segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O Garoto Monge

Numa manhã ensolarada perto de uma cordilheira montanhosa entrecortada por uma floresta úmida e quente, Luke caminhava com arrastando um grande tronco de árvore, roliço e pesado. Era estranho ver um rapaz magro, mas com músculos querendo se definir, carregar metade de uma grande árvore. Apesar de sua aparência, ele detinha muita força oculta. Luke era um monge, um lutador como um guerreiro, mas suas armas eram suas mãos, pés e corpo, enquanto sua armadura era sua percepção, agilidade e resistência.



Enxugando o suor daquela terra quente e úmida por influência da floresta, Luke chegou à sua cabana mais cedo do que imaginava. Deixou o tronco perto da entrada de sua morada e foi pegar uma machadinha. Em poucos minutos transformou tudo em lenha.
“Agora só falta decidir o que comer. Ontem eu comi coelhos, acho que hoje será peixe.”
Sorrindo, Luke correu pela floresta, saltando sobre raízes, desviando de galhos traiçoeiramente mais baixos, pulando em cipós de árvores muito altas até chegar ao leito de um riacho.
Luke era muito jovem e muito isolado. Nunca conheceu nada além dessa floresta e ocasionalmente um pouco do sopé da cordilheira. Desde que nascera, viveu com seu avô e também mestre de artes marciais. Katashi era um monge de uma ilha muito distante e devastada e Luke era a última pessoa que sabia de sua arte. Honrados, os tamuranianos desejavam manter vivos sua tradição e seu modo de vida e para isso tomavam como seus alunos e pupilos, tamuranianos ou não. A arte marcial era mais do que apenas técnicas de luta desarmada, mas sobre filosofia de vida. O estilo de Katashi ensinava a igualdade de todos os seres vivos, onde todos tinham um poder que mantinham as forças cósmicas do universo coeso. Era chamado de chi. Por isso, não fazia sentido a existência de classes sociais, castas ou estados hierárquicos das sociedades civilizadas.
Coçando seus cabelos negros e embaraçados ele espreitou à margem do riacho. Fechou os olhos e respirou fundo. Lembrou dos treinamentos com seu avô e ignorou seus sentidos ativos como a visão e audição. Apenas concentrou em sentir a água fluindo, para sentir também a fluidez dos peixes.
Com um movimento brusco e inesperado, agarrou um peixe grande. Seu almoço estava garantido naquele momento. Com um sorriso de satisfação, o monge garoto logo saiu da água com saltos e rodopios fazendo um percurso diferente para casa. Tudo fazia parte do seu treinamento. Viver, correr e saltar pela floresta melhora sua condição física. E comer bastante lhe dava mais energia. Luke não era alto, mas seu estômago parecia ser do tamanho de um ogro.
Luke parou frente a uma árvore muito alta e muito antiga com galhos que pareciam agarrar o céu. Seu tronco era grosso, mas havia uma parte descascada demais. Era ali que ele treinava seus golpes. Como um artista marcial, fazia parte do seu treinamento testar seus golpes e os movimentos intrincados que faziam sua energia fluir de forma correta para canalizar sua enorme força em poderosos golpes. Com um soco, Luke fez mais uma marca com seus dedos. Desferiu outros golpes como chutes e até mesmo cabeçadas. Seu corpo era uma arma letal a ser treinada.
Cansando, continuou seu trajeto até sua casa. Entretanto, ele sentiu algo estranho. Seu coração bateu mais rápido e uma angustia tomou conta de sua alma. Correu, aflito, para casa.
Ao chegar em casa, viu seu avô deitado na cama tamuraniana, que era um pouco mais que um saco de dormir. Ele estava sereno, calmo. Luke se aproximou lentamente com olhos arregalados. Apesar de não checar, ele sabia. Era a morte. Lágrimas gordas brotaram de seus olhos. O ciclo da vida de seu avô e mestre estava morto.
No dia seguinte, ele estava de joelhos sobre o túmulo que havia preparado para seu avô. Rezava com palavras tamuranianas e pedia a Lin-Wu que ele tivesse uma boa existência em sua morada. Ao seu lado, sua mochila montada. O sol nem bem havia surgido no céu e Luke estava pronto para sair dali. Lembrando das últimas palavras que ouvira de seu avô, o jovem monge agora tem que sair pelo mundo, conhecer suas maravilhas, treinar e melhorar suas técnicas. Levar a arte e a filosofia de Katashi à perfeição. E ele sabia, havia uma cidade há algumas semanas dali...

14 comentários:

R-E-N-A-T-O disse...

Gostaria oficialmente aqui elogiar a todos os jogadores dessa campanha pela excelente interpretação e comprometimento com o jogo. Foi um ótimo começo de campanha que tem tudo pra ser longa. Abraços.

PS: espero que tenham gostado tanto quanto eu.

Aldenor disse...

Quero JOGAAAAAAAAAAAAAAAR!!!!

Lucas disse...

Estou bastante empolgado com a aventura e espero ansiosamente pela próxima sessão, mas acho que teremos problemas. Marcamos na sexta-feira pois todos poderiam, mas parece que o horário em que foi marcada a sessão aparentemente não é o ideal para todos, Marins por exemplo não pode jogar na parte de manhã (e atualmente está em dúvida se pode jogar à tarde) e não tenho certeza mas acho que Daniel está viajando e não sei exatamente quando estará de volta (creio que na sexta mesmo), então gostaria de saber de vocês como fica essa situação, se não der realmente na sexta vocês poderiam no sábado (ou na pior das hipóteses domingo)?

Confirmem por favor as presenças e digam suas impossibilidades.

Eu particularmente posso a qualquer dia desse fim de semana (sexta, sábado e domingo) e quanto ao horário só tem um dia (sexta ou sábado) em que não posso a noite.

Abraços e espero vê-los em breve em Triumphus.

Aldenor disse...

Renato foi chamado para depor na delegacia da Ilha às 14h. Portanto, o jogo durará até 12h30.
Domingo eu tenho uma prova do IBGE de tarde que me impossibilitará de jogar.

Portanto, seria melhor para mim jogar no sábado, que poderia ser o dia todo. O pessoal podia comentar mais no blog. Se não vai dar merda.

R-E-N-A-T-O disse...

Como Aldenor falou, fui intimado a depor sobre o acidente na sexta. Terei que parar de jogar as 12:30.
De resto, posso qualquer dia. Só marcar.

Aldenor disse...

Marins não poderá sábado e domingo eu tenho compromisso. Lucas já disse poder qualquer dia. Renato achou uma boa mudar pra sábado.
Falta saber as opiniões de Daniel, Sylvio e Caputo. Por enquanto, tô mudando o jogo pra sábado, 8h.

Aldenor disse...

Caputo disse poder das 8h ate 14h garantido. Mais que isso acha difícil. Mas pode sábado.

Sylvio disse não poder no sábado.
Falta saber Daniel.

Lucas disse...

Acho que sobraram então 3 opções, jogar na sexta sem Marins até 12h30, jogar, jogar no domingo sem Aldenor (a princípio, já que os outro não disseram não poder) ou desmarcar nesse fim de semana e esperar a próxima oportunidade, já que sábado seria o dia com menos jogadores.

Aldenor disse...

Acho que vc entendeu errado. Sábado só sylvio não pode. Caputo, marins, vc, eu, renato podemos. Só falta saber se daniel pode jogar sábado.

Sexta é o pior dia, pois é menos jogo e sem um jogador. Sábado e domingo se equivalem, pois é mais tempo e com um jogador a menos.

Aldenor disse...

Na verdade, eu escrevi errado! Marins não pode SEXTA. Sabado ele pode. Aff! Foi mal!

Lucas disse...

OK, foi porque você disse:

"Marins não poderá sábado e domingo eu tenho compromisso."

Ai achei que ele não podia no sábado.

Aldenor disse...

Sim, fui um estúpido. Sorry! Hehehe

Mas Renato demonstra um pouco mais de vontade pela sexta. Vamos esperar ele dar o veredicto final, daí eu posto aqui o dia oficial. Ele tá esperando apenas a ligação de Daniel para tirar uma dúvida, eu acho.

Marins disse...

Daniel está viajando, e volta na sexta noite.

Eu posso jogar no sábado e no domingo.

Aldenor disse...

Depois de exaustivos contatos, o jogo foi marcado para sábado, 8h no castelo de renato.