quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Prólogo - Aventuras Artonianas



Anos atrás...
August sempre foi um marido fiel, e um homem de responsabilidade, “infelizmente Nimb não rolou bons dados”, perderá a mulher ainda jovem, e acabou arrumando confusão com os bares locais.
Até que um dia sua vida mudou, a pequena Elizabeth, foi deixada em sua proteção por uma clériga de Lena, que sem muitas explicações apareceu e sumiu, deixando apenas um colar.
Os dois envelheceram e a relação cresceu. O sonho de August tinha sido realizado: uma filha, um motivo para ficar vivo. Ensinou muitas coisas, e decidiu usar o amuleto para adornar a sua velha espada de família.
Porém o tabuleiro foi mexido e Keenn olhou para aquele vilarejo ao norte do Reinado, e apenas três palavras puderam descrever aquela manhã para os cidadãos, guerra, morte, estupro. Para “os furiosos” felicidade, prazer e diversão.
Foram minutos de horror, mas para a população daquele vilarejo sem nome, foram dias e anos de tortura. Em meio ao barulho de laminas e fogo, um voz era projetada:
- Entreguem a criança, sabemos que ela esta aqui... Não há como esconder colar!
Muitos se perguntavam que criança, que colar, outros nem tiveram reação...
August e Elizabeth correram, no fundo de seus corações eles sabiam, que era ela quem eles procuravam.
- Corra! Vá para os bosques, não tenho mais condições de lhe proteger!
- Não vou deixá-lo, se é a mim que eles querem, eu fico, papai...
A vida passou em segundo na frente do homem, que chorava abraçando a filha antes de dizer adeus.
Um homem com mantos e um cavanhaque marrom, voava falou com tom de deboche:
- Muito comovente pai e filha se abraçando no derradeiro momento final. – Palavras soltas no ar, gestos perfeitamente coreografados, e luzes saem das mãos do arcano matando August.
- Muita gente quer sua cabeça criança, mas eu não tenho interesse nenhum em você e nem em sua herança... enquanto você viver haverá guerra! Adeus criança. – Depois dessas palavras a menina nunca mais foi vista naquele reino.
Tollon, segundos depois... Uma menina chora em meio às árvores com sua única lembrança de casa, a espada de seu velho pai. Ao longe, um jovem escuta o choro, e tempos depois a toma como esposa.
***
Meses atrás...
Valkaria olha para sua estatua, que outrora fora sua prisão, o gigantesco colosso serve de espelho para a deusa da humanidade, seus pensamentos voam se aventurando em algum ponto do infinito, um jovem abandona sua casa e sua vida em busca de fama, enquanto um velho entrega sua velha espada para o neto que deseja se aventurar.
“É eu vou precisar da sua ajuda.”
“Vai, para que?” – Pergunta uma velha senhora de óculos e com ar de professora, prevendo uma das muitas respostas.
***
Semanas atrás...
As cidades são todas iguais no início da manhã, pouca gente na rua, galos cantando e os soldados tirando os últimos bêbados das ruas, em Villent não era diferente.
Porém, para o senhor de terras Jorg esta não era uma manhã normal, aquela carta não estava em seus planos, tinha saído da cidade capital para fugir dos problemas, e havia conseguido por longos 5 anos, mas o pesadelo tinha voltado. Não havia dúvidas só poderia contar com velhos conhecidos.
“Será que ainda se aventura?” – Pensa o velho Jorg – “Eles devem conhecer alguém”.
***
Dias atrás...
Em um dos corredores da Grande biblioteca em Valkaria, dois clérigos da deusa do conhecimento conversam:
- O que esta lendo, Ivan?
- Sobre as terras do Norte. Um viajante me perguntou essa manhã sobre elas e não soube responder muita coisa. Vou partir com eles pela manhã, e é sempre bom estar preparado. E você quando sai?
- Não sei, nunca pensei em sair, quase todo conhecimento do mundo esta aqui dentro, então porque sair?
E como que se já soube da pergunta, a resposta sai naturalmente, quase como mágica.
- Todo conhecimento pode estar em livros, mas podemos comparar a sensação de viver e experimentar todas as sensações em casa?
- É, não da... Em breve então, em breve... – Hector responde envergonhado.
Á noite, Hector ainda refletia sobre a pequena conversa com o amigo, se perguntando como um dos melhores alunos ainda não havia experimentado as sensações do mundo lá fora. Concluirá que nem tudo estava nos livros, e que precisava escrever seu próprio livro, suas próprias conclusões e principalmente ajudar sua deusa na busca por mais conhecimento e mais descobertas.
Horas atrás...
Minotauros não eram bem vistos pela maioria da população e a situação só piorou depois das guerras táuricas. Magnam muito menos, um grande ser, que ostentava ouro e jóias, e acima de tudo, gostava de mostrar seu poder a todos os seus escravos. Torturas e jogos pela sobrevivência eram hábitos constantes na vida dos elfos e humanos, criaturas consideradas menores por ele.
- Então Thalian está livre? Meu pai está louco mesmo... ele era um dos melhores.
- Não meu senhor, Thalian ainda responde ao senhor seu pai...
- Hum... Bom saber... Libere-o então... Tenho planos para ele...
Uma grande cabeça de touro sai da frente da jarra de água encerrando a conexão mágica.
- Libere o elfo, ele morderá a isca. Que a força de Tauron o acompanhe.
Para as sombras o pequenino volta e some.
***
Minutos atrás...
- O que houve querido? Algum problema? – Sempre foi uma característica de Tamires perceber se algo afligia seu marido, mesmo quando não tinham nada em época de aventuras pelo Protetorado do Reino.
- Recebi uma carta para uma missão, vinda de Jorg... Lembra-se dele?
- Claro. Proprietário de terras, certo? Não foi ele que abandonou Valkaria depois que roubaram ele, o que ele deseja dessa vez?
- Foi roubado de novo. Parece que uma de suas propriedades foi invadida, ele recebeu isso aqui.
Tamires olha com curiosidade o pequeno pedaço de papel. “O que você fará? Passará para quem?”
- Para Arthur!
***
Segundos atrás...
Uma das muitas vantagens de ser um deus maior em Arton era poder andar com qualquer forma e mesmo assim influenciar os corações mortais. E ela adorava isso, andar com seus fiéis, planejar com eles, lutar com eles, improvisar com eles. Tudo era novo para a deusa, cada novo aventureiro, cada nova aventura uma nova vida.
“Falta pouco” – Pensava eufórica Valkaria.
A porta da velha estalagem se abre, deixando entrar a luz da lua e um vento frio, com passos firmes um jovem guerreiro se aproxima do bar e notando apenas os bardos que tocam no palco improvisado, em sua mente apenas um pensamento, e Valkaria consegue perceber exatamente o qual é: “Nova aventura, preciso de companheiros”.
Ela sorri, quando um elfo entra no recinto e se dirige ao jovem que entrara há pouco.
“Ah, que ótimo, está feito...” – Com esse pensamento ela toca no goblin a sua frente e desaparece porta a fora com um largo sorriso de satisfação.

2 comentários:

Marins disse...

Se quiserem acertar os erros fiquem a vontade...

Vlw a Caputo e Aldi pela revisão!

Aldenor disse...

ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA! hahahahahahahahahahaha, ficou muito bom.

Estou deveras empolgado. Meu personagem é muito legal e os personagens dos outros são muito bons e o grupo tem tudo pra ser um bando de heróis do mundo! uhul!!