quinta-feira, 29 de abril de 2010

A Cordilheira de Kanter


Acampados ainda na caverna que encontraram na praia, os aventureiros faziam sua ronda costumeira. Até que Davie Crown descobriu um goblin, provavelmente batedor, os espionando. Aquele batalhão estava tão perto?
O ladino petryniano avisou aos companheiros e todos se apressaram em tentar pegar o goblin para que ele não avisasse a localização da Confraria. Vanthuir mostrou satisfação em poder contar com sua habilidade de caçador de goblins. Súbito, outros goblins apareceram, armados com bestas, posicionados escondidos nas pedras da encosta da praia. Após uma rápida luta e um considerável atraso, Vanthuir partiu para sua caçada ao batedor.
Apesar de não encontrar seu adversário, ele avistou o acampamento do batalhão, perto da praia. Ele teve a ideia de atacá-los enquanto estavam desprevinidos. Farid apontou a mudança de comportamento do bárbaro das Uivantes, mas este refutou que tenha mudado seu raciocínio:
- Estavamos em desvantagem, não conseguiriamos sobreviver. Agora eles estão despreparados.
A Confraria da Aventura apareceu e começaram os combates. Jean-Luc e Farid foram os que tiveram mais dificuldades, sendo alvos dos soldados goblins, liderados pelos três capitães hobgoblins. O grupo conseguiu vencer a todos depois de uma longa batalha que se estendeu com bastante movimentação tática e magias de todos os lados. Todos saíram satisfeitos com o desfecho, sentiram-se mais orgulhosos e mais capazes. Inspirados pela vitória, continuaram seu trajeto rumo ao objetivo: as montanhas do sudeste. Jean-Luc chegou a pensar na possibilidade de voltar para Molok para averiguar a saúde dos camponeses e também para saber mais detalhes da região em que eles iriam investir, mas guardou pra si o pensamento. O grupo viajou por longos dez dias, completando quase dois meses longe de Valkaria.

***

Durante um dos acampamentos do grupo pelas terras ermas de Tyrondir, eles foram visitados por uma bela elfa de cabelos dourados e olhos azuis. Seu nome era Alevandra e ela procurava por Elros Anárion, o elfo clérigo de Glórienn que costumava seguir o grupo. Entretanto, suas atitudes levaram o grupo a desconfiar de suas intenções. Era sempre misteriosa e calma. Possuia dons mágicos que só ajudavam em manter o clima de suspense. Ela queria saber do paradeiro de Elros e demonstrou saber que ele já não viajava com a Confraria. Quando descobriu que os aventureiros não sabiam da localização do sacerdote, foi embora sem dar explicações de nada...

***

O cheiro de podridão começou a empestear o caminho que seguiam. Aos poucos, uma neblina leve começou a rodeá-los. O cheiro de morte se concretizou em uma pilha de cadáveres humanos um um grande monte no meio do caminho da Confraria da Aventura. Jean-Luc lacrimejou os olhos diante de visão tão cruel. Davie ficou sem palavras tamanha brutalidade e ficou pensando que era sortudo por não morar em Khalifor, a cidade-fortaleza que foi destruída. Farid pensou nas famílias, milhares de pessoas mortas como animais sem importância. Pensou na injustiça daquela cena. Vanthuir foi o único que não se compadeceu. Seu coração duro e visão simples da vida conseguia enxergar similaridade dos atos deles mesmos que caçavam seus adversários e os matavam com os atos da Aliança Negra. Conversaram sobre isso enquanto se distanciavam o máximo possível, sem perder de vista o caminho. O contorno de Khalifor deveria ser bastante cuidadoso, pois se fossem pegos, dificilmente sairiam com vida.

***

Dois dias depois de marcha com paradas cirúrgicas de oito horas de descanso não foram suficientes para que a imagem da crueldade goblinoide se apagasse das mentes dos aventureiros. Porém, encontraram uma grande floresta no caminho. Sem hesitar, atravessaram o caminho florido e cheio de vida animal para tentar ocupar suas mentes.
No dia seguinte, pela manhã, a floresta ainda não dava sinais de fim. Quando encontraram uma enorme clareira que poderia caber uma vila humana sem problemas. A clarera abrigava muitas estátuas de cavalos e outros animais. O grupo começou a se dividir, investigando cada estátua que possuia um poema e runas indecifráveis. Davie Crown ficou bastante entusiasmado querendo descobrir para que serviam. Farid entendeu que elas eram embuidas de poder mágico arcano e ficou bastante curioso. Quando decifrou a palavra de ativação de uma estátua de uma águia, o grupo foi abordado por um gnoll.
Por suas palavras e por sua postura, demonstrava que não era um gnoll comum. Apenas Vanthuir o considerou lixo, mas não tinha postura de combatê-lo porque talvez não valesse a pena preocupar-se com adversário tão fraco. O gnoll parecia nervoso e dizia para o grupo sair daquela floresta que lhe pertencia. Ou todos iriam pagar com suas vidas. Farid disse que sairia, mas falou a palavra de ativação na malandragem. E desapareceu num passo de mágica. Todos ficaram perplexos com aquilo. Davie Crown, Jean-Luc e Vanthuir se entreolharam incrédulos e tentavam discutir o que fariam. Davie não aguentou e correu para a estátua da águia. E desapareceu ao pronunciar a palavra de ativação. Jean-Luc disse ao gnoll que eles iriam embora seguindo aquele caminho, com seus amigos. O gnoll já havia conjurado uma espada de madeira, enorme, com grandes espinhos. Ele pensava em aniquilar o resto do grupo e disse que não sabia para onde eles haviam sido levados. Ou se estavam vivos.
Jean-Luc desapareceu em seguida. Antes que Vanthuir fosse também, ameaçou:
- Um dia eu voltarei.

***

Montanhas mais altas que a vida cercavam o ambiente totalmente desolado de vida. O céu estava escuro, envolto em núvens negras ameaçadoras que ditavam constantemente um clima pesado no ar. Os quatro aventureiros se entreolharam. Alguns irritados com a atitude de Farid, outros vendo com a atitude dele uma boa ação de fugir de morte certa nas mãos daquele gnoll de poderes estranhos.
Eles puderam observar um grupo de grifos voando sobre eles, indo em direção a uma montanha próxima. A Confraria da Aventura temia estar em um local muito distante de seu objetivo. Temiam ter posto a perder toda a missão. E também temiam por suas vidas, pois não sabiam que seres poderosos habitavam aquele lugar desolado, inóspito, hostil.
Farid pensou estar nas Montanhas Sanguinárias, uma grande cadeia montanhosa e muito perigosa que ficava próximo de sua cidade natal, Thiumphus. Porém, o encontro com um grupo de goblinóides fez essa dúvida praticamente sumir. Provavelmente estavam na cadeia montanhosa onde a fortaleza Khundrukar estava escondida. Pois eles viam o grupo da Aliança Negra, em uma formação bizarra como se fossem aventureiros. Havia um guerreiro, um ranger, um mago e um clérigo de Ragnar da raça dos hobgoblins e um bárbaro ogro. Eram poderosos e, assim que se perceberam, os dois grupos começaram as lutas.
Após uma batalha muito difícil, a qual Vanthuir - a força e resistência do grupo - fora derrubado duas vezes e Farid esteve perto de morrer, a Confraria saiu vitoriosa. Tentaram usar o ranger arqueiro para conseguir informações, mas decidiram que não valeria a pena. Vanthuir esmagou sua cabeça.

***

Mesmo andando sem rumo ou direção definida, o grupo achou o que parecia ser uma entrada secreta dentro de uma caverna, quando decidiram parar para descansar. Davie Crown fez as honras e descobriu uma escadaria secreta. O grupo seguiu pela passagem e caíram numa grande caverna oculta nas entranhas de uma grande montanha.
Lá estavam presentes dois seres, homens-lagartos. Eles liberaram um urso marrom que quase matou Jean-Luc, mas não foi páreo para a grande rajada de fogo de Farid e a maça de guerra de Vanthuir. Agora, a Confraria estava praticamente sem recursos, sem poções de cura para prosseguir. O que fariam?

6 comentários:

Capuccino disse...

"O que fariam?"

Esperarão o clerigo voltar ^^

Bom post, aldi!

Marins disse...

Nem vamos!

huahuauha

Marins disse...

Alias Jean Luc lembra mt o Tony Stark, fanfarrão total!

hauhauhua

Capuccino disse...

HAuAHUAhAUAHUAHU XD

Marins disse...

Galera sei que Renato viajou mas Caputo e Daniel querem mestrar e jogar... Como faremos?

É possível jogar?

Dudu disse...

Jo puedo!