Kalag
1º, Luvitas, 1410 CE.
A morte de Dorks ainda nos
assombraria por muito tempo posteriormente a esta data. Entretanto, os eventos
que se sucederam à sua morte foram únicos e extremamente importantes. Podemos
dividir a história deste grupelho de aventureiros em um antes e depois à morte
do nosso troglodita que não sabia falar o Valkar. Ainda assim, era um dos mais
sensatos do grupo, por sua sabedoria instintiva. Ainda que, no final de sua
vida, sucumbisse à loucura da fúria bárbara.
Aliás, sua morte causou danos
em todos nós. Quando Elinia soube de sua morte, por exemplo, demorou bastante
para voltar a ser alguém útil ao grupo. Chorou e lamentou profundamente. Pela
primeira vez, via uma menina de dezesseis anos. A druida, sempre tão madura e
sábia, estava fragilizada como uma donzela de sua idade apropriada. Não quis confortá-la,
pois já havia desencantado romanticamente dela e também não havia possibilidade
de entender sua dor. A relação dos druidas frente a outros seres vivos é
diferente, é algo que um jovem da cidade como eu jamais entenderia. Acredito
que nem o mais inteligente entre nós, Nathaniel, era capaz de compreender
aquilo.
Porém, não foi somente Elinia
que se abalou. Emocionalmente, ela foi a mais atingida, é claro. Conhecia o
troglodita há muito mais tempo que qualquer um de nós e, aparentemente, ele
havia salvado sua vida em algum momento importante de sua vida. Entretanto,
como eu disse, mais pessoas foram afetadas. Vi o pesar no rosto de Drake, o
lefou paladino. Ele não era mais um paladino, pois havia quebrado um dogma de
seu deus, mas ainda carregava nos ombros uma responsabilidade que ninguém lhe
havia delegado. Ele pegou sozinho, assumiu e se sentia um zelador do grupo. Vi
também Blasco tristonho. Harel, entretanto, eu não notei muita comoção. Não o
culpo de frieza, pois ele era o mais novo naquela contenda e não conhecia Dorks
como nós.
Mas foi Victor quem mais me preocupou.
A morte de Dorks o deixou também visivelmente abalado, ainda mais porque, como
eu, viu a morte de Dorks pelas chamas divinas do Rei dos Dragões Vermelhos. Mas
aquele acontecimento parece ter danificado um pouco sua cabeça. Eu não tenho
como chamá-lo de fracote por ter sucumbido à loucura, quando eu mesmo não
sucumbi. Eu demonstrei bastante controle emocional durante a tragédia. Talvez
por minha prévia experiência em pequenas aventuras durante a adolescência em
Valkaria. O fato é que Victor parecia paranoico, agitado e cheio de medo. Ele
via Sckhar em todos os lugares. Sobrevoando nossas cabeças, nadando no lago
atrás de nós. Sempre à espreita. E ele estava bem convencido que estávamos
todos loucos e cegos por não enxergarem a ameaça de Sckhar.
Nathaniel teorizou que o trauma
de ter visto em ação um deus o deixou perturbado demais. No começo, eu cheguei
até a concordar com Victor, achando que Sckhar, por ser um deus, poderia estar
escondido, só esperando para nos aterrorizar. Mas depois de ouvir o clérigo de
Wynna, percebi que fazia pouco sentido. Éramos insignificantes demais para
chamar atenção de um deus.
Pelo menos a atenção DESTE
deus.
Nos encontramos com o resto do
grupo algumas horas depois. Elinia, Blasco, Harel e Drake haviam encontrado um
grupo de druidas de Allihanna que não pareciam lá muito amigáveis. Tomei como
exemplo a própria Elinia. Mal encarada, cara fechada a maior parte do tempo.
Druidas não são amigáveis, não entendem a complexidade das relações
civilizadas. De qualquer maneira, depois de decidirmos ficar à beira do lago
esperando o novo contato com os druidas, eu finalmente senti que podia
descansar. E precisava muito, depois de ver um deus em ação destruindo tudo com
fogo.
Perguntei sobre os tais druidas
e Elinia afirmou que eles tinham uma missão para nos contar, algo relevante
envolvendo os deuses bondosos. Entretanto, eles não contaram nada, pois o grupo
não estava completo.
E eu pensei: “O grupo jamais
estará completo. Dorks está morto”.
Mas, para me contrariar, outro
deus veio nos visitar.
Enquanto começávamos a sentir
muita fome, muita fome MESMO, vimos um tipo de veado andando pela parca
vegetação que começava a aflorar devido ao milagre de Allihanna. Eu comecei a
me aproximar com uma espada em mãos. Acho que Blasco e Harel também se
dispuseram a caçar comigo. E Drake também, mas não acho que ele queria caçar.
Elinia se pôs entre nós, rude como de costume.
- Até este momento eu que provi
a comida para nós e continuarei a fazer isso. Neste caso, se afastem, pois pode
não ser um veado comum. Pode ser um druida.
Eu guardei a espada na bainha,
irritado. Queria dar umas respostas duras como “desculpe se meu estômago não
aguenta esperar seu luto” ou “não conseguiria caçar com tantas lágrimas no
rosto”, mas considerei isto um verdadeiro abuso e deixei pra lá.
De fato, não era um veado
comum. Mas também não era um druida.
Era a própria deusa da
natureza, Allihanna em pessoa. Ou em animal.
Afinal, tínhamos uma grande
missão pela frente. Nossos passos foram, segundo a deusa da natureza, guiados
desde cedo para este momento. Vários deuses bondosos, incluindo Thyatis, o deus
de Drake e de Blasco, estavam unidos contra o que parecia ser um plano de um
deus maligno que havia acabado de retornar ao Panteão, fazia uns cinco anos.
- Kallyadranoch. – Eu já sabia
antes de ser dito seu infame nome.
Quando vi Sckhar e sobrevivi a
sua fúria divina, havia decidido derrota-lo. Pensava que uma força tão poderosa
quanto aquela não poderia existir para o mal. Ele era um deus tirano e
aterrorizante. Ele havia se tornado meu nêmeses, minha meta, meu objetivo a ser
alcançado. Nathaniel chegou até falar que não sabia se torcia para eu ficar tão
poderoso a ponto de enfrentá-lo ou não. Talvez eu tenha ficado um pouco insano
também, a exemplo de Victor.
De qualquer maneira, se Sckhar
era praticamente inalcançável, imagine o deus maior que o criou. Kally, para os
íntimos, era o deus dos dragões e do poder. Ele praticamente inventou o
conceito de poder e, com isso, suas maiores crias. Dragões. Eu tenho sangue de
dragão correndo em minhas veias, então me sentia um pouco criatura de Kally
também. Mas claro, não contei nada sobre isso para ninguém daquele grupo. Não
me recordo o motivo disso, na verdade. Talvez por não achar que havia chegado
um momento crucial, clímax de nossas aventuras.
O plano de Kally era recuperar
os rubis da virtude para, de alguma forma, reconstruir seu colossal corpo. Sem
falar que se alguém destruir um rubi, um deus morrerá. Pelo menos foi isso que
Allihanna nos contou. Os rubis da virtude foram os itens mágicos mais cobiçados
do mundo durante muito tempo, até o Paladino de Arton surgir com todos eles
incrustrado em sua armadura. Ele havia se tornado o vetor do bem, o campeão da
justiça que combatia o mal. Não havia tirado, monstro ou demônio páreo para
ele. Até que ele enfrentou Mestre Arsenal e foi derrotado. Tiro meu chapéu para
o ex-clérigo da guerra. Depois de derrotado, o Paladino de Arton foi um joguete
nos planos malignos de Sszzaas, o deus da traição, para retornar ao Panteão.
Ele corrompeu o Paladino e isso o levou à sua destruição. Os rubis
desapareceram para sempre. Fazia dez anos que não se ouvia falar deles. Até
hoje.
Para combater este plano, nós
fomos escolhidos pelos deuses para combater os servos malignos que trabalharão
para Kallyadranoch. Mas, para isso, nós tínhamos que fazer um sacrifício. Um de
nós teria que morrer em um ritual para que ganhássemos poder de localizar os
tais rubis da virtude.
Elinia e Blasco foram os
primeiros a se voluntariar. A druida eu entendo, afinal, era sua deusa que
estava pedindo. Mas Blasco? Esse halfling caolho tinha alguns miolos a menos na
cabeça. Ou tinha muita mania de grandeza. Não sei dizer. Eu também me
voluntariei, tentando ser um pouco malandro.
- Não dá para cada um de nós
dar um pouco do sangue? Assim ninguém precisa efetivamente morrer... – não
dava, é claro.
Até que Drake decidiu ser o
sacrificado. Ele começou com argumentos ruins, como ser o mais inútil do grupo,
pois não tinha poderes de paladino. Mas ele era o melhor combatente, depois do
falecido Dorks. E eu estava sem minha katana. Mas depois o lefou paladino nos
convenceu que havia recebido uma visão em sonhos do próprio Thyatis. Chegaria
uma hora em que ele teria que se sacrificar. E, aparentemente, era óbvio que a
hora era esta.
Feito a decisão, ele se postou
no meio do espaço específico do ritual e definhou diante de nossos olhos. Por
um passe de mágica, ele estava mais velho que alguém poderia suportar. E
morreu.
Porém, renasceu paladino de
novo. Thyatis o acolheu e devolveu seus poderes divinos. Eu já sabia que isso
ia acontecer. Era muito óbvio aos meus olhos. Não era para algumas pessoas do
grupo como Victor e Patrick ou mesmo Harel, mas eu não era um total estranho
frente a situações mágicas estranhas como aquela.
Não demorou muito e seguimos
nosso caminho. E encontramos mais um deus. Para mim, Nathaniel, Patrick e
Victor, era o terceiro deus. Para os outros que não presenciaram o terror do
Rei dos Dragões Vermelhos, era o segundo deus.
Trames, o deus das escolhas. Um
deus menor, mas ainda assim, um deus. Sua presença era forte, algo visivelmente
diferente. Dava para sentir sua presença avassaladora. Ele nos cumprimentou por
termos aceitado a oferta de Allihanna e acabou me entregando um presente. Sim,
eu ganhei um presente de um deus. Primeiro, eu quase fui morto por um. Depois,
fui incumbido de uma tarefa por outro. E agora recebo um presente de outro.
Isso tudo em dois dias!
Trames nos deu também três
caminhos a seguir para começar nossa missão para Allihanna. Um cemitério
antigo, mas simples; uma cabana no meio do nada e uma floresta tropical. Nós
começamos a discutir bastante sobre o destino o que levou a uma das mais
importantes decisões daquele grupo.
Se antes éramos um bando
fugindo dos soldados de Sckhar e do pistoleiro mercenário, agora éramos um
grupo de aventureiros escolhidos pelos deuses para uma missão sagrada.
Nathaniel levantou a necessidade de termos um líder. Precisávamos eleger alguém
para dar a palavra final, a decisão que não poderia ser contestada. Ele mesmo
sugeriu que Drake fosse este líder. Ele possuía o maior senso de
responsabilidade para com todos nós e havia se sacrificado também. Eu apoiei a
ideia no mesmo momento, apesar de ter criado algumas rixas com ele por possuir
pontos de vista bem diferentes.
No fim, todos escolheram Drake
para ser nosso líder. Só faltava um nome para o grupo. E, como líder, a
primeira atitude dele foi escolher qual dos três caminhos a seguir. Ele
escolheu o cemitério. E foi amplamente apoiado. A floresta tropical era o destino
mais detestável. Estávamos todos cansados de florestas, exceto Elinia, por
motivos óbvios. E a cabana no meio do nada não parecia nada atraente. O
cemitério podia significar uma vila, aldeia ou alguma comunidade civilizada.
Sim, precisávamos de alguma civilização urgentemente.
Entramos em uma espécie de
portal mágico e surgimos no tal cemitério ao entardecer do dia primeiro de
Luvitas, no primeiro dia do inverno. E mesmo assim, o lugar era abafado e
levemente quente. Ou seja, estávamos, provavelmente, em Sckharshantallas ainda.
Essa teoria perdurou até encontrarmos hobgoblins, mais tarde.
Antes desse encontro, outras
coisas aconteceram.
Eu tentei abrir a caixa
cumprida de madeira que me foi entregue pelo deus das escolhas, mas não
consegui quebrar com as mãos. Drake se voluntariou e usou seu martelo de
combate para quebrar a madeira. Dentro, havia uma katana. Mentira, havia a
katana de Satoshi Yamada. Seu presente definitivo para mim. Meus olhos
lacrimejaram ao ver aquela arma. Senti saudade de casa, dos meus pais, de
Satoshi, de Valkaria. Tirei a lâmina da bainha lentamente, me deliciando com o
som agudo. Medi seu tamanho e curvatura. Balancei para sentir o peso. Eu não
estava tão desacostumado assim. Depois de tanto tempo lutando com lanças
rústicas, espada curta, espada longa de soldado, eu pensava que tinha
endurecido a mão. Mas não, bastou tocar na katana para sentir sua leveza e
dureza ideais. A familiaridade era nítida em minha mão.
Embainhando a arma novamente,
saí com Victor e Blasco do cemitério em direção à aldeia à nossa frente.
Realmente, havia uma comunidade ali. Estávamos distraídos, jogando conversa
fora. Meu humor era o melhor de todos, só comparado ao dia em que encontramos o
Lago Allinthonarid. Fomos chamados atenção por Drake, sisudo. Cheguei a pensar
que ele estava mais chato ainda por ter se tornado líder.
Mas acontece que sua
preocupação era genuína. Ele havia encontrado, junto com Patrick, uma tumba
aberta por dentro. Ou seja, o morto havia acordado e saído para um passeio.
Significava que a aldeia podia estar em perigo. Ou mesmo abandonada. Ou
destruída. Decidimos todos irmos juntos até aquela comunidade.
As casas eram de madeira velha,
rústica. Havia umas cinquenta casas, mais ou menos. Lembrava-me bastante
Ridembarr, a cidade-satélite de Valkaria onde passei minha infância.
Subitamente, vimos as portas das casas se abrirem lentamente. Um cheiro pútrido
tomou conta dos arredores. Pessoas saíram de dentro das casas com braços
erguidos, cambaleantes. Graças à magia de luz de Elinia (ou Nathaniel ou
Patrick, nunca soube quem começa essa magia), pudemos ver mais acuradamente.
Eles estavam em estado de putrefação. Estavam mortos, animados por algum
macabro ritual mágico. Eram mortos-vivos.
Saquei minha katana e não pude
deixar de sorrir. O barulhinho da lâmina percorrendo a bainha me deixou bem
entusiasmado e ansioso. As criaturas eram lentas demais, foram presas muito
fáceis para mim e minha katana. Drake, Blasco, Victor, Harel e Elinia não
tiveram muita sorte. O paladino de Thyatis usava um martelo, que causava pouco
impacto na carne já apodrecida dos mortos-vivos. Blasco usava duas espadas de
lâmina diminuta que serviam apenas para furar, a exemplo das flechas de Harel.
Também pouco fazia diferença para quem já estava morto e sem pontos vitais.
Victor e Elinia usavam os punhos e um bordão, respectivamente. Seus golpes
assemelhavam aos de Drake, por isso, não eram tão efetivos.
Mas eu e minha katana estávamos
devastadores. Um golpe, um morto-vivo caído que não se levantava mais. Cortei
ao meio dois, três, quatro. Ao final, havia destruído metade deles sozinho.
Passeei pelo campo de batalha, desviando das gavinhas conjuradas por Elinia ou
das áreas escorregadias conjuradas por Nathaniel. Patrick também não tinha
problemas com seus mísseis de energia mágica. Derrubava praticamente um com
cada conjuração. Ao final, não tivemos tantos problemas assim. Por mais que
fossem resistentes (para os outros, claro), os mortos-vivos eram lentos e muito
fracos. Quase ninguém se feriu.
Pelo menos, aquele combate
serviu para eu ganhar mais confiança. Lutei muito bem, tive uma excelente
atuação. Meu forte, além dos golpes precisos com a katana, é a movimentação
durante as lutas. Desvio dos golpes com facilidade quando me movo assim. E
desenvolvi isso muito bem nestes últimos dias me aventurando ao lado do grupo.
Ao final do combate, antes que
pudéssemos pensar em descansar, ouvimos passos pesados. Pessoas com armaduras.
E eram os hobgoblins.
Harel não nos deu tempo nem
para nos surpreender. Sacou uma flecha e cravou na minúscula fresta que a
armadura de talas de metal permitia. Cravou outra em seguida e o combate
começou rapidamente. Derrotei dois hobgoblins e percebi que eles eram
adversários mais poderosos que os soldados de Sckharshantallas. Eram treinados
militarmente e muito bem organizados. Havia um líder, um hobgoblin mais alto e
mais forte com um escudo mais pesado e uma espada mais mortífera.
Considero que lutei bem, mas
não tanto, pois quando fui enfrentar o tal líder, não consegui acertar nenhum
golpe. A defesa do hobgoblin era dura e impenetrável até para minha katana. Com
um único golpe, ele quase me elevou a óbito. Cortou do ombro até a cintura,
praticamente, em diagonal. Afastei-me rapidamente do campo de batalha, que
estava concentrado na área onde as gavinhas de Elinia mantinham os inimigos com
seu deslocamento prejudicado. Longe do combate, não ousei mais lutar. Nathaniel
estava concentrado em curar Drake e em lutar, a exemplo de Elinia, então, não
sobraria tempo para mim. No fim, vencemos aquele pequeno contingente de
hobgoblins. Deixamos um vivo, apenas. O líder, apenas. Harel queria mata-lo a
todo custo, mas Drake decidiu que ele ficaria preso e isso teve de ser
respeitado. Ele era o nosso líder.
Não demorou muito para
recebermos mais uma visita. Dessa vez, não agressiva. Mas muito exótica. Era um
elfo e um orc, juntos, como se fossem aliados ou coisa assim. Apesar da cena
pitoresca, pude repara mais neles. O orc era enorme, tinha uns três metros. O
elfo era magro e esbelto, como era de se esperar de um elfo aventureiro.
Parecia até bastante com Harel. A julgar por suas mochilas e equipamentos,
pareciam aventureiros também.
O elfo se chamava Castiel e era
um bardo. Sujeito simpático, fui com a cara dele à primeira vista. Já o orc se
chamava Gulsh. Ele sabia falar, contrariando a cota de aventureiros
não-falantes do grupo que Dorks deixou em aberto. Sem muitas perguntas sobre
eles, apenas soubemos que estavam sendo escravizados pelos hobgoblins.
Necessariamente terrível. E eles acabaram de nos falar o reino em que
estávamos. Nada menos que Tyrondir, o Reino da Fronteira. Sim, atravessamos o
mundo inteiro graças à escolha de Drake com Trames.
Depois de uma discussão do
grupo com os dois desconhecidos, resolvemos que era mais saudável passar aquela
noite de descanso ao norte da cidade, não muito longe do combate com os
hobgoblins. Incertezas começaram a pairar sobre minha cabeça. Mas quando é que
não pairavam?
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