sexta-feira, 24 de abril de 2009

Conto de fadas


Era uma vez um fazendeiro. Este fazendeiro vivia em seu pedaço de terra no reino de Pondsmânia. Ele era muito pobre e mal podia sustentar sua família que era composta de uma esposa e quatro filhos todos bem pequenos. Seu pedaço de terra era árido e pouco produzia. Vender sua produção na cidade era muito difícil para ele visto que seus legumes e verduras eram pequenos e mal formados.

Um dia quando estava na beirada da floresta que há próximo ao seu pequeno pedaço de terra rachando lenha, o fazendeiro avistou uma pequena criatura. Essa criatura não tinha mais que trinta centímetros, voava numa velocidade muito grande que seus olhos mal podiam acompanhar. A criatura era uma fada, mas o fazendeiro não sabia. A diminuta criatura pousou sobre uma pedra e olhou o fazendeiro com seus grandes olhinhos de inseto.

- Quem é você? – Perguntou o homem, que mal possui cinco dentes em sua boca.

- Eu sou Volk, e você humano, quem é? – Retrucou sem medo a pequena criatura.

- Sou Mizael. O que é você? - Quis saber o fazendeiro em sua ignorância.

- Sou um Sprite, ou fada, ou criatura feérica, como preferir. Sou filho de Wynna, a deusa da magia.

O homem ficou intrigado, olhando para o pequeno sprite (que agora ele sabia ser macho) como se visse um pequeno deus. Ele já havia ouvido lendas contadas por sua avó que algumas criaturas podiam realizar desejos, dizia sua avó que as fadas eram uma delas.

- Você realiza desejos? – O homem perguntou.

- Não, mas sou capaz de sortilégios mágicos. – Disse de maneira simples a fada.

- O que isso quer dizer? – O homem mal entendia o que o sprite falava, seu vocabulário era estranho para uma pessoa tão sem estudo.

- Quer dizer que posso fazer magia. Coisas aparecerem e desaparecerem, por exemplo. – Respondeu o sprite.

Após dizer isso a fada agitou seus dedinhos e uma espécie de brilho cobriu suas mãos, logo após toda a lenha estava rachada. O fazendeiro sorriu maravilhado como um simples gesto pudesse economizar o trabalho de um dia inteiro.

- Virei aqui todo dia lhe ajudar humano, e lhe mostrar as maravilhas dadas por Wynna, a deusa da magia. Aguarde-me aqui amanhã e em menos de uma semana haverá lenha suficiente para aquecer sua família por todo o inverno vindouro.

- Vou separar a lenha e trazer aqui amanhã então meu pequeno. Se você me ajudar todos os dias, poderei vender a lenha sobressalente na vila e assim ter um inverno mais gordo! Adeus pequenino!

- Adeus Mizael. Então até amanhã! – E com um aceno a fada simplesmente desapareceu diante dos olhos do maravilhado fazendeiro.

Assim foi durante as semanas do mês de Terraviva. O fazendeiro levava a lenha e o sprite chamado Volk a rachava. O fazendeiro vendia as sobras na vila e pôde comprar mais comida, mantimentos e até mesmo uma vaca para dar leite para sua família durante o inverno.
Certo dia após ter vendido toda a lenha que possuía, Mizael foi até a taverna e contou a todos a pequena maravilha que lhe acontecera. Todos ficaram curiosos e impressionados, mesmo lendas desse tipo sendo comuns no reino.

Dois dias depois, após atrelar sua charrete já vazia à cerca próxima de casa após mais um dia de venda de lenha, Mizael encontrou todos os seus filhos e sua esposa amordaçada e inconsciente na sua cozinha. Um homem aguardava por ele. Seu capuz cobria-lhe o rosto e Mizael que já não enxergava bem devido a idade já um pouco avançada, não pôde ver o rosto do assassino de sua família.

-Sente-se. – Disse o assassino.

- Quem é você. – Disse Mizael em meio às lágrimas.

- Sente-se ou será o próximo. – Ordenou o assassino.

- Quero saber exatamente qual é o trato que tem com a fada. Quero que me conte tudo que ela lhe disse ou mato ela também. – Disse apontando uma espada curta para a esposa dele.
E assim foi feito, durante toda noite o homem contou palavra por palavra o que a fada havia lhe dito. Os sortilégios que havia feito.

No dia seguinte, ao pousar na pedra que foi o ponto de encontro por todo outono, Volk descobriu que a pedra dessa vez guardava uma armadilha. Barras de metal encantado trancaram Volk em uma jaula. Nem mesmo suas magias mais fortes foram capazes de dar-lhe a liberdade. Mizael jazia morto aos pés de um homem de capuz que agora gargalhava de êxtase.

- Vamos Volk, clérigo de Wynna. Você será o próximo. – Disse o assassino em meio a risadas.

Volk orou para Wynna para que pelo menos pudesse despedir-se de seu filho que havia sido expulso de casa por sua intolerância.

O assassino olhou para dentro da jaula e riu sadicamente.

- Não é hora para preces Volk. – Disse e após entrou na floresta escura carregando a jaula consigo e desapareceu em meio à folhagem.

7 comentários:

R-E-N-A-T-O disse...

PS: Volk é o Pai de Aust para aqueles que não sabem. Tive que bolar coisas para o histórico dele por conta própria.

S i n n e r disse...

Maldito, postou minutos antes do último episódio de Aurora ficar pronto.
De acordo com o Caldela, agradecer não encerra o "contrato mágico" entre a fada e seu beneficiado? Afora isso, o conto não revela muito do nossa fada-pires. Mesmo assim, tá valendo.
Abraços e adièau.

PS.: Próximo episódio domingo.

R-E-N-A-T-O disse...

O conto é meu e não do Caldela, mas consertei mesmo assim!!Hunf! hahahaha

Hahaha! Postei antes! mas ficou com hora depois pq fiquei editando mil vezes pra ficar bom.

Aldenor disse...

Para um tipo de fada pode cancelar o acordo e tal... sprite é uma raça, mas mesmo ela pode ter mil variantes. Como humanos tem suas variantes de cores, sprites podem ter suas variantes mágicas e tal.
Aust perdeu o pai! AHAHAHAHA

S i n n e r disse...

Bem senhores, foi apenas uma pergunta sincera já que o universo alterado pelo Caldela é o que norteia os nossos jogos. De qualquer jeito, HaHa! Se fudeu Aust. De lambuja mata a mãe e estupra as irmãs pra ver se ele fica um pouco mais homem (tecnicamente).
BWauhauhauahua
Acho que ele (e os múltiplos personagens do ernandístico Caputto) era o último que faltava postar background aqui correto?
Aguardo a segunda parte enquanto escrevo o sétimo capítulo dos prólogos. É guerra. ò.ó
Abraços e adièau.

Capuccino disse...

Ernandistico pq? Oo

Eu nem troquei de personagem! (exceto por motivo de morte)

Dudu disse...

Ui!