sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Início da noite.




Arton, 1403.

Noite em Lomatubar.

Um homem ajeita sua brunea enquanto espera alguém. Ao seu lado um jovem careca ansioso. Depois de algumas horas, ouve-se uivos e urros da floresta e um homem faz notar-se aos 2 guerreiros.

“Ai está, as criaturas contaminadas.” Disse o homem.

“Pois bem, tome seu pagamento e cuide da sua vida!” Diz Hendrick num tom feliz, mas intimidador.

Um lobo para Ikaro, um Urso para Hendrick. Os clérigos de Keenn deleitam-se com a batalha mesmo que, para Hendrick, aquele urso não fosse uma batalha boa o suficiente, mas para seu aprendiz, Ikaro, o lobo tinha algum valor simbólico.

Azgher desponta no céu e Ikaro é acordado com o bafo morto de um urso. Num susto, procura sua Alabarda mas vê-se indefeso. Para sua sorte, o urso, que agora esta zumbificado, não lhe fez nada e, passada a surpresa e o sono, ele vê Hendrick rindo da sua cara. Após isso, ambos desjejuam trocando insultos e bravatas sobre os adjetivos de suas respectivas mães, como é de costume toda manhã.

“Rapaz, embora você tenha lutado como uma mocinha contra aquele urso e não seja digno de honra de minha parte, devo-lhe dizer: tem coisas interessantes acontecendo em Trebuck! Uma grande guerra contra a tormenta! Imagine! Até mesmo Keenn gostaria de ser mortal para lutar aquela porra. Veja bem, irei para Deheon, haverá uma reunião entre o clero de Keenn sobre esta peleja. Rapaz, você deve ir nesta porra! Muitas mulheres e muitas brigas! Hhahahah!!”

“Inclusive, tem uma tal de Vanessa. Puta que te pariu! Que afinal, convenhamos, era uma puta sem clientes e sem nada o que fazer para cagar esta porra careca!”

Ikaro responde com um soco bem dado em Hendrick e começa uma breve luta, que termina com o mestre imobilizando o púpilo no chão. E continua:

“Voltando ao assunto... Ora rapaz, você deve ir comigo para Trebuck depois! Posso fazer muitas adivinhações nessa careca lisa aqui! Hahahahaa!!!”

“Pois bem seu viadinho, aquela tal de Vanessa é Keenn de saias! Ela comeria nossos ânus mesmo sem ter o que temos. Quer dizer, o que eu tenho. Alias, você deveria aprender esse tipo de coisa com ela, já que ainda é virgem porquê não possui o instrumental necessário. Hahahahahaha!!!”

Ele solta Ikaro e prepara sua Brunea.

“Então, tu vai comigo lá pra Deheon. Um monte de punheteiros que ficam masturbando-se na frente de uma mulher nua gigantesca! Dizem que ela é Valkaria presa... Enfim, partiremos hoje!”

Partiram viagem. Passariam por Tollon, cidade natal de Hendrick e depois por mais algum reino que ambos não lembravam o nome.


Dias antes, numa bela final de manhã onde Azgher mostra sua face a Arton sem que nenhuma nuvem venha a cobrir seu rosto, um nobre bardo prepara seu almoço na Vila Élfica em Valkaria. Leonarthanael cozinha sua comida de modo despreocupado, sem importar-se como ficará seu gosto. Concerteza, se algum humano passasse perto de sua casa sentiria fome (pelo cheiro), mas há muito tempo Leonar não consegue mais sentir esse tipo de coisa. Nem mesmo consegue ver o sol – existe sempre uma nuvem, que só os elfos notam que impossibilita contemplar Azgher. Dizem que o Deus-Sol é aquele que tudo vê, mas infelizmente ele não consegue ver os elfos.

Enquanto cozinha, Leonar escuta ao longe um som de uma corneta. Um som tão suave que parecia que ele tinha medo de ferir o ar. Apreensivo, olhou pela janela e só viu o cotidiano normal da Vila Élfica, com um clérigo indo de casa em casa passando a palavra de Glórienn, como era de costume.

Foi até este clérigo e lhe perguntou se ele tinha ouvido aquele som. A resposta foi negativa. Perguntou depois que tipo de som seria esse, após reproduzi-lo. O clérigo lhe disse que era o som das cornetas de guerra de Lenorienn. Leonar não pode deixar de conter as lágrimas, afinal, seu pai havia instrumentos mágicos que inspiravam coragem nos guerreiros de Lenorienn. De súbito, reuniu coragem para refletir um pouco mais no assunto e talvez procurar o bandolim do seu pai, Rianneth.

Voltou para sua casa e almoçou. Perdido em pensamentos, não notou que alguém batia sua porta.

“Mestre Leonar!!”

Leonarthanael abre a porte e vê um humano que vestia roupas largas. Concerteza um serviçal de alguma taverna.

“Mestre elfo, venho a pedido do Senhor Marcos, dono da taberna “Rum de Valkaria”. Hoje é o aniversário de sua filha e ele deseja que o senhor toque em sua homenagem.”

Leonar sabia que a filha de Marcos, Marianne, adorava elfos e aceitou o trabalho. Às 7 horas da noite deveria ir até a taberna.

Unghart Unbrond olhava a colossal instante de livros de uma das bibliotecas da Academia Arcana. Procurava um volume que falasse sobre encantamentos. Uma de suas disciplinas menos estudada; talvez ele não gostasse do jeito daquele professor e resolveu pesquisar um pouco por conta própria. Já estava a 30 minutos pesquisando alguma coisa, até que na ultima estante do 5º andar achou um volume que, pensava ele, já estaria sendo usado por outro aluno: o Tratado Universal das Instituições dos Encantamentos Artonianos no Mundo Contemporâneo, de Aldabraz Arnold Artz .

Nachtóó Igueamá. Sob o comando do jovem mago, o livro saiu da instante e parou em sua mão.

“Nada de escadas...” Pensou Unghart.

E lá ficou estudando por horas e horas. O livro era realmente bom, tinha uma linguagem bem rebuscada, mas completo.

Álias, alguns instrutores foram até Unghart e o elogiaram por ler tão bem tal obra. Unghart era bom, mesmo não sendo típico dos anões o uso da magia. O último instrutor que veio até ele era Naldror, o meio elfo. Era o professor um professor generalista, de base.

“Unghart, boa tarde! Como sempre, escolhe muito bem seus livros. Escute, preciso conversar com você por um instante. Venho com uma proposta de trabalho!”

“Fora da Academia?” Unghart indagou.

“Sim. Anteontem enviamos um de nossos alunos à vila élfica para entregar a Anarion, um clérigo de Glórienn, uma esmeralda. Ocorre que esta jóia não é uma jóia qualquer; é um componente de um instrumento a muito usado por um grande herói élfico. Fazendo o trabalho, e nos ajudando depois, a Academia Arcana lhe pagará seus dois anos de estudos aqui e lhe garantirá mais 2. O que acha?”

“Feito.”

Unghart vai até à Vila Élfica falar com Anarion. Segundo instruções de Naldror, ele é um clero de um tempo de Glórienn recém construido. Unghart chegou numa construção bela, feita de mármore e decorada com várias folhas douradas. A construção tinha apenas um andar, mas parece razoavelmente larga. Era um templo bem simples. Ao direcionar-se a porta, um elfo lhe interrompe e pergunta o que quer. Era Anarion. Ele convida o anão para entrar no templo, o que era estranho, devido a arrogância natural dos elfos com não elfos. Dentro do templo, havia um pátio sem nenhuma cadeira e sem nenhum piso. Havia apenas um pedestal a frente é um símbolo de Glórienn desenhado na parede que dava pro pedestal. Ambos conversam por um tempo e Anarion lhe conta que poderia conseguir mais informações com Leonar, um elfo bardo. Ele estaria tocando na taverna Rum de Valkaria hoje.

Sabendo disso, Unghart vai em direção à taverna, ainda impressionado com a hospitalidade do elfo.

Azgher dá lugar a Tenebra enquanto Kurt corria freneticamente por alguma planície de Deheon. Seu destino era incerto: estava nas mãos de Nimb. Deveria retornar às Uivantes quando estivesse poderoso. Deveria iniciar uma cruzada por nada é retornar por e com tudo.

Segundo os anciões de sua tribo, ele era a resposta de um grande enigma, mas deveria ser forte o suficiente para escrever no gelo seu destino.

“Kurt, seu corpo não deve tremer ante o frio de Belugha, sua alma não deve fender ante seu olhar.”

Fora lhe aconselhado que fosse a Deheon. E ele agora estava nas suas muralhas. Após uma conversa com os guardas, ele entra. Pergunta se há algum lugar para descansar, e a guarnição indica a taverna “Rum de Valkaria”.

“Não vá criar confusões hein, hoje é o aniversário de Marianne, filha do dono do local!”

Após as instruções, ele vai até a taverna.

Nisso, ao longe surgem duas silhuetas grandes. O Guarda que atendeu Kurt olha e vê 2 homens indo em direção a cidade. Ele já ia fechar o portão, mas o manteve semi-fechado. O guarda e os homens conversaram e quase saiu briga, como era de se esperar de servos de Keenn. Mas Ikaro e Hendrick estavam de bom humor.

Ambos seguiram até a estátua da deusa, até que viram um homem branco que suava bastante se direcionando a uma construção de 3 andares. Viram também um anão. Quando os 4 se notaram, começaram a ouvir uma musica extremamente bela e triste. Na verdade, não era uma música apenas, era quase que uma aula, um ensinamento, um ditado. De súbito, Ikaro sentiu-se em paz. Perdera a guerra, perdera o ímpeto de lutar, apenas queria sentar e refletir. Unghart lembrou-se de como era bela Doherimm e também de que nunca mais poderia pisar lá. De súbito, sentiu o gosto da cerveja que nunca mais tomaria. Kurt, viu Belugha sofrendo, despencando de algum lugar. Sentiu ainda mais calor, e viu sua terra quente como o inferno. E, de uma certa maneira, entenderam a dor dos elfos.

Mas bela; muito bela era aquela melodia.

Ikaro empurrou Hendrick pro lado e adentrou na taverna. Unghart entrou no local e sentou-se numa mesa e Kurt encostou-se numa parede.

Assim que eles entraram, a música durou mais alguns minutos e depois o bardo parou. Leonar falou com Marianne e anunciou a plenos pulmões:

“Convoco aventureiros para buscar uma jóia pertencente a um grande herói e um item pertencente o meu pai. Aos interessados, estou naquela mesa.”

5 comentários:

Aldenor disse...

- Não quero viajar grudado com você, sua maricas. E nem me interesso por sua reunião de pederastas em Valkaria. Foda-se a Tormenta, por enquanto, é claro. Vou é viver minha vida.

(Ikaro Madaram, durante a viagem para Valkaria).

Está bem feito, aguardo a segunda parte!

Capuccino disse...

Logo a segunda parte, quissá uma terceira Oo

R-E-N-A-T-O disse...

Ikaro é um chato brigão. Tomara que apanhe muuuuito.

Capuccino disse...

Pode deixar renato =PP


AhuAuhA

Aldenor disse...

Cadê o seu post, Caputo?!?!?