segunda-feira, 17 de março de 2008

X-Men Chronicles - Episódio II


Tiros. Ou seriam fogos de artifício? Ou batidas? Batidas na porta. Ainda dormindo, Sean vai até a porta e encontra um James semi-vivo. Ou quase morto. Destruído.
Tentando entender o que aconteceu mal se nota andando para fora da mansão. A chuva lava seu pijama. O céu, escuro, irascivo, girando como uma criatura descontrolada. Cercando. Espreitando como um predador voraz. A chuva e os ventos não o deixam ver o rosto de James. Seus lábios se movem, tentando sussurrar algo. Nem ele próprio consegue ouvi-lo. O rosto de James se aproxima de sua cabeça. Agora ele vê, aturdido. Olhos inchados, fisionomia abatida. Uma alma esfarelada.
“Por que eles não nos deixam em paz? Não respeitam nem santidade do nosso lar. Por quê? Estou cansado. Agora eles vão pagar. Caro.”
Mal consegue ver sua silhueta se afastar indo em direção ao céu. Apurando a visão, se esticando ao máximo ele o vê durante um clarão de relâmpago. Um pequeno homem. Desprezível. Flutuando no seio da tempestade. Se rosto quase em júbilo, seus olhos ferozes, seu sorriso sádico.
Algo se parte dentro dele, algo que era a muito reprimido. Seu caminho, tortuoso, severo, doloroso o fez esquecer o que jazia lá, bem no fundo. O motivo, o real motivo de ser o que é hoje. A causa de sua gênese. Sua linha vital. A ira.
Mas um segundo, longo, interminável, permite que ele veja. Uma ira maior que a sua. A muito mais tempo reprimida. O que jazia lá? Quais demônios encerravam-se no fundo daquela alma?
James ataca. Tangível. Peito aberto. A selvageria era sua armadura e a ira sua arma. O pequeno homem mal pode notá-lo. O silvo foi mais alto que a tempestade, mais assustador que os trovões, mais letal que a ira de Deus. O peito do homem explode em um vermelho vivo, quase brilhante. Mas o ataque não cessa. Pobre alma, escolhido para expiar suas frustrações, descarregar sua ira. Flutuando ante o homem, sem mover um músculo ele o dilacera. Ataca inclemente. Corta, esmaga, rasga, explode.
O corpo inerte cai daquela altura indizível, para o vazio do mar negro. A noite se cala, a tempestade cessa repentina, breve com uma batida de coração. Um coração agora calado.
------------------------------------------------------------------------------
Olá a todos novamente. Eis que lhes apresento a segunda parte da continuação de X-Men. Como havia dito antes, não sei aonde a narrativa vai me levar e o agouro não é lá tão bom. Garanto que o tempo recompensará os que esperarem. Não se precipitem em críticas ou sugestões (que ainda assim estou aberto a ouvir).
Saudades. De todos.

Abraços e adièau.

4 comentários:

R-E-N-A-T-O disse...

Caraleo! James matou?! Como assim?! :~~ ele não mata... tadinho. Veverá com culpa eterna.

Aldenor disse...

Assassino!!!!!!!
ahauhahuha

Marins disse...

vero... temos mais um assassino na equipe.

=p

Anônimo disse...

uhauhauhauau

Boiei um pouco.