terça-feira, 5 de agosto de 2008

Enquanto isso em Arton...




Arton, ano 1402, Lamnor, Interior do castelo de Cobar.


Thomas começou a estudar as paredes do hall de entrada ajudado por Jezz. Existiam algumas inscrições em Lakar que poderiam ajudar. Elina estudava tudo com certa preocupação. Sua habilidade de detecção da maldade estava a pleno vapor, ela sabia, pela intuição dada por Thyatis, que haveria alguém maligno a derrotar naquele lugar. Lylê passava as pequenas mãos nas paredes, ele era acompanhado de Patrick e Thorin nessa operação. A intenção de era achar alguma passagem, entrada ou túnel secreto.

Havia certa tensão no ar desde que um canto feminino fora ouvido vindo das profundezas do castelo. Elina começou a retirar-se do grande hall de entrada e dar inicio a exploração de outras câmaras, chamou os demais e prosseguiu indo em direção a um corredor grande e amplo.

O silêncio foi quebrado então pelos passos dos aventureiros ao adentrarem uma grande câmara que parecia ter sido devastada por alguma espécie de incêndio. Na câmara havia fuligem e restos de madeira que fora transformada em carvão por algo muito quente. O que chamava atenção na sala era uma grande porta de carvalho que continha alguns símbolos, que Patrick, Elina e Thomas logo identificaram como sendo uma espécie de selo, que provavelmente trancava algo dentro da sala. Mais uma vez silêncio enquanto todos estarrecidos olhavam a porta.

BAMMM

Uma batida forte na porta fez todos darem passos para trás e preparar-se para um eminente combate.


***


Vestindo trapos, um humano com barba por fazer aproximou-se do trono, entretanto preferiu não encarar a criatura que ali estava sentada.
- Eles entraram meu Senhor. – comunicou.
- Vamos testá-los então. Solte-o. – Uma voz grave e profunda respondeu.
- Sua vontade é uma ordem, mestre.
Apressado o humano correu até as escadas.


***


A porta se abriu. Cheiro de enxofre envolveu as narinas de todos. Uma névoa avermelhada levantou do chão. Uma criatura fedorenta e que provoca náuseas ao se olhar surgiu em meio à névoa. Havia uma espécie de verme que começava em onde deveria ser o abdômen e saía pela boca como uma grande serpente. Em uma das mãos empunhava uma espada negra que emanava energia negativa.

Os aventureiros entraram em posição de combate. Elina reconheceu a criatura por seu nome característico: Mohrg. Patrick tocou em Thorin e disse “Marah, proteja esse servo das trevas.” Thorin sentiu o toque da deusa da paz sobre seus ombros. Elina investiu clamando por Thyatis. Seu golpe foi poderoso e a criatura pareceu sentir dor. A espada do Mohrg desceu cortando o ar e atingiu Elina no flanco direito. O sangue dela jorrou. Thorin investiu em ajuda a sua amiga, porém a força do golpe pareceu tão grande que acabou-se perdendo precisão e Thorin errou seu golpe fazendo uma grande rachadura no chão que logo se congelou ao toque de seu martelo congelante. Jezz investiu sobre a criatura com um golpe com seus punhos fechados, a criatura levou um soco em suas vísceras que reagiram mexendo-se.

Há momentos em que os ladinos são acometidos da mais pura sorte. Alguns diriam que são olhos perspicazes, outros de que são treinados para aquilo, já os crédulos jurariam pela intervenção dos deuses; seja qual for a verdade, Lylê guiado pela sua curiosidade natural de sua raça entrou na câmara de onde veio a criatura. Lá entrando enquanto a criatura estava ocupada duelando com seus companheiros, ele viu que na sala existia uma armadilha preparada para ser disparada caso o Mohrg não resistisse ao combate com os aventureiros. O dispositivo parecia extremamente rebuscado e ao que parecia estava diretamente ligado ao fato da criatura estar em atividade. Sem pensar duas vezes, Lylê enfiou suas pequenas mãos em sua bandoleira retirou suas ferramentas e começou a trabalhar no desarme do complexo mecanismo.

Thomas notando a ligação da criatura com o elemento trevas começa pronunciar palavras arcanas e uma explosão de luz atinge o morto-vivo. A criatura fica vulnerável, parece pela primeira vez ter sido gravemente atingida. De súbito o verme que sai da boca da criatura ataca Jezz, deixando-o paralisados. Patrick agora teme pelo seu amigo, ele sabe que o verme pode tentar entrar no corpo de seu amigo e uma vez lá dentro, sua vida será perdida e ele renascerá como um morto-vivo também. Desesperado com a situação, Patrick levanta seu símbolo sagrado em forma de coração com uma pena e clama pela sua deusa “Marah! Afaste essa criatura para que ela nos deixe em paz!” O símbolo começa a brilhar a criatura retrocede alguns passos, o suficiente para Elina acertar outro poderoso golpe com sua espada bastarda na criatura.

Lylê continua trabalhando na armadilha, mas sem sucesso. Parece que não conseguirá. Thorin avança em outra investida e atinge o Mohrg bem nas vísceras, elas congelam e a criatura tomba. Jaz agora em definitivo morta.

O teto começa a produzir barulhos estranhos. Lylê vê o mecanismo funcionar. Só restou tempo de gritar “Cuidado! Afastem-se!” O teto desmorona. Grandes pedras caem e soterram parte da sala. Separando alguns e ferindo vários. Quando a poeira baixa Eles começam a verificar os estragos. Jezz está gravemente ferido devido à paralisia que sofreu e não pode proteger-se das pedras. Elina caminha em sua direção para que suas mãos possam curar os ferimentos mais graves. Thorin está ferido, porém de pé. Lylê sai ileso de tudo somente coberto de muito pó, parece que seu tamanho e sua agilidade lhe salvaram a pele novamente. Thomas está ferido também, mas como não havia recebido nenhum golpe da criatura pode agüentar aos ferimentos do desmoronamento.

Faltava um. Patrick. Elina gritou. Sem resposta. Gritou mais uma vez. Nada. Ela olhava uma grande parede de pedra a sua frente. Começou a desesperadamente a remover pedras com seus olhos enxendo-se de lágrimas. Thomas aproximou-se e disse: "Você nunca conseguirá mover todas essas pedras". Elina procurou um olhar de apoio e não encontrou. Thorin olhava as pedras com incredulidade. Jezz estava caído e desacordado no chão. Lylê olhava para Elina, mas sem esperanças no olhar. Thomas passou as mãos nos longos cabelos loiros dela e consolou-a. “Ele foi valente. Mais do que normalmente são. Ele salvou a vida de Jezz e morreu de maneira gloriosa.”

Elina enxugou uma lágrima que teimava em cair de seu olho. Virou-se para a porta e caminhou em direção a ela.

4 comentários:

S i n n e r disse...

Finalmente uma morte, depois de tanta promessa \o/
E começou bem, com o clérigo idiota de Marah, deusa da orgi*ops, paz.
Bom conto, boa morte, espero agora conhecer mais do seu curinga tingalacatinga
uahuahauhuahauhau
Abraços e adièau

PS.: Possível retorno permanente no dia 07/09, pelo jeito que vão as cousas, o grupo só jogará nessa data. Organizem-se!
PS2.: Lillê seu bucha!

R-E-N-A-T-O disse...

O CD para desarmar a armadilha era alto! Coitado!

Aldenor disse...

Que burro! Morreu burramente.
07/09? Espero que joguemos antes pelo menos alguma cousinha...

Dudu disse...

Errei! Mas ainda acho que o monge morre!

Por mim a gente jogamos alguma coisa!
To mei ausente mas to presente! Dificuldades computacionais!

Beijundas!!!