sábado, 17 de dezembro de 2011

Diário de Viagem de Michael Alembert I



Das páginas do diário de Michael Alembert.
Após mais de três meses viajando finalmente alcancei o meu objetivo e cheguei a Malpetrim, a cidade dos aventureiros, uma das poucas cidades dentro da área do Império de Tauron que ainda se mantém independente. De fato Malpetrim se tornou um exemplo para as terras livres do Império já que usou muito mais a população do que o exército do Reinado para resistir ao avanço das tropas dos minotauros. Acho que o tempo que eu passar aqui será bastante instrutivo, devo aprender melhor como esse povo funciona e saber o que posso aproveitar da cultura deles para meus objetivos futuros.


Não tive muito tempo para conhecer a cidade, pouco tempo depois de adentrar a cidade. Adentrei seu território através do Portão Noroeste e vaguei pela cidade por algum tempo para dar uma primeira olhada no ambiente local, mas como já estava na estrada a muito tempo preferi deixar o resto do tour pela cidade para depois e me dirigi a uma taverna próxima ao local onde me encontrava. Cheguei, então, a taverna do Macaco Caolho Empalhado, um nome um tanto curioso, mas depois de conhecer as tavernas de Valkarya não creio que esse tenha sido de fato surpreendente. Deixei meu cavalo descansando do lado de fora do estabelecimento e me dirigi para o interior do local. Assim que me sentei no andar inferior do local, onde fica a taverna propriamente dita fui atendido pelos funcionários do local que me providenciaram uma bebida refrescante e uma refeição adequada para o horário.
Assim como nas tavernas de Valkarya havia todo o tipo de figuras no local indicando o quão variada é a população de Malpetrim, dentre os clientes do estabelecimento algumas figuras se destacavam, eram minotauros e sua escrava elfa. Embora já tenha se passado 3 anos e eu tenha viajado por algum tempo em terras do Império cenas como essa ainda são estranhas para mim. Pouco tempo depois da minha chegada entraram na taverna duas figuras curiosas, uma delas, um halfling decidiu que ao entrar deveria se posicionar atrás da escada, como se esperasse surpreender alguém que viesse a descer para o andar inferior, a outra era um jovem humano que aparentemente tem mais problemas com os minotauros do que eu, já que nem mesmo arrumou um lugar para sentar e já se dirigiu ao que parecia ser o dono da escrava e foi tirar satisfações.
A discussão entre o humano e o minotauro parecia ser acerca da liberdade da elfa escrava, mas essa não parecia estar tomando partido na discussão. A situação não durou muito tempo como discussão e evoluiu rapidamente para uma luta dentro da taverna, ao ver que a situação estava fugindo ao controle me levantei e me dirigi até onde os minotauros estavam e desembainhei Sangue pedindo que aquela situação se encerrasse e que os envolvidos fossem acertar suas contas fora daquele local, pois os clientes da estalagem estavam amedrontados e fugiam do local. De maneira surpreendente o meu pedido foi atendido e tanto o humano (e o halfling que já estava se posicionando para entrar no embate), quanto os minotauros decidiram que poderiam ir para o lado de fora da estalagem, fui com eles, pois queria que aquilo se encerrasse o mais rápido possível, e de preferência com a derrota dos bovinos. Já do lado de fora decidi que atuaria diretamente no combate para equilibrar as coisas. O humano e o dono da escrava iniciaram o combate com o humano errando um poderoso golpe de sua espada anormalmente grande enquanto o minotauro lhe acerava um golpe. A elfa que até então estava quieta entrou também para o combate ficando a favor do seu captor e utilizou dos seus dons arcanos para atacar o halfling, então eu me dirigi ao minotauro que estava a minha frente e desferi um forte golpe com minha espada que acertou o braço da espada do minotauro decepando-lhe imediatamente o membro e fazendo jorrar muito sangue. Admito que não pretendia provocar uma cena tão grotesca, mas esse único golpe foi suficiente para encerrar aquela confusão, chocando a multidão nos arredores e fazendo com que os minotauros se afastassem do local com a elfa aos sons de juras de vingança do mais novo minotauro aleijado do Império.
Aquela situação inusitada fez com que eu conhecesse os dois jovens que lutaram ao meu lado com os minotauros, o humano se chamava Arion e assim como eu havia lutado contra os bovinos nas guerras táuricas. O halflin se chamava Ted Blasco e vinha de uma aldeia halfling que há pouco tempo havia sido dominada pelo Império, mas recentemente havia sido libertada por aventureiros que o inspiraram a sair de lá se aventurando. Temo que agora os guardas do Império já tenham retomado o local de maneira bastante violenta.
Após alguma conversa fui convidado pelos dois aventureiros a me juntar a eles numa missão, até então desconhecida, fomos até o local indicado e descobrimos o que nos era proposto: Uma jovem havia fugido de casa com o seu então namorado e os dois haviam se dirigido para as terras do Império. Lá o namorado desta senhorita a havia vendido para os minotauros, por motivos que não nos foram revelados, entretanto a entrega da, digamos assim, mercadoria não havia sido completada e a jovem senhorita conseguiu voltar para os braços do pai. Como agora a garota pertencia oficialmente aos minotauros o pai dela precisava que nós a levássemos escondida para um certo mago, para que ele a transportasse por mágica até Valkarya. Aceitamos o contrato e voltamos em uma hora para levá-la. Já de início tivemos problemas com a jovem, mas foi despreparo nosso, esperávamos que uma senhorita da nobreza de Petrynia cavalgasse conosco, mas compramos uma carroça para levá-la.
O início da viagem foi bastante tranqüilo, seguimos as indicações que nos foram dadas e pegamos a estrada, ao anoitecer como já estávamos cansados e a garota reclamava da viagem decidimos acampar. Blasco foi o responsável pelo primeiro turno de vigia, e já nesse primeiro turno tivemos problemas, fomos visitados por um bando de centauros que habitavam essas matas querendo saber o que fazíamos ali, pareciam ser guardiões dessa floresta, após as explicações dadas eles partiram, mas só então percebemos que a garota havia saído de maneira sorrateira da carroça aonde dormia, quando começamos a procurá-la ouvimos seus gritos e uivos de lobos. Corremos o mais rápido que podíamos para alcançá-la, mas quando chegamos ela já estava cercada pelos lobos. Mesmo com nossos esforços para lutar contra os lobos e afastá-los eles foram rápidos o suficiente para feri-la mortalmente, para só então os lobos sobreviventes fugirem de nós.
Todos nós, então, entramos em desespero, não havíamos sido fortes e espertos o suficiente para proteger a jovem e isso havia lhe custado a vida. Enquanto nos lamentávamos uma fada passou por nós e nos ofereceu para ir até uma xamã, Odara, que poderia trazer a jovem de volta à vida, sem questionar aceitamos. A xamã começou seu ritual para trazer de volta a garota, mas se certificou que todos nós jurássemos voltar a ela e cumprir uma missão depois que a ela estivesse em segurança, obviamente aceitamos.
Partimos assim pela manhã para a torre do mago, o clima não estava muito bom, mas conseguimos encontrar o lugar e o mago a transportou para Valkarya em segurança e nos deu nosso pagamento, além de pedir que nunca mais voltássemos até ele ou falássemos dele para ninguém.
Agora que nossa primeira missão como grupo foi concluída, mesmo que de maneira traumatizante para todos estamos indo de volta para a aldeia da xamã de Alihanna, esperando que de agora em diante tenhamos mais sorte nos nossos caminhos, que Nimb nos role bons dados.

Um comentário:

Aldenor disse...

* tirando as teias de aranha *

Muito legal ver que alguém olha de novo o blog. Acho que nas férias será mais fácil postar as coisas aqui.

Achei que a precisão está mt boa, pois tu lembra de detalhes impressionantes. O texto está num ritmo bom, mas burocrático. E tem muitas palavras repetidas muito próximas.

Mas isso não é necessariamente um erro, afinal, é um diário. Michael não é, necessariamente, um escritor e nem tem essa preocupação (eu acho, pelo menos).

Postarei um conto mais pra frente relativo à Guerras Táuricas e isso servirá de background pra Arion. Estive pensando e acho que devo mudar um pouco o estilo dele de talentos e tal. Mas a "espada anormalmente grande" continuará de qualquer forma hahahahaha