Ao longo da planície que surgiu à frente das Montanhas de Teldiskan, Agouro, o centauro, corria com o cavalo de pedra, todo branco. Compenetrado, Agouro às vezes se permitia imaginar como seria encontrar o assassino de seu pai, o tal Kurumada Sano. Pensou na luta que teria e, se o derrotasse, estaria vingado? Qual seria o sentido depois?
Antes que seus pensamentos o aflingissem, sua visão aguçada captou movimentos rápidos tentando se esconder atrás de uma formação rochosa de pedra, quase uma colina. Com um grito "baeshra" o cavalo branco parou de andar e ficou imóvel, tornando-se uma perfeita estátua. Agouro sacou seu arco e preparou uma flecha. Orou por Allihanna e gritou novamente:
- Não adianta se esconder. Eu já te vi. Quem quer que seja, saia daí e mostre-se!
De trás dessa formação rochosa, um homem apareceu. Talvez o homem mais estranho desde Kuala-Lampur que Agouro vira. Porém, havia uma semelhança com aquele quem caçava. A começar por sua pele amarela. Possuia olhos rasgados, com a íris muito azulada. Seus cabelos longos preso num coque que encurtava o rabo-de-cavalo, era prateado. Suas roupas eram pesadas por conta do inverno, azul da cor dos olhos. Sua armadura acizentada possuia um desenho de um dragão no peito, com a cor gelo. Nas costas, uma espada longa. Na cintura uma espada curta.
- Não estou escondido, centauro. Ousa acusar um samurai de covarde? - sua voz apresentava um leve grau de sotaque quadrado. Sua expressão era indecifrável.
- Não quero saber. Você é realmente muito estranho. E tem a cara do desgraçado que estou caçando... - Agouro era preciso em suas palavras. Não fazia questão de pensar muito sobre quem era seu adversário quão logo identificava algum.
- Sou Hitsugaya Hachi, taicho do gotei 13 e mestre da espada do gelo. - Sacando sua katana das costas, uma espada longa, fina e com uma curvatura estranha à Agouro. - e você, quem é?
- Meu nome é uma flecha na sua bunda. - Agouro atirou sua flecha. Histugaya Hachi saltou para frente, antecipando a flecha. Correu na direção do centauro e desferiu um golpe em arco. A lâmina atingiu o couro rígido, porém macio de Agouro. O sangue saiu pouco. Ignorando a dor, Agouro ergue-se nas patas traseiras e desferiu dois golpes de marreta no peito do samurai. Ele capotou três a quatro metros para trás, rangeu de dor.
- Eu sou Agouro e estou caçando Kurumada Sano com meu cavalo. Diga-me onde ele está?! - Agouro sacou suas duas espadas. Uma longa e outra curta. Nesse momento, percebeu que o samurai não sacou sua outra arma. Seria uma arma secreta apesar do tamanho?
No exato momento que o nome Kurumada Sano foi proferido, Hitsugaya Hachi arregalou seus olhos. Levantou-se e ergueu sua mão.
- Espere, bárbaro... Eu fui avisado que encontraria com o carrasco de Kurumada Sano. Também estou caçando este homem desonrado. - Histugaya sentia alguma coisa quebrada dentro de si. - Soube que ele fora corrompido pela Tormenta e minha família recebeu a missão de matá-lo. Meu irmão mais velho acompanhou um grupo de aventureiros na pista deste homem. Você fazia parte dele?
- Não. Mas encontrei este grupo há uns dias nas Montanhas de Teldiskan. Mas eles mudaram o seu caminho. Têm outros assuntos. Eu quero Kurumada Sano e este cavalo de pedra vai me levar até ele.
- E meu irmão? Está com eles? Ele tem os cabelos púrpuras...
- Não vi ninguém de pele amarela ou olhos pequenos. Mas Ilendar me disse que havia um mago com eles que morreu há umas semanas.
Hitsugaya Hachi abaixou a cabeça. As palavras de Agouro eram graves e pesadas demais. Sentiu seus joelhos fracos e sedeu-os ao chão. Deu dois murros na terra. Gritou e levantou-se. Olhos mareados. Com um esfregão de sua manga, limpou-se. Olhou para o centauro.
- Me leve até Kurumada Sano. Gostaria de matar este... "desgraçado". Minha vida não terá sentido se não matá-lo.
- Mas e depois de matá-lo? O que vai fazer?
- Seppuku.
- O que é isso?
- Vou dar fim à minha vida neste mundo e me juntarei aos meus ancestrais. Mas não farei isso antes de dar sequência à minha linhagem.
- Hm. Vai se matar. Mas não antes de fornicar. Parece uma boa idéia.
Agouro sorriu.
Histugaya Hachi não entendeu, mas deu de ombros.
Ambos seguiram o cavalo branco pelas planícies. Agouro dizia que estavam indo para o norte, perto de uma terra que todos chamavam de Zakharov.
4 comentários:
Bom conto. Samurais são chatos.
Samurais são legais.
Já são 6 personagens que to em duvida de usar no teu jogo. AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHA
Meu jogo não existe ainda.
Existirá ano que vem, já com as mudanças do terceiro romance. AHAHHAHA
Postar um comentário