segunda-feira, 15 de março de 2010

Contos Artonianos #4


Confrontos na Noite, parte I

A Sociedade da Noite Eterna recebia mais um de seus cultistas naquela noite refrescante do verão de Valkaria. O salão em que acontecia a cerimônia estava escuro, como era de se esperar. Tenebra, a deusa das trevas, odiava Azgher, o deus-sol e toda sua emanação de calor e luz. O salão era feito de pedra de alvenaria, bem simétrico. Pela estrutura, parecia ser obra anã. As pilastras sustentavam um teto bem alto. O local parecia uma caverna escura.

Entretanto, todos ali viam com clareza preta e branca tudo o que acontecia. No norte da escura sala havia uma mesa de mármore polido e bem cuidado. Sobre a mesa, apetrechos religiosos como incenso, cálices, uma pequena estatueta de uma estrela negra e um prato feito de pedra escurecida. Atrás dessa mesa de cerimônias, estava a eterna bela e jovem Jasmira, a vampira clériga de Tenebra e líder da Sociedade da Noite Eterna.

Ela observou com parcimônia a aproximação de seu novo lacaio. Outras criaturas vestidas com pesados mantos e capuzes negros faziam duas filas paralelas em frente à mesa de mármore. Eles, com seus olhos vermelhos e malignos observavam a entrada do novo cultista. Alguns sorriam atrás do capuz, com abafados sons de risada nervosa. Outros rangiam os dentes em uma breve demonstração de raiva branda. Outros o ignoravam solenemente. Mas em comum tinham a raça. Nenhum era humano.

Ele se curvou ao atravessar a parede de olhares. Frente ao símbolo sagrado de Tenebra, a estrela negra, ele ergueu seus olhos amarelados em sua direção.

- Trouxe a pedra brilhante que prometi. Agora me dê minha recompensa, mulher. – ele era rude e de palavras simples.

- Erga-se, Gazat Alma das Trevas. És bem vindo e que a escuridão envolva seu coração. Deposite a jóia élfica sobre o prato. Receba a recompensa depois.

Os olhos de Jasmira iluminavam-se sobrenaturalmente com satisfação e seu sorriso discreto sugeria crueldade. Gazat era um meio-orc e seus olhos amarelados faiscavam violência. Ele colocou sem modos afetados a jóia élfica sobre a mesa e mostrou um sorriso sarcástico à Jasmira. Ela o olhava como quem não havia entendido o gesto.

- Pedi que colocasse sobre a mesa, fera das trevas.

- E eu pedi minha recompensa.

- Não ouse testar a paciência de uma sacerdotisa da noite, fera.

- Não confio em você, sacerdotisa.

Jasmira sorriu mostrando suas presas vampíricas. Havia um tom de satisfação abafado que homens como Gazat jamais perceberiam a sutileza. Eles estavam se encarado, testando sua força contra o outro. Gazat com seu porte intimidador, mesmo que escondido sob os mantos negros e pesados, ele ainda era muito alto e muito largo. Em suas costas estava preso, sem pudor, um machado grande de duas lâminas poderosas com as marcas de quem já bebeu muito sangue. Jasmira exibia sua sensualidade convidativa, mas visivelmente perigosa. Era um convite à perdição explícito que, ao mesmo tempo demonstrava perigo, não dava chances à vítima de escolher evitar. Mediam-se por segundos quando Gazat cedeu.

- Não me importo com a pedra brilhante.

Ele colocou a jóia élfica sobre o prato e depois deu uma espiada nos outros cultistas, aguardando por uma traição.

- Não sou uma sacerdotisa negra, Gazat. Não espere uma apunhalada pelas costas. Espere a recompensa de Tenebra, a Mãe da Noite. Ela abençoa todas as criaturas da noite como eu e como você em breve será.

Gazat não pareceu entender muito bem o que escutou. Mas estava acostumado a não entender a maioria das coisas que lhe falavam, então já não se importava mais. Ele avançou sobre a mesa com suas duas mãos e alcançou a aproximação do hálito de Jasmira.

- Não brinque comigo, mulher. Eu posso devorar você aqui e agora. Me dê a recompensa logo.

Ela sorriu com o gesto brusco de Gazat e com sua delicada mão fez com que outros cultistas (que haviam dado passos de susto em direção à Jasmira) não se aproximassem. Ela detinha o controle da situação. Sempre o detivera. Jasmira acariciou o rosto de Gazat que se sentiu totalmente estranho. Ele não era acostumado ao afeto, sempre lidou com a vida de forma violenta. Ficou desorientado com o gesto incomum. Geralmente as pessoas se assustavam com aquela intimidação. Então ele sentiu uma paralisia quase que voluntária. Não se moveu, não queria se mover, quando Jasmira aproximou seu rosto ao dele e beijou-lhe o rosto. Ele estava totalmente envolvido e percebeu tarde demais o que estava acontecendo. Ela o mordeu no pescoço com suas presas. Um filete de sangue escorreu pelo delicado queixo de Jasmira.

Então ele fechou o punho e enriqueceu os músculos. Houve um palpitar maior do coração.

Seus olhos se abriram sem pupila e toda sorte de rugas de expressão ocuparam o rosto de Gazat. Sua testa estava totalmente franzida, suas veias estavam salientes. Jasmira teve que controlar o sangue que saiu mais fartamente da mordida de suas presas. Seus músculos cresceram e se tornaram mais duros que pedra. Gazat abriu uma boca improvável, cheia de dentes e baba. Um urro soltou-se violentamente de sua garganta quando as pupilas, agora totalmente vermelhas, voltaram. Era a Fúria.

***

- Isso é realmente necessário, mestre anão?

Arthur Woodcastle III estava um pouco emburrado, de braços cruzados e encostado na parede da casa de Delrin Turgar. O anão verificava alguns livros enquanto Ferannia Holimion e Korn bebericavam um pouco de chá anão. Ela fazia algumas caretas a cada gole, pois era uma bebida muito amarga pra ele. Korn adorava o que bebia. Era raro ele reclamar de bebida ou comida, pois era raro ele a ter em fartura.

- Não se apresse tanto, jovem Arthur. A pressa é a inimiga da perfeição. Se sairmos agora sem eu me preparar, nossa chance de sucesso nessa empreitada será mínima.

- Você já está com sua armadura e escudo para não se ferir, sua arma para fazer os inimigos sangrarem e seu símbolo sagrado para Khalmyr nos ajudar com seus milagres. Não precisa mais do que isso.

Ferannia demonstrou um sorrisinho e disse que o anão era um sacerdote metódico, precisava seguir certas ações para manter uma coerência em sua mente para que não se perdesse. Era algo típico de quem tinha pouca criatividade. Apesar disso, gostava de sua dedicação aos livros e estudos, dizia que Tanna-Toh também olhava para os estudiosos metódicos. Em resposta, Delrin apenas ergueu uma sobrancelha. Estava disposto a ignorar os comentários que considerava tolo da elfa.

Korn ignorava o ambiente e bebia e mordia pedaços de pão achando que estava banqueteando. Falou com a boca cheia para Arthur não se preocupar, pois “a noite era uma criança” e os lobisomems cheiravam tão mal que assustavam os animais. Não seria difícil acha-los.

- Aqui está. Pronto. Vamos.

Delrin carregava um pergaminho longo e enrolado. Colocou preso a um compartimento feito para guardar pergaminhos preso à cintura como um cinto.

O clérigo de Khalmyr tinha uma idéia por onde começar. O bairro dos minotauros era vizinho ao dos anões e ele sabia que os sentinelas de lá eram mais perspicazes. Korn sempre se assustava com a idéia de haver um bairro de minotauros com sentinelas minotauros próprios. Como um bairro com sua própria legislação. Mas ao contrário dos tamuranianos – que possuíam um daymio, um sub-regente – os minotauros escravizavam e tinham poder legal para tal. Ferannia protestou com sarcasmo sobre a necessidade de irem ao bairro e o anão finalmente perdeu a paciência.

- Escute aqui, jovenzinha. Esta é a decisão certa. Os minotauros são um povo honrado e justo, não irão lhes molestar. Se preferirem, eu falarei com os sentinelas com a autoridade de sacerdote da justiça.

Arthur ficou entre os dois, antes que Ferannia reclamasse novamente e a discussão nunca teria fim. Ele disse que era melhor seguir o anão que sabia melhor do lugar, conhecia as pessoas e era respeitado como clérigo na vizinhança. Korn concordou com Arthur.

- Isso mesmo. Basta pro meu amigão aqui mostrar que é celibato que vão deixar passar.

Delrin resmungou e deu um tapa leve na nuca do goblin, que soltou um risinho satisfeito de sua piada bem sucedida. Pensava em contar para seus amigos que não acreditarão que fez amizade com um anão. Ferannia suspirou e deu de ombros.

- Se alguém encostar em mim, irá virar um sapo.

- Melhor se fosse um boi. – era Korn passando dos limites.

- Chega, pessoal. Delrin, por favor, adiante. Armas guardadas, por favor. Não queremos chamar atenção dos súditos do Imperador-Rei e nem de sua milícia.

Era um pouco da desvantagem de um grupo tão multirracial: chamava muito atenção de que era de fato aventureiros e tinham diferenças históricas muito marcadas. Anões e elfos tinham uma rivalidade, apesar de nunca guerrearem por isso. Era uma rivalidade marcada pelo modo de ver a vida. Os anões eram teimosos e confiavam no cotidiano. Os elfos eram inconstantes e eram criativos espontâneos. Já os goblins eram odiados por todos, sendo vistos como um pouco mais que monstros pelas pessoas normais. Os goblins civilizados eram ignorados, escorraçados e não tinham senso de coragem ou de dignidade. Elfos tinham uma desavença histórica, foi muito difícil para os exilados de Arton-Sul se acostumarem a verem goblins limpando as latrinas, sendo vistos como súditos.

Apesar de tudo, Ferannia via Delrin como um estudioso. Devota de Tanna-Toh, curiosa por natureza, sabia como evitar um pouco a sua intolerância contra a mente fechada do anão. Delrin, por sua vez, via Ferannia como uma elfa mimada, assim como via todos os elfos. Ele dava valor ao sucesso pelo trabalho e a salvação da alma pelo trabalho justo e honesto. Porém, era justo dar a Ferannia uma chance de redenção, de convencê-la de outros meios de encarar a vida, meios mais seguros. Korn era visto com desprezo por Ferannia, era ignorado a maior parte do tempo por Delrin, mas este sabia que tinha uma dívida de gratidão e que Korn, apesar de goblin, era mais corajoso que os de sua raça, apesar dele não saber se é impulsionado pela ganância ou curiosidade ou bondade enterrada no fundo de sua alma. Korn gostava de zombar e se divertir à custa dos outros e via Delrin como alvo perfeito. Ele evitava zombar de Ferannia por pedido de Arthur, que por medo, temia que ele falasse sobre Lenórienn e perdesse a presença da elfa. Ele gostava de Arthur genuinamente, era um humano que o tratava como igual, o único que fazia isso. E talvez por isso não gostasse muito de Ferannia.

Arthur via o grupo como sua chance de gravar seu nome na história de Arton como um grande herói. Era amigo de longa data de Korn e sempre soube que ele o seguiria quando surgisse a oportunidade. Encontrou no anão, um homem sábio que pudesse lhe aconselhar sobre as coisas certas. Ferannia era uma conjuradora, provavelmente maga como sua mãe fora. E sua beleza era, no fundo, o grande motivo de sua admiração. Arthur sentia que gostava da elfa. Mas não sabia como se aproximar de um ser que tinha séculos de vida. E detestava por isso a forma infantil que ela o tratava.

- Vi alguma coisa.

Era Korn. Ele tinha olhos apurados e, na escuridão que era o bairro dos anões, apenas ele e Delrin enxergavam realmente bem. Arthur achava que era melhor andar às escuras para não chamar atenção. Todos ficaram estáticos, sem saber o que fazer ou se confiar no goblin. Arthur viu a hesitação do grupo sussurrou.

- Peguem suas armas e façam um triângulo. Ferannia no meio, Korn na retaguarda. Eu e Delrin à frente.

Mas havia um silêncio visceral. Nem o som do vento podia ser ouvido. Naquela altura do bairro, as casas estavam mais afastadas uma da outra e havia uma pequena praça onde havia algumas estátuas de anões homenageados pelo povo de Valkaria. Súbito, Delrin e Korn viram criaturas se movendo lentamente pela noite. Suas silhuetas sugeriam humanóides que capengavam e não faziam nenhum barulho. Porém Delrin sabia o que eram. Com a carne em decomposição e parcialmente consumida pelos vermes, eles vestiam farrapos e um enorme e pesado cheiro de morte pairava ao redor.

- Por Khalmyr! São zumbis, um tipo de mortos-vivos! Não adianta conversar com estes. Garoto, você não conseguirá lutar sem luz.

Então o sacerdote de Khalmyr ergueu seu símbolo sagrado que era um amuleto que estava preso em volta de seu pescoço, debaixo da armadura de talas.

- Khalmyr, que sua justiça prevaleça sobre aqueles que já foram e estão ilegalmente no mundo dos vivos!

Uma luz branca emanou do amuleto, erguido por Delrin, assim que as palavras do anão terminaram. Os zumbis puderam ser vistos por Arthur e Ferannia. Não eram nada agradáveis de ver. Viam dois deles serem envolvidos por chamas brancas que os consumiram imediatamente, levando seus corpos à destruição total. Mas haviam outros três que caminhavam sobre os aventureiros, pois não entraram na área da luz branca de Khalmyr.

- Preparem-se!

Arthur deu um passo curto à diante, posicionando-se com sua espada bastarda com as duas mãos. Korn sacou sua besta leve somente agora, assustado. Suas pernas tremiam pela visão de homens que deveriam estar mortos, inertes. Ferannia ergueu as mãos e gesticulou pronunciando palavras antigas e poderosas. Um projétil faiscante de energia esverdeada surgiu e disparou em direção a um zumbi que cambaleou, mas continuou seu movimento capenga.

Os três zumbis restantes chegaram e ameaçaram os aventureiros com suas mãos e bocas com queixos pendentes. O cheiro incomodava a todos, exceto Korn. Arthur aproveitou a aproximação de um e desferiu um golpe balanceado com sua espada e cortou uma criatura. Ela, entretanto, já não precisava mais do corpo inteiro para lutar e continuou sua ação atacando o jovem guerreiro. Porém, a armadura de Arthur o protegeu. Outros dois zumbis se aproximaram também, mas eles eram muito lentos e Delrin aproveitou e tomou a dianteira novamente.

- Khalmyr, que sua justiça prevaleça!

A luz brilhante do símbolo sagrado de Khalmyr brilhou mais forte ainda. A balança sob a espada brilhou intensamente iluminando quase toda a rua. Os três zumbis sucumbiram ao temor do deus da justiça e ameaçaram fugir em terror.

Korn deu um tiro com sua besta e o virote cravou na carne podre de um deles. Ferannia disparou outro de seu projétil mágico, no mesmo zumbi de antes, mas não o impediu em sua fuga. Arthur avançou sobre o zumbi com o corte de espada e golpeou num arco vertical, arrasando as costas da criatura. Ela caiu destruída. Delrin era um sacerdote da justiça e a existência de mortos-vivos era vista como profanadora. O bairro dos anões estava profanado com aquelas criaturas que precisavam ser destruídas. Ele avançou sobre o zumbi com o virote cravado e desferiu um poderoso golpe com seu machado anão fazendo a criatura descansar inerte no chão.

O último zumbi continuou a fugir até encontrar uma parede. Ele se virou contra os aventureiros, inerte com seus braços erguidos em ameaça. Ferannia, então, olhou para os outros dando de ombros. Arthur correu em direção do zumbi e o destruiu com sua espada bastarda.

- Minhas magias acabaram. – foi sua explicação aos demais. Korn deu um risinho sarcástico, se afastando dela, indo à direção a Arthur.

- Parece que falta um pouco de fé aos elfos, sem querer ser rude. – Disse Delrin.

- Khalmyr é um deus poderoso e abençoa os anões. Não posso dizer o mesmo da criadora dos elfos. – um tom melancólico na voz de Ferannia fez o anão sentir-se arrependido de ter comentado. Quis confortá-la pedindo desculpas, mas não sabia lidar com aquelas emoções que julgava élficas demais.

Arthur sorria pela derrota de seus adversários. Korn o cutucou e apontou para Ferannia. Ela tinha o rosto fechado, austero, olhar vazio para baixo. Antes que ele fosse perguntar o que acontecia e começar a bajulação, Korn o interrompeu.

- Deixe-a pensar sozinha. Preste atenção na sua missão. Devemos estar próximos de algum lugar importante para termos encontrado essas criaturas horríveis. São mais feios que Mogri! – Sorriu satisfeito.

Com um “vamos continuar”, Arthur reergueu os ânimos novamente de todos. Com Delrin à frente, chegaram ao bairro dos minotauros.

Valkaria era uma cidade que amedrontava quem não estava acostumada a grandes centros urbanos. Valkaria não parecia ser uma cidade de uma nação, mas uma cidade de todas. Cada bairro possuía um tom de estrangeiro que se adequava à realidade daqueles que não eram humanos. O bairro dos minotauros era feito por ruas tortuosas, casebres feitos de pedra polida com pilares em suas entradas. Os mais abastados tinham jardins grandiosos e guardas vigilantes. Os minotauros eram criaturas arrogantes e orgulhosas de sua nação, Tapista. Eram um povo forte, resistente, escolhidos de Tauron, o deus da força e da coragem. Virtudes que definiam o minotauro padrão. Entretanto, os minotauros eram escravistas. Devido a inexistência de minotauros fêmeas, eles tinham que se reproduzir com fêmeas humanas ou meio-elfas para a reprodução. O filho, quando macho, era minotauro. Quando fêmea, pertencia à raça da mãe. Tapista, mesmo com os escravos, era tolerada no Reinado. Para a insatisfação de muitos. Os anões e os minotauros viam-se com respeito, cada um em sua esfera de influência.

Delrin mantinha boas relações com alguns minotauros e não achava nada demais eles possuírem guardas, sentinelas próprias, independentes da milícia local da cidade. Assim que pisaram no bairro, foram interrompidos por minotauros com lanças e escudos.

- Não podem transitar a esta hora neste bairro.

- Ora, essa cidade não é de vocês seus... – Ferannia ameaçava a boa vizinhança. Mas fora interrompida por Delrin.

- Eu sou Delrin Turgar, clérigo de Khalmyr, o deus da justiça, meus bons soldados. Reconheço as leis locais e as exceções delas para vocês, nobres moradores de Valkaria. Entretanto, venho aqui com um motivo nobre e requisito também uma exceção.

O anão retirou de seu cinto um pergaminho e entregou a um dos guardas. Ele abriu e leu. Se não fosse por um anão, provavelmente nem leria e os expulsaria de qualquer forma.

- Muito bem, podem passar.

Todos passaram surpresos e olhando para o anão.

- Sabia que meu amigão era influente pra caramba! Delrin, preciso dessa sua influência lá num prostíbulo e...

- Cale-se, jovem Korn. Não ouse testar minha paciência.

Arthur acalmou o anão e perguntou como fizera aquilo. Delrin respondeu que era uma carta de um amigo, Áquila, morador de Valkaria há um ano. Ele entregou à Delrin uma carta que permitia que circulasse livremente pelo bairro dos minotauros sem interferências. Encurtar a burocracia para que as igrejas dos anões a dos minotauros pudessem dialogar. Ferannia achava um absurdo os humanos permitirem aquilo e acabou irritando-se com Arthur por tabela. Ele ficou sem entender e meio desnorteado.

Os aventureiros, enfim, chegaram à casa de Áquila.

Um comentário:

R-E-N-A-T-O disse...

Ninguém vai dar sinal de vida pro jogo de domingo não? Me liguem pra confirmar!