sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Crônicas Artonianas #14 - O Mistério de Hippion



O deus dos cavalos, Hippion, já foi uma divindade mais cultuada em Arton-Norte antes da colonização pelos povos bárbaros. Hoje só se encontra registros de seus cultos em Namalkah, o Reino dos Cavalos. Porém, é possível que alguns templos dedicados a ele ainda existam espalhados por algumas regiões de Arton-Norte. As Montanhas de Teldiskan, certamente, é um deles.
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Noutro lugar, há bastante tempo, vivia um centauro chamado Agouro. Seu nome, uma lembrança de sua vida em tribo, agora servia como motivação para ele. Antes de partir de Bielefeld, se despediu de seu amigo sir Justin McJustice. Dessa vez, este seria um adeus. Viajou até o local onde sua tribo vivia e descobriu destruição. Seguindo sua intuição ligada ao seu treinamento como rastreador, descobriu quem poderia ser as causas de tamanha mazela: Kurumada Sano, o Monge Corrompido. Os dois lutaram brevemente, mas Kurumada, ferido, deu fim ao combate fugindo. Agouro jurou vingança e seguiu sua trilha até Valkaria. Seu espanto e desconforto com um enorme ajuntamento de gente não foram maiores que seu ódio por Kurumada. Descobriu informações valiosas. Seu alvo era um procurado da justiça deheoni, um monge que se entregou à corrupção maior: a Tormenta. O ódio de Agouro estava agora direcionado. Aberrações. Descobriu, então, sobre um grupo de aventureiros que o combateu, semanas atrás e que tinha partido para as Montanhas de Teldiskan. Seguiu sua pista.

***

Tildror abriu os olhos, lentamente. A dor em sua cabeça ainda lhe deixava algumas seqüelas e não pode enchergar muito bem. Havia um balançar lento e monótono. Estava na carroça que o trouxera para a vila atacada por Bernard Jolk. Lembrando deste nome, arregalou os olhos e conseguiu ver direito. Havia Mika, quem cuidava da direção da carroça. Havia Peter, observando os seus companheiros Kuala e Ilendar, ainda desacordados ou talvez mortos. E havia um centauro. "Caminhando" logo atrás. Fez gestos leves e furtivos para averiguar se seus pertences estavam com ele e notou algo estranho. Um colar, ou amuleto. Olhou de esgueira. Havia um símbolo: um polígono de sete lados, com uma naja vertendo veneno pelas presas. Surpresa.

Ilendar e Kuala acordaram em seguida e se deram conta do centauro. Conversaram e descobriram um pouco mais sobre o outro. Aparentemente Agouro ajudaria na busca por Eric Hobsbawm, que poderia levá-lo à Kurumada Sano. Aventureiros são assim: se tratam como amigos mesmo quando desconhecidos. Se ajudam mutualmente se os objetivos forem os mesmos ou similares.
Durante a viagem de volta à Selentine, perceberam que não trouxeram nada dos dois adversários mortos, exceto o que estava em suas mãos, como a chave e o pergaminho junto à Tildror. Chegaram em Selentine depois de meio dia após acordarem. Haviam dormido por dias sem parar devido aos ferimentos. Foram diretamente ao templo de Valkaria falar com o clérigo local, que ficou feliz ao ver o relativo sucesso da aventura. E por ter sua carroça e cavalos de volta. Discutiram sobre a situação atual.
Eric Hobsbawm é líder de uma Ordem clerical devotada a Keenn e Bernard Jolk era um dos membros. Através da carta que encontraram na vila devastada descobriram que a Ordem da Sétima Lâmina de Keenn estava atrás do que Eric chamou de "artefatos" necessários para entregar a uma sacerdotiza negra (supostamente, ligada à Tenebra) para um ritual. As palavras "glorisoso destino" foram usadas. Portanto, ficou a dúvida: será que Bernard Jolk achou o "artefato" para entregar à Eric? Será que já entregou enquanto eles viajavam de volta, feridos, para Selentine? Será que Eric ainda não apareceu? O quanto Eric sabe dos ocorridos? Kuala-Lampur, desesperado por sua irmã, Ilendar buscando a honra de seu padrasto de volta, Tildror intrigado com algumas partes não reveladas ao grupo (como eles sabem a verdade?)
Decidiram, por fim, voltar à vila devastada e ao templo de Hippion nas Montanhas de Teldiskan. Não podiam perder tempo. Arrumaram novos equipamentos e partiram. A viagem foi fácil, o inverno estava brando nesse momento. Chegaram novamente. Após algumas investigações no solo por parte de Agouro, descobriram que dificilmente Eric Hobsbawm havia passado por lá. Desceram aonde haviam derrotado o clérigo de Sszzaas e o clérigo de Keenn. Ainda estavam imóveis, fedidos. Fizeram uma busca demorada, precisa, detalhada. Acharam uma passagem secreta que abria com a chave. E encontraram alguns itens curiosos: quatro cavalos de pedra no tamanho real, pesando mais de 3 toneladas, na cor branca, bronze, negra e azul. Além de dois incensos. Depois de algumas horas resolvendo como retirar os cavalos de pedra e levá-los à superfície, descobriram que todos eram itens mágicos. Após algumas análises imprecisas, algumas palavras mágicas que Tildror havia aprendido anos atrás, as surpresas não pararam.
O cavalo negro após desperto com a palavra baeshra, aparentemente, reagiu ao ouvir o nome de Eric Hobsbawm e começou a cavalgar numa direção. O cavalo branco fez o mesmo, mas ao ouvir o nome de Kurumada Sano. O grupo, então, supôs que eles iam até os respectivos donos dos nomes... o que fazer?


4 comentários:

R-E-N-A-T-O disse...

Caraca! Não sei qual cavalo seguir! Os dois vão em direções opostas... Que merda! ARGH!

Mas tenho um cavalo de pedra azul lero-lero.

Marins disse...

=p


merda eu keria o preto...

=p


faltou a conversa de Tildror com o "corruptor" e a conversa do grupo sobre Tildror

Aldenor disse...

É... mas a cabeça já não lembra mais... da proxima vez serei mais sucinto e tentarei fazer tudo num só post.

R-E-N-A-T-O disse...

Sucinto nada! Romanceado e prolixo é mais bonito.