segunda-feira, 17 de março de 2008

Enquanto isso em Arton...


Arton, ano 1402, Isengard, Palácio de Nurmengard.

Uma mulher humana, loira usando um peitoral de aço, admira pela janela do palácio os plebeus terminando a construção de suas novas casas. Em outro canto da mesma sala, sentado num confortável sofá e comendo uma maçã retirada de uma bela fruteira de prata sobre uma das mesas, está um Halfling de olhos de cores diferentes usando um colete de couro confortável e nenhum calçado. A mulher loira vira-se, olha pro Halfling e diz:
- Sente direito pequeno! Eles já estão chegando, tenha um mínimo de compostura.
- Ah, os nobres, estes sim sabem viver! – Elogia o Halfling comendo mais um pedaço da maçã.
A porta se abre, e dela surgem duas figuras. Um humano usando uma armadura completa de batalha sem o elmo e uma grande espada bastarda na cintura. Ele tem a barba bem feita e seus cabelos parecem ter sido cortados por um cirurgião de tão perfeitos. A imagem dele inspira coragem. O outro é um elfo de olhos cabelos negros e longos, ele usa vestes que parecem feitas de ouro e usa por cima um magnífico robe. Seus pés não tocam o chão, eles flutuam um pouco acima do solo. Sua presença é poderosa, estar de frente com este elfo é estar de frente com um deus. Literalmente.
- Vossa santidade, que honra o convite. Trouxe meu amigo como pediu.
- Olá Elina Messeder, paladina de nosso glorioso deus - diz Christopher Connery, Rei de Isengard – Seja muito bem-vinda você e seu pequenino amigo.
- Por que todos adoram se referir a mim como pequenino? – Indaga Lylê, o ladino.
- Deve ser porque você é enorme. – Diz Vecna, deus da retribuição em seu ácido humor.
- Tá, mas por que estamos aqui? Elina não quis me dizer nada... Fez um mistério. Odeio suspense! – Lylê continua com suas perguntas.
Christopher senta-se em outra confortável poltrona enquanto vecna apenas cruza as suas pernas e continua a flutuar como se fosse à coisa mais normal do mundo. O Rei acompanha com interesse o olhar curioso do Halfling.
- Não temos muito tempo para longos discursos nem para longas conversas. Vamos direto ao assunto. – Vecna fala – Precisamos de aventureiros para o nosso reino e Christopher disse que você se interessaria Elina. E pediu também que você trouxesse consigo o maior número de aventureiros de seu nível que conseguisse. Pelo visto não obteve muito êxito.
- Não são muitos que seriam capazes de formar um grupo de elite para um reino. – Há de convir.
- Então nós somos um grupo de dois? – questiona Lylê – Ta, ok. E o que ganhamos com isso?
Christopher toma a palavra:
- Ganham setenta por cento dos espólios que conseguirem nas aventuras e receberão financiamento para iniciarem elas.
Elina e Lylê se olham, ela parece desaprovar sua cobiça, Lylê se sente desafiado e diz:
-Quê?! Achou que eu ia arriscar meu traseirinho de graça?!
-Olha como fala diante de Líderes! – Elina se sente indignada.
-Acha mesmo? Somos muito diferentes. Mas confio em você. E vamos aceitar.
Lylê sorri visivelmente agradecido pelas palavras de confiança.
- Ok. Eu topo. Quando começamos? – Lylê concorda.
- Imediatamente – diz Vecna.
- Partiremos amanhã em busca de mais integrantes. – Diz Elina.
Eles levantam, cumprimentam-se e saem. Christopher e Vecna de volta aos seus afazeres de governar um reino. Elina e Lylê, para a sede do protetorado recém construída pela magia de Vecna. Lá chegando vão dormir preparando-se para partir no dia seguinte. Deitam em suas camas. Até que Lylê pergunta:
-Para onde iremos Elina?
-Ainda não sei, mas tenho certeza de que teremos uma resposta em breve.
Fecham os olhos e adormecem.

***


O chão é brasa. As árvores imensas tochas. Apesar da agressividade do lugar, Elina se sente bem. Ela pode reconhecer o local. Ela caminha pelo local, sobe uma colina, e lá do alto pode avistar uma aglomeração de pessoas. Elas estão chamando por ajuda e fugindo. Elina pode ouvir o barulho de metal contra metal. Espadas ela pensa. E começa a correr.
Lá chegando ela tem noção do que acontece. Parece que pessoas estão invadindo um vilarejo, onde as casas são feitas de lava incandescente sobre o chão de brasa. Os aldeões tentam se proteger como podem, mas são muito inferiores em suas habilidades de combate que os seus agressores.
Quando ela vê insurgindo da multidão um rosto conhecido. É Thomas Woodward, seu amigo de infância, que sonhou em ser um estudioso das ocultas artes arcanas e fez disso seu maior problema. Ele chega envolto numa aura de poder, com ódio no rosto. Pronuncia palavras arcanas e faz surgir explosões e relâmpagos de suas mãos. Ele salva a população camponesa do vilarejo.


***

Lylê sacode Elina.
-Ande Elina! Acorde! O sol já nasceu e o galo está rouco de tanto cantar! Vamos nos atrasar se quisermos partir hoje ainda para o desconhecido.
-Não é mais desconhecido Lylê. Sei para onde irmos e onde nosso próximo companheiro está. Thyatis me mostrou.

6 comentários:

Rubro Negro disse...

Excelente. Tanto pela literatura quanto pelo conteúdo. Faz bem em lembrar desses npcs que são razoavelmente poderosos e que podem fazer parte do Protetorado de Isengard

Marins disse...

gostei.

=)
jogo?

R-E-N-A-T-O disse...

To esperando a resposta de dudu pra marcar.

Anônimo disse...

Ahhh!
Pode marcar no sabado!
Volto na sexta entonces!
Ta marcado, bjundas!

Aldenor disse...

Ih! É o Rubro Negro "não tem medo de morrer!"

Aldenor disse...

Ih! É o Rubro Negro "não tem medo de morrer!"