domingo, 28 de março de 2010

Imortalidade.



Era uma noite fria e solitária. Chovia, mas o doce saber do puro líquido vindo dos céus se misturava com as salgadas lágrimas de um jovem inocente flagelado pelos jogos de Thyatis. Mas a mesma dura faca que abre feridas desnecessarias dá poder aos necessitados. Recostado em uma árvore, longe de todas as desatenções, um nobre homem se aproxima daquela criança, para e observa. O menino o ignora, nada mais importa.
- O que aconteceu meu jovem?
O menino ergue a fronte. O homem se depara com uma criança suja e miserável, um pobre coitado de cabelos bagunçados, face elameada e roupas em frangalhos. Seu destino. O menino se depara com um alto senhor, de cabelos longos, limpos, bem tratado, trajando uma bela vestimenta azul das quais apenas os grandes nobres podem trajar, e uma máscara prateada. Sua salvação.
- Eu... não sei... - respondeu o menino entre lágrimas e soluços
- Venha, um homem de verdade não pode ficar desse jeito... - disse o nobre enquanto o acolhia debaixo de sua capa para protegê-lo da chuva.
O homem se identificara como Charitas, o grande, um nobre que havia desistido de sua monótona vida de comandante da sociedade para ser um grande aventureiro, entitulando-se como a grande lenda viva. O menino não sabia seu próprio nome.
Deste momento em diante o menino passou a seguir Charitas, e com ele aprendeu a arte da esgrima, os perigos e vantagens da pólvora, os códigos de conduta de um homem de verdade, as máximas proezas possíveis de serem realizadas com o esforço físico bem treinado, e o menino servia como ponte entre os meros mortais que habitavam as cidades, trazendo as necessidades urgentes do povo ao conhecimento de Charitas, que sempre aparecia e livrava o povo de sua mácula.
Ao estar se socializando e coletando informações em uma nova cidadela, um homem rompe as fronteiras dos portões sobre um cavalo e sob seu grande ego. Ele desce do cavalo às gargalhadas e profere aos quatro cantos.
- EU MATEI CHARITAS!
Todos se estupefacem, o menino perde o chão.
Ao perceber o movimento em direção à floresta, o menino corre por um caminho alternativo até o pequeno acampamento onde se acomodavam e encontra o esfumaçante corpo de Charitas, caído ao chão, com suas carnes em estado cremado e suas roupas intactas. Um grito de desespero é abafado pela falta de fôlego. O responsável por toda sua história de vida desfalecido como um porco a ser devorado. Ao perceber movimentação próxima ao acampamento apenas uma idéia prevalece: "A identidade de Charitas nunca se revelará" e, ao retirar a máscara, como era de se esperar, seu rosto está igualmente cremado. Recolhendo suas roupas e os utensílios possíveis dentro de pouco tempo, o menino, que por jogos de Thyatis agora havia se feito um homem, some em meio a mata e deixa um corpo dsfigurado como prova da doente investida de algum porco que lutava contra o que era nobre e certo.
Semanas se passam, e a mesma cidadela se depara com uma frente invasora, já conhecida pelos mesmos. Motivo pelo qual um dia Charitas fora aclamado. Motivo pelo qual seria novamente.
Quando os miseráveis pilhavam e desferiam golpes em pessoas inocentes, um estouro. Um imundo a menos. Perplexão, todos procuram, ninguém acha, o medo começa a penetrar a mente dos imundos. Outro estouro. Mais um corpo no chão. Desespero entre os imundos e quando restavam quatro, com um barulho de capa ao vento e um borrão vermelho no ar, apenas restaram três. Não acreditaram no que viram, e ao se erguer, voltara Charitas, dentre os mortos para trazer a justiça novamente. Com mais alguns movimentos e algumas demonstrações de grande ímpeto, os imundos se deitaram em sono eterno. Charitas fora aclamado novamente, havia ressucitado por dentre os mortos e ao questionarem: "COMO É POSSÍVEL?", com sua máscara cor de prata refletindo a luz do sol ele responde:
- Enquanto houver injustiça, nenhum homem será capaz de interromper a ira de Charitas e enquanto houver esperança, nenhum homem poderá me repousar. E onde houver necessidade, lá eu estarei.
Então Charitas inicia sua jornada pelo continente, a fim de recuperar a honra de seu antecessor, espalhando suas façanhas aos quatro ventos e ajudando aqueles que precisam de paz em suas vidas.

5 comentários:

Capuccino disse...

Escrito pelo próprio jogador XD

Mandou mt bem, cadu!

Arthur Woodcastle III disse...

Oblivion promete...

Marins disse...

Arthur?
quem é?


Gostei. Me lembrou Zorro...

imaginei uma música espanhola/mexicana, algo assim.

a minha era um rock marcado com distorções, algo assim.

Capuccino disse...

haeuaehuae XD verdade!

Marins, seu post eu me inspirei na seguinte musica:

Amon Amarth - Live for the Kill

Marins disse...

Eae jogo quando nesse finds?

proponho inclusive q mesmo sem Dudu, nos encontremos aqui em casa (acho que dá pq é pouca gente), pra conversar sobre jogos e futuro!
=D