quinta-feira, 19 de junho de 2008

Enquanto isso em Arton...


Arton, ano 950, Lamnor, Planície de Yughart.

O verde da grama estava tingido de vermelho. Corpos e mais corpos de soldados anônimos estavam estirados ao chão. Renngard caminhou sobre os corpos não se preocupando de desviar deles. A guerra tinha chegado ao fim e estava ganha. Em certo momento ele parou e olhou para um cadáver em particular, um que por anos tinha sido o objeto de seu desejo de vingança. Lá estava ele, Corullan VI, caído de bruços. Sua outrora impecável armadura estava perfurada em vários pontos e cortada pela lâmina de espadas em outras. Sua grande espada bastarda cravejada com esmeraldas e magificada pelos mais poderosos magos do reino jazia ao seu lado. Renngard abaixou-se e pegou a espada – ele vencera. Corullan o traidor estava morto, ele fora vencido.
No horizonte Renngard observou um cavalariço trazer seu cavalo, um corcel negro de porte imponente. Ele montou no majestoso animal e seguiu em direção aos seus novos reinos que a vitória na guerra lhe presenteara.


***



Renngard adentrou o grande palácio de Cobar. O povo da capital estava apreensivo. Sabia que o novo governante faria um anúncio. O que seria? Qual seriam as notícias? Seriam elas boas ou ruins?
Eram ruins.
- Povo de Cobar. Eu Renngard, estou aqui para anunciar a pena que seu reino receberá pela traição de seus governantes. Todos vocês, sem exceção, estão condenados ao exílio. Serão encaminhados pelo exército de Solavar até o istmo de Hangpharstytha em Arton-Norte e abandonados à própria sorte e jamais poderão voltar.
O povo reagiu. Gritou, protestou, porém eram só camponeses e comerciantes. Em poucas horas os soldados fizeram com que todos pegassem os pertences que podiam carregar e abandonassem a cidade. Como sentenciado pelo novo imperador, o povo evacuou, sobre a escolta dos soldados, o reino.
Renngard marchou em direção à sala do trono. Vassalos abriram as imensas portas do cômodo onde encontrava-se o trono de Wynallan I. Renngard caminhou em direção ao trono.
“Aqui começo meu império.” Disse ele após sentar-se. “Ninguém, em qualquer época, tomará estas terras de mim. Nunca mais.”
Preparou-se durante meses até que todo o ritual estivesse completo. Guardou o resultado na mesma sala que um dia pertencera ao Rei de Cobar. E por ali ficou, até os dias de hoje.



Arton, ano 1402, Lamnor, Interior da Floresta da Claricea Vermelha.


O último evento atrasara em pelo menos dois dias a viagem dos aventureiros. O dragão que se fez passar por guia, levou-os a uma área distante do real caminho que deveriam seguir, fazendo com que tivessem que retornar praticamente todo o caminho que fizeram.
Retornar tudo não era o pior. O sentimento de culpa que todos tinham em si pelo fato de terem sido enganados isso sim era ruim, e a perda de Elina doía a cada vez que paravam para descansar e olhavam para o corpo enrolado em panos brancos providenciados por Patrick.
Cinco dias se passaram com poucos contratempos na floresta até que se visualizassem os primeiros sinais do reino abandonado de Cobar. Lylê seguia guiando o grupo e tinha se mostrado melhor do que ele próprio imaginara. Pequenas casas de pedra surgiam aos poucos na paisagem hoje tomadas pela floresta, mas o objetivo principal era o palácio real.
O palácio real de Cobar era conhecido pelas suas majestosas torres e suas lindas janelas de vidro. Hoje, Allihanna ficaria envaidecida do que a natureza fizera com o reino de Cobar. Azgher estava quase se pondo quando os heróis cruzaram os muros da cidade. Árvores tomavam conta de tudo. Musgo cobriam as paredes, as altas torres não resistiram à guerra e ao tempo. Todas estavam caídas e em ruínas. Os fracos raios de luz que Azgher produzia àquela hora do final de tarde, tornavam a visão de todos mais magnífica. Tudo o que poderiam encontrar ali deixou os corações dos aventureiros mais aquecidos. A história do lugar, o passado que ali continha e as possibilidades de novas descobertas fez com que todos parassem antes de uma bela ponte que resistira ao passar dos anos. Todos estavam bestificados com a visão e pararam um pouco para admirar a vista. Os panos brancos começaram a se mover. E Elina disse: “Perdi alguma coisa?”
Todos sorriram.

6 comentários:

Aldenor disse...

"Corações aquecidos"...viadinho!
auhauhauhauhauha
Parece que alguém andou estudando a História de Lamnor ahahuuhahua

Marins disse...

hehehe


eh mt bom ter um servo de thyatis

alias como c escreve?

=)

Aldenor disse...

Vc escreveu certo: Thyatis
O tatataraneto de Max é um paladino de Thyatis, nascido em Hongari, Triunphus! Heheheh

R-E-N-A-T-O disse...

MAX DE CU EH ROLA!

Dudu disse...

huauhhuahuauhauhahuuhaua


Shou!

Aldenor disse...

MAX É O QUE HÁ!