quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O Paladino Apócrifo


A vida do meio-elfo Igan Kulenov sempre foi pacata e marcada pelo preconceito racial velado que sofria da sociedade bielefeldiana. Porém, sua vida mudou quando conheceu Rúbia Kevlar, uma paladina de Khalmyr, da Ordem da Luz, há quase 4 anos.

Outrora um camponês de vida pacata, Igan vivia sem perspectivas de grandes mudanças em sua longa vida. Perdendo seu pai, ex-paladino de Khalmyr, para a velhice quando tinha apenas 60 anos (equivalente a 12 anos humanos), coube a ele cuidar de sua casa, seu pequeno rancho e de suas duas irmãs mais novas: Melina (com 45 anos, 9 anos humanos) e Karin (com 30 anos, 6 anos humanos).
Por quinze anos ele sobreviveu as dificuldades da vida, forçando uma maturidade precoce, com a ajuda de Anderson, clérigo de Khalmyr, padre local em Portfeld. Foi no dia de seu aniversário, de 85 anos no dia 17 de Luvitas que sua vida mudou completamente.

Atacada por zumbis, o subúrbio de Portfeld recebeu a ajuda de Rúbia Kevlar. Salvando a vida de Igan e suas irmãs, ela bagunçou seu mundo com sua beleza e altivez. Imediatamente, Igan despertou sua vontade para lutar contra aqueles monstros que ameaçavam a vida de sua família e das pessoas. Mesmo sendo alvo de preconceitos, ele sabia que era o certo protegê-las, usar sua capacidade.
Foi assim que, durante uma ação contra o necromante maligno que criara os zumbis, Khalmyr intercedeu por Igan lhe garantindo status imediato de paladino. Nunca tendo visto tamanha inspiração e determinação beirando o divino, Rúbia se surpreendeu com Igan Kulenov, o meio-elfo e, depois da batalha ganha, sugeriu que ele cavalgasse ao lado dela para ingressar na Ordem da Luz.
Entretanto, apesar de não entender por que se tornara um paladino, Igan rejeitou a sugestão de Rúbia. Ele sentia-se indigno e inferior. Sabia que os nobres, a cavalaria e as pessoas em geral iriam apenas olhar com preconceito racial e ele jamais teria seu lugar. Apesar da argumentação de que ele era um guerreiro santo agora e que isso poderia mudar a visão das pessoas, Igan continuou recusando. Ele era uma pessoa, antes de ser guerreiro santo. Ele queria ser reconhecido como uma pessoa e não vencer o preconceito por conta de intervenção divina.

Ele sabia que era desaprovado pela sociedade, pois paladinos de Khalmyr que não seguem uma das Ordens de Khalmyr são mal vistos porque não se enquadram na hierarquia divina dos devotos. Porém Igan sabia que o deus da justiça olhava por ele e, tudo que importava no fundo, é combater o mal e proteger as pessoas.
Igan possui uma forma de pensar diferente. Não possui uma grande paixão pela ordem, pela disciplina ou pelas leis. Ele quer destruir o mal sem se importar em quebrar uma ou duas regras. Dessa forma, Khalmyr lhe abençoou com poderes diferentes em detrimento dos poderes padrões dos paladinos. Além disso, ele não possui o treinamento formal de Paladino, por isso não aprendeu as preces que lhe permitiriam a conjuração de magias divinas.

***

De 1402 à 1405, Igan se aventurou por Arton e conheceu vários reinos. Se juntou a um grupo de aventureiros e com eles viveu grandes momentos. Porém, devido a problemas internos, o grupo se separou ao chegar em Valkaria. Somente Helena, clériga de Lena, seguia o paladino meio-elfo. Entretanto, tudo mudou um ano atrás. Rúbia Kevlar fora presa em Norm e condenada ao enforcamento. Igan despertou uma grande revolta ao descobrir que seu crime dela teria sido se aliar a um necromante em um determinado momento. Mesmo que o necromante fosse apenas um estudante e não-maligno, para seus juízes, Rúbia havia perdido sua graça de paladina e cometido um pecado mortal. Igan e Helena viajaram para Norm e, contrariando a diplomacia, Igan investiu contra a Ordem da Luz, pois estava convicto no que era certo ou errado e sabia que Khalmyr concordava com ele.
Depois de invadir o outrora lustroso Castelo da Luz, hoje decadente e se recuperando do ataque da Tormenta, Igan descobriu que haviam cavaleiros da luz malignos. Ninguém poderia enxergar a verdade. A Ordem estava em falta de paladinos com o poder de ver o mal. Depois de matar alguns cavaleiros malignos e inclusive o capitão do setor oeste, o experiente sir Protias Kaminsk, Igan foi abordado por ninguém menos que o Alto-Comandante sir Alenn Toren Greenfield. Depois de derrotar Igan facilmente, sir Alenn ouviu a inspiração de Khalmyr em seu coração. E viu verdade nos olhos de Igan Kulenov. Dessa forma, ele percebeu a verdade. Inocentou Rúbia Kevlar e presenteou o jovem meio-elfo com a benção divina de um clérigo de Khalmyr à sua velha espada, herdada por seu pai.
Voltando para Valkaria, Igan e Rúbia se casaram. Helena, então, se aposentou para viver com seu filho, futuro paladino de Lena. No início do ano seguinte, entretanto, mais um duro golpe afetou as vidas de Igan Kulenov e Rúbia Kulenov.
Koji Kumagai, um monge que viveu aventuras ao lado de Igan, havia se corrompido para a Tormenta. Entretanto, ele usava o argumento de que usava a Tormenta para aumentar seu poder pessoal, como uma ferramenta, da mesma forma que Rúbia fez com seu aliado necromante. Igan explicou que a necromancia era algo artoniano. Pertencia ao mundo. A Tormenta não. Era uma força alienígena e totalmente corrupta. Ambos se enfrentaram e tiveram uma luta de vida ou morte. Igan, enfim, matou seu ex-companheiro.
Amargurado, Igan ficou semanas em casa com Rúbia. Quando ouviu falar da Confraria da Aventura e entendeu como um recado de Khalmyr para que ele continuasse a combater o mal onde ele estivesse. Se inspirou nos feitos de Jean-Luc Du'Champs, Farid e Davie Crown para voltar à ativa. Sua esposa, entretanto, estava grávida e anunciou sua aposentadoria da vida de aventuras.

Igan quer encontrar a Confraria da Aventura para se juntar a eles. Ele não conheceu a fama de Vanthuir Skullbringuer, pois ele viveu 2 anos longe da Confraria. Tão pouco sabe que um clérigo de Keenn chamado Mordred também entrou ao grupo. Quando ambos se encontrarem, talvez um atrito seja inevitável...

2 comentários:

R-E-N-A-T-O disse...

Deja vú. Pelo menos agora sendo no nono nível tem desculpa pra repetir. hehehe

Aldenor disse...

Se tudo der certo, este será o último repeteco. Os próximos serão todos inéditos.