sábado, 21 de março de 2009

Nereus - O UniCórneo




Em uma bela casa em Tapista um grito de dor é acompanhado do choro de uma criança. Gaia, devota de Allihanna, acaba de dar a luz a seu primeiro filho, e a dor do parto é demais para que permaneça consciente.
- Nereus! Meu filho!
Pontus é um minotauro muito grande e forte, e proporcionalmente orgulhoso. Desde jovem fora marinheiro sob a guarda naval patrulhando os mares e realizando missões em nome de Tapista. Por sua força e determinação chegou a ser capitão de seu proprio navio, e fez seu nome perante o Princeps até sua aposentadoria. Se tornou mercador por não conseguir viver longe do mar e, para continuar a inflamar seu orgulho e força, negociava escravos.
Gaia havia sido capturada juntamente com a druida que a ensinava os caminhos de Allihanna. A druida fora vendida, e Gaia se tornou escrava de Pontus.
Ajudando no parto havia um escravo, um clérigo de uma divindade fraca e desconhecida que ele chamava pelo nome de Lecanone, e que Pontus havia comprado a pouco tempo. Ele era muito prestativo e estava se mostrando cada vez mais útil, apesar do baixo preço a que foi comprado.
- Isso sim que é criança! Olha o tamanho desse filho da puta! Quase arregaça toda minha mulher!
- Sim senhor, não sei o que seria dela se eu não estivesse aqui, nunca vi um bebê tão grande!
- HA! Olhe! Puxou ao pai! Acabou de nascer e já tem o caralho maior que o seu!
- Erm... Claro senhor...
Nereus era mesmo maior que o normal. Minotauros são grandes e fortes por natureza, ele era simplesmente maior e mais forte. Conforme crescia e essa vantagem se tornava mais aparente, Pontus iniciou um treinamento intensivo com seu filho na arte do combate a fim de aproveitar sua força à maneira de Tauron.
Enquanto isso, sem a menor suspeita de Pontus, Daelan, o clérigo escravo, arquitetava seus planos. Era na verdade clérigo de Hynnin, Ahleniano, e estava associado com Karovius, rival de Pontus e minotauro com muito menos escrúpulos. Com o passar dos anos, Daelan conseguiu fazer com que Pontus tivesse sérios problemas financeiros, e começasse a perder espaço para Karovius. Nereus ainda era novo, mas a situação de Pontus se tornou tão grave que não restava escolha, com apenas 14 anos(não sei o equivalente na idade minotaurica) Nereus lutaria como gladiador.
Apesar da idade seu tamanho compensava. Graças ao treinamento com seu pai, ja possuia músculos de guerreiro e seu manejo das armas não era mal. Lutava com facilidade, e vencia da mesma forma.
Começou a ficar conhecido, seu nome começava a ecoar nos infindáveis corredores de Tapista e o orgulho de Pontus começava a se recuperar.
Mas os planos de Daelan não haviam se finalizado. No dia da final de uma grande competição, Nereus recebeu uma terrivel notícia a respeito de seu pai. Seu orgulho estava ferido, seu nome destruído e sua honra manchada. O mensageiro lhe convenceu de que deveria fugir, de que seu pai queria que ele tivesse uma chance de fazer o proprio nome em Arton, sem a macula que Pontus trouxe para sua familia. Com gestos e palavras estranhas Nereus foi transportado para um descampado de encontro a uma armadilha. Um grupo de 8 homens armados estava a sua espera, e atacaram. Nereus era inexperiente em combates fora da arena, e suas arma e roupas não eram ideais pra esses adversários. Lutou bravamente, até mais do que se poderia esperar dele, mas foi derrotado.
Acordou em uma cama de pedra, em um comodo simples, apenas um quarto com uma porta fechada. Se levandou devagar sentindo as feridas por baixo dos curativos e sentiu uma forte dor no lado esquerdo da cabeça, estendeu a mão esperando sentir o ferimento que lhe causava tal dor e o que descobriu foi sem precedentes. Um de seus chifres havia sido cortado! O chifre esquerdo havia sido removido quase pela base, deixando apenas um cotoco de superficie lisa no lugar. Seu desamparo foi terrivel. O que haveria de acontecer com ele agora? Fora enganado, não fazia idéia de onde estava, seu nome desonrado e agora isso! Desabou novamente e, esbravejando contra Tauron começou a chorar. Ficou assim durante alguns minutos até se recompor. Resolveu seguir em frente, descobrir ao menos onde estava. A construção era uma casa de pedra de um andar, espaçosa e curiosamente confortável. Conforme se aprofundou nos aposentos começou a ouvir um som repetitivo, metal contra metal, um martelar incessante. Seguindo o barulho, saiu da casa e se deparou com uma forja a céu aberto. Em seu interior se encontrava um anão trabalhando compenetradamente.
Descobriu que seu nome era Gondir, voltava em uma caravana de uma viagem longa, desde Valkaria quando passaram pelo enorme corpo estirado no chão. Percebeu o movimento de sua respiração e colocou seu corpo em uma das carroças mais vazias. Cuidou de seus ferimentos durante a viagem até chegar aqui. Ficara desacordado por 4 dias. Soube enfim que se encontrava em Zhakarov, e após um tempo de explicação entendeu o quão distante ficava de casa.
Passou um tempo se recuperando na casa de Gondir, e durante esse tempo começaram a se conhecer.
Se deram bem desde o principio. Gondir entendia muito de armas, e parecia ser experiente na batalha também. Nereus aprendia ávidamente com a experiencia de Gondir, e se interessava cada vez mais por suas histórias. Descobriu o que era um aventureiro, e soube dos perigos do mundo. Gondir por sua vez se intrigava pela historia do jovem minotauro, se condoeu de sua situação, mas também estava impressionado com o tamanho e força do rapaz. Nereus acabou ficando, ajudando Gondir nas tarefas de ferreiro e em troca aprendia o manejo das armas e as tecnicas de combate do anão.
Anos se passaram e Nereus já havia aprendido o que Gondir estava disposto a ensinar. Havia um tempo se acostumou com a idéia de que teria que viajar, encontrar o caminho de casa para descobrir o que havia acontecido com seu pai. Entretanto tinha medo da verdade e já haviam se passado muitos anos, atrasava sua partida. Até um dia em que Gondir lhe disse que deveria partir em breve, mas que antes ele queria testar uma coisa.
- Presenciei seu aprendizado em combate, e vi sua impressionante facilidade no manejo das armas. Nunca vi alguem conseguir utilizar com tanta facilidade armas que seriam grandes demais para uma pessoa comum empunhar com apenas uma mão, mas você conseguiu. Claro que seu tamanho não é comum, isso facilita as coisas mas... Mesmo assim, tenho um ultimo treinamento com você, e será para mim um teste e um agrado.
Entregou nas mãos de Nereus duas armas de tamanho descomunal, uma maça e um malho.
Treinaram durante semanas o combate nessas armas, e quando Gondir julgou que estava pronto disse:
- Essas armas eu trouxe de Valkaria na viagem que te encontrei. Um presente de um amigo na esperança que eu conseguisse reproduzir. Provavelmente pertenceu à alguém que ele derrotou. Espero que você se torne mais habilidoso com elas do que seu antigo dono.
E se despediu.
E assim partiu Nereus, rumo ao sul, numa viagem sem grandes esperanças de chegar ao final.

7 comentários:

Dudu disse...

Foi mal Caputo, se tiver meio ruim.
Levei 8 horas pra escrever essa jagaça, total sem ânimo.
Fiz meio corrido pq acabei pensando numa historia muito grande, aí nem coloquei diálogo nem nada.

Beijundas

Aldenor disse...

Maneiro... Um minotauro porrador! Uhul!

R-E-N-A-T-O disse...

Sou elfo! AFF

Capuccino disse...

Foi mal nada!

Foi bom pra kct! uAuAHuA ^^

Parabens :D

Dudu disse...

Sou elfo?

Não entendi...

Oo

R-E-N-A-T-O disse...

Minotauros escravizarão elfos... sacou?

Dudu disse...

Ih!

Meu futuro escravinho!