quinta-feira, 12 de junho de 2008

Enquanto isso em Arton...


Arton, ano 1402, Lamnor, Interior da Floresta da Claricea Vermelha.

O calor aumentava à medida que se embrenhavam na floresta. O ar era úmido e quente. Respirar era difícil naquele lugar. O cansaço, mas não esmoreciam em sua busca. Kathleen parecia conhecer bem os caminhos daquela floresta, o que era excelente para todos já que tinham pouca experiência em caminhar em florestas. Para a maioria o verde constante e as árvores muito próximas faziam com o caminho se tornasse um imenso labirinto. Os encontros com animais selvagens também se tornaram mais simples. Eles podiam agora simplesmente ignorar a presença deles usando a experiência de Kathleen que tinha bom manejo com criaturas silvestres.
Dois dias se passaram e a expedição tornara-se mais veloz do que previam. Todos comemoravam a presença de Kathleen.
Todos, exceto Lylê.
Ao amanhecer do terceiro dia, Lylê escreveu com sua letra miúda num retalho de pergaminho “Verifique, por favor, a verdade nas palavras de Kathleen, já fui traído uma vez, e hoje conheço um traidor à distância”, e entregou a Patrick. Ele recebeu e leu. O sorriso costumeiro em seu rosto sumiu e ele retribuiu um olhar de preocupação a Lylê. Patrick retirou de sua bandoleira um pequeno pote e nele adicionou gordura, açafrão e pó de cogumelo, misturando tudo, fez um ungüento. Patrick pediu, “Marah, minha mãe e deusa da paz, revele-me aqueles que desejam a guerra através da traição”. Nisso Lylê viu no rosto de Patrick que ele estava certo. Patrick viu a verdade. Kathleen era na verdade um dragão verde.
Como era cedo e todos estavam terminando seu desjejum, Patrick aproximou-se de Elina, e sussurrou em seu ouvido a verdade. Elina recuou. Assentiu para Patrick. Ele voltou a ficar perto de Lylê. Elina aproximou-se de Thorin tocou em sou ombro e pediu “Glorioso Thyatis, dê-lhe a coragem de um leão”.
Elina deu dois passos para trás e disse “Kathleen, revele sua verdadeira forma para todos e diga suas verdadeiras intenções, assim será poupada”.
O que se viu depois disso, aconteceu em frações de segundos, Kathleen levantou, soltou uma gargalhada e transformou-se em um dragão verde, que parecia muito antigo. Era imenso. O medo tomou conta dos corações de Thomas e Lylê. Aquela criatura era muito poderosa para eles, a simples imagem de tamanho poder, tamanha imponência, os fazia temer por suas vidas. Protegeram-se como puderam, mas o dragão respirou fundo e soprou. Um jato de ácido saiu de sua bocarra. Os aventureiros sentiram sua pele descolar dos ossos. O ácido corroia tudo, pele, cabelos, unhas, armaduras.
Os paladinos não podiam sentir medo. Elina gozava da coragem dada por seu deus. Ela investiu clamando pelo poder de Thyatis. A espada bastarda de Elina rasgou o couro duro e escamoso do dragão. Thorin, protegido pela bênção que Elina previu não sentiu medo, muito pelo contrário, sentiu seu sangue virar fogo. A coragem tomou conta dele e ele correu em direção do dragão golpeando-o com seu martelo que congelou o couro dele ao tocar suas escamas, mas o dragão não deixou barato, durante a corrida de Thorin, suas garras acertaram o anão rasgando sua carne fazendo o sangue jorrar em quantidade abundante. Patrick pediu a Marah por mais bênçãos e Thomas e Lylê pararam de correr desesperados. Nisso Jezz correu e deu um potente chute do dragão acertando seu flanco, mais uma vez o dragão cravou suas garras em quem se aproximou dele, fazendo com que mais sangue tingisse o chão de vermelho. Thomas disse palavras arcanas e uma imensa bola de fogo explodiu no dragão. O dragão rugiu de dor. Lylê acertou uma flecha de besta no olho do dragão deixando-o cego. O dragão parecia furioso, rugia e atacava. Elina recebeu uma mordida no ombro que quase lhe arrancara o braço. Garras acertaram Thorin e Jezz. Elina acertou mais dois golpes, Thorin também mais dois com muita força. Thomas conjurou mais uma vez um cone glacial fazendo com que uma nevasca saísse de suas mãos. Patrick adiantou-se para curar Jezz que sangrava muito devido aos últimos ataques com suas garras. O dragão mordeu Elina. Ela viu tudo ficar preto. Sentiu as chamas de Thyatis levarem-na. Thorin atacou mais uma vez, mais um potente golpe com o martelo congelante. Lylê e Jezz em seguida. Thomas viu o ódio surgir em seu coração quando Elina tombou. Ele queria matar, ele queria o fim daquele dragão. Ele queria vingança. Palavras mágicas foram pronunciadas novamente. Um raio verde saiu da ponta do seu dedo indicador direito. O dragão tentou resistir a magia, mas não conseguiu. Sua carne começou a desaparecer. Tudo começou a desaparecer, ele virara pó. Desintegrado. Um dragão que não pesara menos que oitocentos quilos desapareceu no ar, não deixando mais pó do que caberia num dedal.
Mas Elina não estava mais entre eles. Patrick aproximou-se, estudou o estado dela. Mas não havia nada que ele pudesse fazer naquele momento. Thomas sentou-se numa pedra e chorou. Todos sabiam que ela voltaria. Todos conheciam bem a bênção dos paladinos de Thyatis. Eles eram imortais. Não no sentido literal. Eles podem morrer. Mas retornam da morte sempre, até que encontrem a morte final. Então por quê? Por que isso não tornava as coisas mais fáceis? Por que era tão difícil superar a perda de alguém?
Eles tinham que continuar. Patrick dividiu com Jezz a responsabilidade de carregar o corpo de Elina. Eles seguiriam por alguns dias sem ela até que ela retornasse da morte. Pelos cálculos de Lylê chegariam a Cobar em mais uns três dias de caminhada. Agora eles estavam sem a líder. Lylê tomou a dianteira. Ele lideraria a equipe, e prometeu mais uma vez a si mesmo, nunca mais seria traído.

7 comentários:

S i n n e r disse...

¬¬
Puta covardia matar o paladino de Thyatis hein? Só por que eles voltam sempre?
Matar é legal cara, ainda mais em contos, onde tudo é bonito e poético. Esperava a morte do clérigo de Marah, BWAHAHAAHAHA
Tá ficando muito boa a história, espero que a criatividade não acabe antes de terminarmos nosso projeto ok?
Abraços e adièau
PS.: Que maginho buchinha né? Só bola de fogo e cone glacial? Precisa de umas aulas com Vecna sobre como aniquilar dragões.

R-E-N-A-T-O disse...

Ela foi a primeira a morrer, isso não quer dizer que os outros estejam a salvo do mesmo destino.

O mago tem as magias que eu lembro na hora de to escrevendo. HAHAHAHa, o escritor que tem um grimório vazio...

Dudu disse...

uhauhauhauhauhauhaua

Lylê!! =~(

Mimimimi!!!


Ta boua! Caraca, li uns 5 textos agora, um século sem entrar no pc!

Viu! Sabia que era traição!

Dudu disse...

E eu acho que esse quiz foi marmelada...
A Elina não pode estar na votação porque é morte certa...
Quero uma nova votação!

Aldenor disse...

AHUUAHUHAHUA Traição de novo?!?! Você disse que não seria traição!! ahuauhahuhua
Eu sabiiiiiiiiia que ela ia morrer, não porque ela era imortal, mas porque... sei lá. Chutei na hora. Na verdade, votei em Patrick e na Elina.
Da próxima vez, faça o que o povo quiser! Na próxima enquete mate quem o povo decidir! huahuahuahua

Ah, mais uma cousa: talvez eu tenha que sair do RPG 15:30 =(

Dudu disse...

FODA-SE!

uhauhauhauhhauhuauha
Zuera =*

Eu descobri que tenho aula com uma "amiguinha" sua! Da tua turma...

Uma tal de Lia... sei lá, meio gordénha e loira, fuma como uma condenada...

POWER TO THE PEOPLE!!!! \0/\0/\o/\0/\o/\O/\O/\Q/\6/\9/

Aldenor disse...

Lia?
O__O
Lilian, não é não? auhauhhuauhaauh
Conheço a peça...