quarta-feira, 27 de maio de 2009

O Druida de Allihanna


Leonardo Meliamne nasceu em Tollon, o Reino da Madeira, num círculo druídico. Sua mãe era uma elfa chamada Lellyandorane Meliamne, uma jovem druida, tão forte quanto impulsiva. Cargan era seu lobo companheiro animal e ela viveu muitas aventuras pelo mundo. Conheceu um homem chamado Max Reilly, que era guerreiro, que era errante como ela. Apaixonaram-se e viveram alguns meses juntos. Quando perceberam que a paixão havia acabado, se separaram e nunca mais viram um ao outro.
Então Lelly engravidou. Suada em seu parto, sentiu que o filho era forte e carregava em seu sangue uma descendência poderosa. Não era um meio-elfo, como se esperava que fosse uma cria de um cruzamento de homens e elfos. Era totalmente humano em sua aparência, mas desde cedo era muito saudável, muito forte. O garoto tinha olhos verdes e cabelos loiros, como os da mãe, mas sua expressão era idêntica ao do pai.
Criado no meio druídico, Leonardo Meliamne, como preferiu se chamar ignorando o sobrenome do pai, treinou para se tornar em um guerreiro da natureza. Usou armas, usou armaduras, aprendeu a utilizar os milagres da deusa. Tinha determinação para se tornar forte o suficiente para defender Allihanna e lutar contra seus agressores. Aos quinze anos conheceu aquele que seria seu companheiro, o lobo Cânin, descendente dos lobos mais fortes de Tollon. Quando completou dezoito anos, conheceu um dos maiores segredos dos Druidas de Allihanna de Tollon: o Coração de Allihanna. Tratava-se de um artefato, em formato de círculo que pulsava energia branca. Ele não soube exatamente quais seriam seus poderes, mas soube que era uma de suas maiores tarefas: proteger o item com sua vida e jamais contar a ninguém sobre sua existência.
Nem aos druidas de outras comunidades que não Tollon.
Uma vez uma comitiva de druidas vindo de Ahlen visitou o círculo druídico onde Leonardo morava. Foram bem recebidos e acolhidos com festa durante três dias. Os mais sábios conversavam em reservado sobre assuntos poderosos e importantes demais para um jovem como Leonardo. A ele, ficou a tarefa de cuidar dos animais dos druidas viajantes. Assim, ele conheceu Eliana, uma druida tão bela quando estudiosa.
Lembrava sua mãe em alguns aspectos. Era uma humana graciosa. Ambos conversaram sobre a estrada, sobre os druidas que viviam em Ahlen. Leonardo aprendeu que ali os homens viviam da intriga, da inveja, da traição. Os druidas tinham muitos problemas para manter os espaços de Allihanna preservados. Os druidas não eram considerados sábios em Ahlen como eram em Tollon. Não faziam parte da sociedade auxiliando-a com seus recursos, mas eram perseguidos como charlatães, criminosos e bárbaros.
Eliana era uma estudiosa sobre os povos druidas espalhados pelo mundo e conheceu certa vez um grupo de druidas que vivam auxiliando uma tribo de bárbaros, em Petrynia. Os bárbaros desapareceram após o ataque de um dragão negro e apenas um druida sobreviveu. Ele salvou o único sobrevivente daquela tribo, ainda bebê. Havia uma lenda que naquela tribo nasceria um grande guerreiro que descenderia do seu fundador, um titã antigo. Aquele druida teria salvado o grande guerreiro ainda bebê. Ela tinha suposições que o dragão negro teria eliminado aquela tribo temendo o grande guerreiro.
Leonardo ficou curioso sobre o assunto. Queria saber mais. De alguma forma, sentiu-se ligado aquela história. Seu pai era um desconhecido e ele sabia possuir o sangue de algum ascendente poderoso também desconhecido. Mas, em troca da continuação daquela história, Eliane mostrou sua faceta ardilosa: queria conhecer os segredos daquela comunidade druídica.
Negando a princípio, Leonardo foi embora daquela fogueira, dormir sozinho. Estava nervoso por querer muito saber sobre sua vida, mas não queria trair sua comunidade. Colocou os designos da deusa e os preceitos da comunidade acima de suas ambições egoístas. Eliane, entretanto, não queria ceder. Naquela noite adentrou na cabana onde morava Leonardo e tirou suas roupas. Seduzido, Leonardo não teve muita opção.
Depois do coito, ela usou de doces palavras para convencê-lo que estava apaixonada e que queria passar o resto de seus dias com ele, naquela comunidade. E, uma vez morando ali, poderia saber sobre os segredos do lugar. Leonardo mordeu a isca, não se sabe se por magia ou por inocência.
No dia seguinte, acordou com um chute no estomago. Assustado e lutando contra a dor, percebeu que seus músculos estavam travados. Olhou para o lado e percebeu ervas que logo identificou como anestésicas. Fora enganado. Viu à sua frente o líder da comunidade e dezenas de outros druidas com lanças apontando para ele. Sua mãe estava do lado, chorava em silêncio, severa e com expressão de nojo. Leonardo havia quebrado a regra da comunidade e por conta disso, os druidas de Ahlen se revelaram traidores, ambiciosos que queriam tomar o Coração de Allihanna.
Leonardo foi expulso da comunidade. Até os animais daquela região o olhavam com desprezo. Sem muitas opções e com a vida arruinada, ele foi embora de Tollon. Não andou muito para descobrir que era seguido por Cânin, seu companheiro animal. Então ele percebeu que não fora abandonado por Allihanna, e teria uma segunda chance.
Dessa forma, ele decidiu que deveria realizar grandes feitos em nome da deusa tentando se redimir do grande pecado que cometeu. Allihanna olharia por ele.

4 comentários:

R-E-N-A-T-O disse...

Sábia decisão se livrar do Ikaro.

Aldenor disse...

Ikaro é melhor como NPC mesmo.
Leonardo, apesar de já ter aparecido em Crônicas (e, consequentemente existir no mermo mundo da União Sinistra) o atual nível da campanha Guerras permite que a mini-aventura com Tildror tenha de fato acontecido sem maiores problemas. Hehehe

Marins disse...

=)

hehe

Capuccino disse...

Será que alihanna ainda olha por ele?? =pp

:D