dados rolam da mão de um jovem, que em segundo perde tudo. Mulher, casa, emprego. “Se tudo esta de acordo com o plano não há loucura”. Não há mais plano.
Vagou pelo vilarejo até ser salvo por clérigas de Marah. Uma noite, porém fogo e destruição. Sobrou pouca coisa do templo.
(...)
Acordou e viu apenas uma planície e um cubo de madeira com o número 7 estampado em suas faces.

***


Arton-Sul – 889


Foram anos morando no porão da casa, não conhecia comida quente e não conhecia Azgher, não falava e comia o que tinha para comer em no velho porão ou na proximidade da casa.
Tinha visto dois seres humanos apenas seu pai/avô e sua mãe. Fazia anos que não tinha contato com sua mãe, nem do cheiro ele lembrava. Seu pai sempre aparecia, e era sempre abusivo e sempre com dor.
Um dia, fugiu e viu sua mãe, a única lembrança de amor e proteção sendo queimada viva e gritando. Avançou em fúria com as únicas armas que possuía mãos e dentes... E novamente dor.
(...)
Acordou e viu apenas uma planície e um cubo de madeira com o número 7 estampado em suas faces.

***

Arton, Reino de Deheon – 998

Corromper e trapacear. Eram seus únicos pensamentos.
Havia uma sede de paladinos e clérigos bondosos, e estava conseguindo transformar aquele grupo de certinhos em máquinas de guerra. Lutavam por uma justiça cega e burra. Era fácil – “só precisa da um empurrãozinho que todo corpo cai”.
Altivo como um monarca, ele entrou. Era fácil tramar, principalmente com o apoio do maior corruptor de todos: a Serpente.
Porém sentiu algo fraquejar e todos os olhares o julgando. Sentiu sua voz falhar e as palavras erradas saírem.
Caos no momento errado, não adiantava lutar. Traição? O desespero em sua cara ninguém esqueceria. Conseguiu que uma clériga de Lena desejasse a morte.
(...)
Acordou e viu apenas uma planície e um cubo de madeira com o número 7 estampado em suas faces.

***

Arton, Reino de Tollon – 1098

Gritos de batalha e fervor de guerra, somente o barulho dos tambores. Todos sabiam eram os orcs invadindo o vilarejo. Mulheres e crianças acuadas, presas em suas próprias casas.
Arthur era um soldado e estava defendendo uma das casas. Foi tudo muito rápido, o pensamento inútil – “Vou bloquear a entrada.” – a flecha, e a queda em frente à porta. Sua última visão, antes do sangue tapar sua visão foi um grupo de quatro orcs invadindo uma casa. Ouviu gritos e sentiu cheiro de sexo. Agradeceu em silêncio não ter visto aquela profanação.
Desmaiou.
(...)
Acordou e viu apenas uma planície e um cubo de madeira com o número 7 estampado em suas faces.

***


Arton, Reino de Bielefield – 1198

Tomas Dominiq’ era o filho exemplar, religioso e educado segundo os dogmas do Deus da Justiça, cresceu em um feudo próximo de Norm, seria Cavaleiro da Luz.
Em um dia de justas, cavalgou seu corcel malhado e ganhou a última justa do dia, em sua premiação conheceu Odete Illiar, uma bela rapariga, cabelos negros e lábios de mel. Apaixonou-se.
Por dias tentou aproximação, comprou roupas elegantes, fez diplomacia nas festas, dançou para chegar até seu amor. Conseguiu ser notado e arrancar sorrisos.
Tudo dava certo. Foram dias incríveis e de muita ansiedade até a resposta da família Illiar, aceitando o casamento.
Entrou na pequena capela ao som de músicos contratos da capital. Por horas ele e os convidados esperaram, até a confirmação que Odete não viria mais.
Começou a beber e a vê-la em qualquer mulher.
(...)
Acordou e viu apenas uma planície e um cubo de madeira com o número 7 estampado em suas faces.

***

Arton, Lomatubar – 1298

Noite fria de inverno em Lomatubar, um silêncio tranquilizava o grupo de mercenários que descansavam na praia, todos acabaram dormindo, não perceberam o vulto negro aproximando e seqüestrando o mais fraco do bando.
Um aposento escuro e um cheiro de podridão, assim que acordou sentiu dor, uma dor aguda. E a dor cessou.
Preso em uma jaula, suava e arfava de calor, forçou a vista para ver um cão morto em uma jaula ao lado, e novamente sentiu a dor. Olhou para sua mão e achou que delirava de febre, existia apenas uma grande carapaça coral.
Medo e desespero. Berrou até desmaiar.
(...)
Acordou e viu apenas uma planície e um cubo de madeira com o número 7 estampado em suas faces.

***

Arton, em um lugar qualquer – Época Atual.

Um homem abre o olho e vê o céu azul, sente o cheiro de capim. Ao seu lado na planície um dado de seis faces e apenas um número: sete.

6 comentários:

Aldenor disse...

Eu achei a ideia do personagem muito bem bolada, criativa e tem tudo pra dar certo. Vai depender da maturidade interpretativa que nós, forgottenianos sabidamente temos. Apesar de que concordo que possui um lado OFF que pode gerar piadas. Basta regular bem issoaí.

Em breve colocarei o background de Kyo.

PS: Mudei a formatação para o texto ficar menor. Coloquei o "Agora termina essa porra..."

Aldenor disse...

Off Topic:

Tomei a liberdade de, após receber a SMS de daniel sobre sua presença em Niterói, por as datas dos jogos de novembro/dezembro. Infelizmente, estarei ausente nos jogos do dia 12 e 19 por estar em Curitiba.

Capuccino disse...

Confesso que tomei paradoxo ^^

So espero, preciso consignar, que nao seja um canelone da vida (ô personagem tosco), perdoe-me, dudu^^

QUanto aos calendários, estou fora nos dias 28/11 e 05/12, pelos motivos ja conhecidos

R-E-N-A-T-O disse...

Bom BG. Gostei. Ainda quero conversar com todos sobre os personagens, ao vivo e com todos presentes.

Aldenor disse...

Hoje pela manhã descobri que terei reunião dia 28 às 9h lá no Rio.
Vou ver qual será a gravidade dela, se for possível faltarei pra jogar. Se não...

É isso!

Marins disse...

Pra quem quiser saber:

provas dia 6 e duas dia 9
uma dia 13 e uma dia 14
entrega de trabalho final dia 6


estarei fora dos jogos até eu terminar essas provas.