sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Crônicas Artonianas #20 - O Conto


FOGO E TREVAS


Há muito tempo, duas criaturas opostas em quase tudo se encontraram. O fogo e as trevas. As bênçãos de Wynna, a deusa da magia, são dons únicos, são a maior das maravilhas concedidas por um deus a um mortal. Os outros deuses concedem poderes pequenos, como se dados por fruto de seu orgulho. Os poderes divinos são um arremedo da capacidade dos deuses, um sonho dos mortais em se igualarem aos deuses. Mas Wynna concede, em sua grandiosa sabedoria e bondade, um pouco de seu próprio poder aos mortais.
Entretanto, ela ignora distinções morais. Seu dom, seu presente, é dado tanto àquele de coração mais puro quanto àquele de coração mais enegrecido pela maldade. Foi assim que surgiu a batalha entre Thyrus Lyr'nur e Ilker.
Um era abençoado por sua bondade no coração, ávido por justiça, ávido por liberdade, principal opositor e agitador das pessoas contra o tirânico reinado de Schkarshantallas. Era um feiticeiro de imenso poder e dominava o elemento do fogo.
A outra, por sua vez, possuía a mesquinharia típica de sua espécie. Uma medusa com o coração embrutecido pela maldade, deturpador, depravado. Dividia em seu coração o culto à Wynna e Tenebra, a deusa das trevas, a abençoava com sua maldade.
Ambos se encontraram pela primeira vez em alguma terra erma por este mundo e seus poderes se confrontaram. Dois abençoados por Wynna, divididos pelo bem e pelo mal. A luta fora travada por décadas, até que o bem triunfo. As chamas vermelhas de Thyrus sobrepujaram as trevas malignas de Ilker. Seu depravado poder fora aprisionado numa Gema de Poder e seu espírito completamente destruído.
Wynna não é a única que abençoa seus filhos com seu dom. Nimb, o deus do caos e da sorte abençoa a todos e ao mesmo tempo amaldiçoa. Quis o destino distorcido pela aleatoriedade que esta Gema de Poder fosse herdada por alguém de seu sangue.
O poder das trevas está novamente como Thyrus queria que seu povo estivesse: livre. Sob julgo de um novo portador...

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